Representantes,
Senado, Urubus e trabalhismo
Por Luiz C.S. Lucasy
Uma frase dita no Senado da República, por um
juiz ‘especialista do trabalho, neste
mês de outubro de 2017 em uma reunião presidida pelos Senador Paim, chamou
atenção, dizia o especialista que: “... nós queríamos nos reunir com os empresários, mas, de repente, foram
indo embora e ficamos sós, governo e trabalhadores”. (Sindicato). Vejo que esta
frase está equivocada, pelo simples esvaziamento da reunião.
Outra frase, criada por mim: “se os empresários
o são, como os políticos, sindicalistas e funcionários públicos dizem ser,
trabalhadores (no sentido da iniciativa privada) então, há uma falsidade e a
partir disso tudo será caricatural”. Como é caricatural o candidato que se
torna cristão, com o objetivo de votos.
Por exemplo, considerar uma federação de
indústria a própria indústria é o mesmo que considerar “o canil, um cachorro! ”.
Os ‘representantes,
de maneira geral, não por crueldade individual, mas, por hipocrisia
coletiva, cinismo contrafeito, representam a si mesmos. Eles se adaptam ao
trabalho como a lama se adapta ao solo. O ambiente a que se propõe representar,
tanto do lado dos empresários,
quanto do lado dos empregados é um
ambiente permanentemente instável e tensional. E, o é em grande parte, pela
invasão das pessoas de dentro do Estado e governo, às pessoas de dentro da
iniciativa privada e os empregados, a título de resolver conflitos entre eles
outros e, esconder conflitos maiores entre as pessoas do Estado e do governo
que, pelo treino esquerdista, comunista, gramscista, desde há 50 anos ou mais,
desprezam a iniciativa privada e sobrevalorizam o Estado.
Falo da parte do empresário e do empregado.
Evidente que há empresários e empregados canalhas, assim como há estadistas e
funcionários públicos desprezíveis. O que há em comum entre estas duas coisas é
que, são indivíduos, cruéis. Não existe lei que possa controlar um sociopata e
tão pouco, se deve criar leis para ‘cerca-lo,
pois que todos pagariam por isso. É o próprio ambiente, quem gerencia esta
situação. E este é um dos fundamentos do armamento e, da legitima defesa.
Mas, não é deste tipo delituoso de empresário e
empregado de que falamos. Falamos de pessoas normais, que gostariam de pagar
bem seus colaboradores e não o fazem por uma infinidade de motivos:
instabilidade no mercado é um fortíssimo motivo, mas, não é o pior, o pior é a
intervenção do governo no mercado e pior que isso, é a vocação estatista do
governo e Estado, que consideram que as empresas privadas de médio porte e
grandes, devam ‘fazer parte de uma rede sob o domínio Estatal. Isso
passa a acontecer após a ‘invenção da
empresa mista! E isso é um longo tema, que chega à ‘terceirização, como forma de o Estado intervir por outros meios.
Deste modelo de intervenção: ‘empresa mista e terceirizados, como
agentes do Estado, as outras intervenções pelo viés da CLT, ficam diluídas,
quase desaparecem, que são os chamados ‘benefícios e direitos, que são uma forma de negociar
antecipadamente com o salário do empregado. O salário pago pelo empresário, a
mando da lei segundo o benefício e o direito, determinados pelo governo e
Estado. Logo, o empresário, está impedido – pelas leis – de repassar de forma
espontânea qualquer aumento, em função de uma boa lucratividade, por exemplo.
Ou como eram os prêmios, antes da ‘invenção do 13º salário. Que o Estado e
governo tomaram a própria ideia criada à iniciativa privada e fizeram para si o
14º e 15°.
Considerando desta forma e vamos parar por aqui,
nesta análise fica fácil de entender porque os bons empresários não têm
iniciativa, não têm perspectiva e quando ingenuamente aceitam conversar com ‘os agentes, juízes, sindicalistas, especialistas, ele sabe de antemão que,
qualquer mudança, repito, qualquer mudança, sempre tem a marca do Estado e
Governo, e que eles, não se movimentam, não propõe reuniões, se não tiverem o
seu próprio interesse.
Não é preciso dizer que a única reunião entre
governo/Estado e empresários ela só acontece de forma caricatural, através das Federações, como a Fiesp, por exemplo. E
isso, este ‘fingimento de negociação, pois
que, um empresário de verdade, para enfrentar a política ‘profissional e pecuniária, ele teria que ser um Trump, que precisamente
não governa sob este tipo de
legislação praticada no Brasil.
É uma situação insólita, discutir o trabalhismo sem
nunca ter trabalhado, ao menos, nas condições em que se encontra a iniciativa
privada em suas diversas categorias, nos dias de hoje, e isso inviabiliza o
senso de realidade não só do trabalho, mas do modo de produção. Por isso a reunião do Senado, terminou de
forma enigmática. Se o leitor achou que o fato de o empresariado ter saído
reunião foi algo estranho, o leitor se enganou. Isso era previsível.
O enigmático acontece quando o juiz do trabalho
fala do lixão, dos urubus e dos catadores. Dizia ele, que ‘se ele matasse um urubu, no dia seguinte estaria nas manchetes de
jornais. E que, estes mesmos ‘jornais, não
veriam a miséria e insalubridade que ronda o ambiente do lixão. Bem, o
Estado/governo sustentam a mídia.
No entanto, quem neste país, não sabe da
miséria? A miséria moral, por exemplo, ela é divulgada pelo governo através dos
‘movimentos sociais, por exemplo, o
bolsa família, o MST, a ideologia de gênero, o ódio como acirramento entre
classes sociais. É preciso filmar a rocinha? É filmado e, em que isso modifica
a situação?
Bem, este é o enigma do juiz do trabalho. E ele
sabe que qualquer solução, na atual situação que vive o Brasil, passa pelo
governo, que teria que investir, por exemplo no lixão e repassar aos cuidados
da iniciativa privada e antes, de sugerir isso ao governo estatista, ele teria
que decifrar o próprio enigma não do governo, mas da ONU.
Uma primeira resposta, ao lixão, já que este é
o tema final na audição no senado, ela vem de um jornalista de Porto Alegre, o
senhor Vitor Vieira, quando fala que o lixão é uma fonte inesgotável de energia, todos os dias do ano, ao menos
enquanto houver população. Mas como se faria isso, se uma lei da ONU, órgão do
qual o Brasil é filiado e por pouco e graças ao senhor Jefferson, Lula não é
presidente, a ONU diz que isso é proibido? E para garantirem a proibição, desde
a ONU, consagram junto à ‘sociedade
civil, milhares de pequenos estados e governos na forma de ONGs,
Sindicatos, Partidos, Associações etc. Por isso, falo algo sobre hipocrisia e
cinismo.
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