POLÍTICOS DO BRASIL
Subtítulo:
O GERME
Segundo o filósofo Olavo de Carvalho, a política...,
são círculos concêntricos que começam na presidência da república e terminam
nos vereadores. Concordo com isso e digo mais, a ligação entre estes círculos
tem a mesma sensibilidade da teia de aranha, ou das ondas que se criam nas
águas, quando se atira uma ou várias pedras. Estes poderes naturais: da
comunicabilidade, da extensão, da temporalidade, independem do bem ou do
mal. Todos os dias, vemos nos meios de
comunicação, notícias, sinais, alertas, marcas, símbolos que anunciam algo para
todos, para alguém, ou para um grupo de pessoas. O motor, destes ‘toques na
teia’, o que move estes interesses, nem sempre são leais aos interesses da
humanidade. Por exemplo, aconteceram dois fatos em F. Do I., que guardam esta
relação. Cada um dos fatos à sua maneira, mas, ambos, sob um olhar atento de
uma representação local do governo federal e da ONU, a Aracnídea contemporânea.
O primeiro diz respeito ao
combate a um tipo específico de corrupção, o segundo caso é próprio espírito da
‘vantagem’; algo que se pretende, cujo objetivo é de interesse de grupos, que
vai tirar dinheiro aos impostos (quando dizem que não) e que não tem o aceite,
preventivo, da população.
Sinais e maus
ensinamentos que vieram de longe e se proliferam, como germes. Os dois casos,
surgem no mesmo meio político; ao fundo sempre os mesmos autores, modificando
apenas, os atores. Isso, à ‘primeira vista’ deveria parecer contraditório aos
interesses reais da sociedade, que por exemplo, denunciam a destruição do
sistema de saúde. Mas ao contrário, se pretende uma conciliação entre: o símbolo da “transparência”, que significa
<<clareza nas ações políticas>> e, a total nebulosidade das ações
não públicas, aquelas, dos acordos nos saguões de hotéis, com objetivos nunca
declarados de forma direta e objetiva. E veremos isso mais a frente.
O primeiro, é um projeto de lei
de iniciativa popular (faz uma analogia aos 10 mandamentos): “10 medidas contra
a corrupção”. E, se baseia no seguinte dado: “62% de pessoas, empresários,
receberam propostas de suborno por parte de agentes públicos”. Atores:
Infraero, Parque Nacional do Iguaçu, Itaipu, Receita Federal. Iniciativa
Privada - ACIFI (Associação Coml. e Indl. De F. Do Iguaçu) e, Parque das
Aves. Proponente da ação o procurador da
república: Willian Iwakiki.
O segundo caso baseia-se na
economia, anual, que o município de Foz pode alcançar com o aumento do número
de (4) vereadores (e, assessorias).
Parece contraditório: como aumentar e diminuir? Exceto se <<houvessem
aumentado>> o número de assessores por vereadores, para negociação
futura. Isto seria um absurdo! E agora, estivessem negociando com a população
aquilo que puderam fazer <<sem o aval da sociedade>> (aumentar o
número de assessores), com aquilo que pretendem legalizar; porque, <<precisa
ser legalizado>>, para efeito de diminuição do número de votos necessários,
para se eleger.
O vereador Dilto Vitorassi se
mostra conhecedor da opinião pública e classifica, em nome dela, este fato <<de
corte pela metade do número de votos>>, que aconteceria, com o aumento de
vereadores (chegando a 19) como: “golpe e manobra”, coisa que, segundo ele,
jamais faria. Entretanto, aprovado o projeto, vale o resultado, e poderia sim,
ser caracterizado como golpe e manobra. Mesmo que, sem intenção. Pois que para
a sociedade, interessa a concorrência, a seleção, o que valoriza o cargo.
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Bem meus amigos, agora, antes de continuar com
estes dois casos, que têm um ‘ponto alto’, eu vou expor um quadro sobre os
tipos de crime (hediondos, lesa pátria, traição etc.), e que consta no código
civil, e na constituição brasileira; e que
no entanto, se perde - como se não quisesse ser encontrado -, entre uma
imensidão de capítulos, parágrafos e alíneas… Desta forma, fiz um resumo
simples para enquadrar a corrupção, agrupando-a a uma série de crimes
correlatos e tão graves quanto. A ‘corrupção’ não é o tema central, deste
escrito. O tema central é: quais manobras políticas, são utilizadas para dissimular,
para abrandar, para ocultar a gravidade de um ato de agressão evidente, ao povo
(e à Nação).
Vamos ao quadro: (gênero) <<Crime>>.Espécie: 1 - Uso Indevido do Poder, 2 - Corrupção, 3 - Falsidade Ideológica, 4 - Movimento Revolucionário e 5 - Engenharia de controle de comportamento social.Gênero - Crime. Espécie: Corrupção. Sub-espécie: corrupção ativa, passiva e de comum acordo.
Observo que todos
os itens acima de 1 a 5, tem sub-espécies. Mas não cabe neste trabalho, porque
iria desvirtuar a mensagem que pretendo passar, que é, a de que: “a lei é feita para todos os homens,
significa um acordo entre os homens. Se este acordo é rompido (assim como se
rompeu a barragem de Mariana), a lei não terá eficácia”, logo pode ser amoldada
conforme aquilo que interessa a determinados grupos nacionais e estrangeiros”.
Este quadro só tem
uma finalidade, a de mostrar que a corrupção e suas sub-espécies, estão no
quadro de crimes, como: uso indevido do poder, movimento revolucionário,
falsidade ideológica etc. E todos estes crimes se equilibram, e tem como
finalidade última, a desmoralização e desestabilização do Estado <<e uma
consequente crise>>, como a que vemos, agora. Isso que favorece o poder
do governo, no sentido de impor ‘ordem’, onde há, a desordem; mesmo que tenha
sido o próprio governo, o causador primeiro, da imoralidade. (Desmoralização
daqueles que deveriam se opor ao governo). Recentemente tivemos um péssimo
exemplo, do STJ, quando anula a Câmara dos Deputados e favorece, de forma
oportuna, o Senado.
Tendo sido exposto
as dimensões, a gravidade, a temporalidade, deste símbolo, deste arquétipo,
chamado <<corrupção>>, posso afinar um pouco mais a análise, e
entrar diretamente nas declarações de intenções tanto do primeiro caso, quanto
do segundo.
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observação. Algo que não está bem explicado; à propósito
ou por falta de conhecimento. Algo que pareça, uma fuga pela tangente, tal qual
fazia o Lippi & Hardi, nos desenhos animados: “saída pela esquerda”. Ou
mesmo, algo que deva ser dito, para confundir, ou tornar semelhante a água e o
vinho, na generalização, do líquido. Tais coisas, tais artimanhas da escrita,
ou simples incompetência...; o jornalista, O. de Carvalho, trata como:
“franjas”. Como aquelas que se colocam
nas bordas das toalhas, para enfeitá-las. No caso das toalhas realmente
embeleza, mas com relação ao jornalismo, ao material escrito; ao principal da
informação, do objeto da informação, as franjas, servem para deturpar e desviar o foco principal.
Volto ao tema. No primeiro caso,
que diz sobre os 62% de pessoas envolvidas em corrupção (segundo diz a matéria,
corrupção ativa, que parte do funcionário público). Este processo, de um Estado
e governo, patológicos, que seja pela evidente crise de ingovernabilidade,
evidencia uma ligação continental. Todo o país sofre do mesmo mal. Este mal se
completa, com outros males, se funde, não só nas três sub-espécies da
corrupção, como na quase totalidade dos itens que compõe a Espécie. E
perceptível em outras espécies: 1 - uso indevido do poder; 2 - corrupção; 3 -
Falsidade ideológica e 4 - Movimento revolucionário.
Por exemplo, a PPP é uma
associação entre Estado e Iniciativa Privada, onde haverá um campo fértil de
negociações imprevistas (entre pessoas e com o aval da população), como aquelas
que levaram ao processo crime do Lava Jato e dezenas de outras investigações.
Seria correto e necessário, a simples privatização e a concorrência como
fenômeno regulador, <<nunca a associação>>, por motivos óbvios, de
interferência de poderes políticos auto-evidentes.
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Veja como
as ‘franjas’ acontecem, pois que sua característica é a de abrir um campo, que
leva a dúvidas, entre o certo e o errado, engendrando o errado certo. Diz o
senhor Iwakiri: "É exatamente
nessa área (corrupção ativa) que a gente quer atuar (a gente quem?; o governo!), para
que a Lava Jato (deu um salto, compara as investigações da Lava Jato, com corrupção ativa,
que no máximo, pode dar exoneração) não seja só mais um caso (nulidade da
operação Lava Jato), mas que ela (a operação Lava Jato, já diminuída) traga
um legado (história do passado contada nestas bases).
O leitor desatento vai entender
que o inquérito, a inquisição, a investigação do Lava Jato, já é fato consumado
(foi uma bobagenzinha que aconteceu no governo fantoche de Dilma) e quem
corrobora com isso são os ‘patrocinadores’, todos aliados do governo, como
disse acima. É o próprio poder municipal. Por fim diz o senhor Iwakiri:
"Queremos que fique para as próximas gerações um legado de combate rígido
à corrupção". Ora, combate rígido seria, se ele apresentasse, os casos relevantes
ou não, do município e, quais os procedimentos que estão sendo adotados, de divulgação ao público, inclusive.
O segundo caso, do aumento de
vereadores é menos sutil e cria provas obvias contra si mesmo, que qualquer
Ministério Público do passado, não deixaria por menos… E de tanto haver
deixado, chegamos a este ponto sem volta, veja o exemplo do STJ!; e o comando
do Exército! Para justificar o aumento do número de vereadores, negociou-se os
cargos dos assessores; uma parte deles, <<disponíveis>>. Os
salários dos assessores é praticamente o mesmo do vereador, pois a função, pela
lei, seria idêntica, com a diferença de que o assessor, não poderia substituir
o vereador na câmara, em audiência. Evidente que os casos de <<salários
pequenos>> aos assessores, significa um desvio da lei. E se acontece é um
evidente caso de corrupção para subtrair dinheiro ao Estado de forma ilegal e
consentida, uma corrução de comum acordo.
A saída pela tangente, do
vereador acontece, quando lhe é dito - pelo público, por
entidades, abaixo assinados, <<que em hipótese alguma>>, será autorizado
o aumento do número de vereadores e que a título de economia, como sugestão
mesma, dos vereadores <<se corte os assessores>>, de que faz
referência, o projeto. (Considere e descalabro na saúde).
Veja o que diz o Vereador: “(...)
pelo projeto, 15 assessores seriam suprimidos, restando 60 para dar
continuidade aos trabalhos. A economia com o corte dos 15 assessores seria de
um milhão, oitocentos e sessenta mil ao ano, no entanto, a economia citada <<estaria
condicionada>> (estaria ou está, se estaria pode não estar agora, pois o
<<estaria>> pressupõe a decisão da representação do povo e o povo
quer o corte dos assessores, conforme promete o projeto. De outra forma, quem
condiciona?; a lei?; a vontade dos vereadores; a proposta de acordo?; com a
sociedade ou com os assessores que permanecem no cargo?), a criação de 4
novos cargos de vereadores que teriam um custo de quinhentos e vinte mil ao
ano. (Os
4 vereadores precisarão, de assessores) ”.
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Bem meus amigos, acredito eu, que esta forma que
acabei de apresentar, seja a alternativa, que pessoalmente, tenho de expor o
politicamente incorreto. Pois que o politicamente correto, segundo os padrões de
nossa época, são os fatos, que eles nos apresentam, como certos, ou tentam nos
convencer de que dois mais dois, podem ser muitas coisas, menos 4! Tudo o que
contradiz isto <<esta maldosa inteligência relativa>> é
politicamente incorreto; sinônimo de ruim, errado, malicioso etc. Os fatos que eles nos apresentam foram tirados
de matérias de jornais, associados a eles próprios; fosse registra-los,
aumentaria a matéria e, por pouca substancialidade do que é real. Pois que o
principal daquilo que realmente a pessoa pensa, é artificializado, empostado,
nos meios de comunicação. A função destes meios de comunicação é ‘orientar e
desorientar’ um público, o público do meio político, o seu público, que são as
‘classes falantes’.
Cabe a cada um de
vocês, o julgamento, dos feitos, tanto dos casos, como do que, eu próprio fiz.
E daí para diante, agora, em suas mãos, ampliar esta realidade. Ou entende-la,
como mais um caso, como outro qualquer, relativizando sua importância. E nunca
mais, será lembrado, o dia, quando permitimos que tudo isso acontecesse. Pois
que o germe terá assumido proporções tais, que será difícil identifica-lo.
“Estes fatos acontecem poucos dias antes do Natal. Mais uma
analogia entre “boas novas” que é a mensagem de Natal, e o “relativismo
cultural”, que pretende impingir a indistinção entre o bem e o mal. Por isso,
meus amigos, tenham realmente um Bom Natal, o melhor de todos os Natais, pois
que o Natal, não significa ter ou não ter dinheiro, o Natal está na alma de
cada pessoa de bem. Não há relativismo que possa destruir isso!