quarta-feira, 18 de março de 2015

FOZ DO IGUAÇU E O JORNAL DIÁRIO

FOZ DO IGUAÇU E O JORNAL DIÁRIO

“Relativismo é ausência de consciência moral, além de preguiça mental. Tudo pode; tudo é certo, não há nada de errado, e tudo pode ser explicado com qualquer (...) lógica. A ideia em si é abominável, é relativista!”.

Escrito por Luiz C.S. Lucasy 18 mar2015
Artigo – Revolução Cultural

Existem matérias de jornais, televisivas, que estão cheias de símbolos emocionais e ranços políticos, portanto, em si, desprovidos de lógica objetiva, clara, que, para aqueles que têm experiência de vida, uma boa dose de psicologia e hábito de leitura e de escrita, chega levar alguns minutos, por paragrafo, para entender de verdade, o que o ‘escritor’ tentou dizer e publicou.

A primeira coisa a se observar, previamente, é a quem, o meio de comunicação serve, ou tem servido ao longo dos anos e isso deverá ser exibido no contexto da matéria. O que o inviabiliza moralmente, como veículo jornalístico ao público plural. Segundo, é considerar de que forma a matéria esta classificada, por exemplo, no caso que segue é um EDITORIAL, o que vale dizer que é a alma do veículo de informação. Neste caso, o terceiro elemento de observação é mais o conjunto, das ideias do jornal, que, aquele que escreveu a matéria.

Creio que v. concorde com isso. Imagine-se em uma redação de jornal. Você é jornalista. Então, acontece uma reunião e nesta reunião, se apresenta uma pauta, digamos, sobre um acidente que houve de uma construção de um palco, que caiu e feriu pessoas. Você como jornalista, o que faria se tivesse que falar sobre o assunto? Claro, teria que investigar tudo sobre o caso. Desde o porquê de se fazer o palco; quem subsidiou a construção do palco. Quanto custou e para quem. Quantas pessoas se usaram para construir, qual empresa, qual o engenheiro encarregado da obra; que outras obras públicas teria feito etc. Que material foi usado: novo, velho, de onde foi comprado? Depois, retrataria o momento do desmoronamento, foi por defeito na construção, foi excesso de peso, o cano vergou, a taboa quebrou, o solo afundou, foi por um vendaval, algum carro que bateu no palco. E depois de forma sensível, você retrataria as pessoas que sofreram acidentes, como, por exemplo, um cidadão que quebrou a perna. Quem era este cidadão que estava no palco e por quê? Para só depois, no conjunto da obra que você compôs deixar o público analisar se realmente havia a necessidade de tal discurso ao público, etc. Inda mais um discurso insidioso, como é o caso de uma ‘manifestação pública contrária ao aumento da cota de compras’.

Você leitor concorda que seria assim, não é? Eu também concordaria. Exceto se a pauta não fosse o acidente, mas, a gigantesca manifestação do dia 15 em Foz e no Brasil e para falar mal sobre isso, de forma indireta, usariam qualquer coisa, por exemplo, o desmoronamento de um palco. Mas, isso é suposição nenhum de nós, leitores e escritores alheios à redação do jornal, poderíamos saber o que aconteceu na reunião de pauta. Mas, continuemos.

Voltando ao penúltimo parágrafo, na ordem, deste, para o último parágrafo acima... Não seria mais ou menos isso que você faria? Bem, é o que eu faria se fosse reportar este caso do desabamento. Então vamos fazer uma comparação, entre o que ‘nós’ faríamos, conforme o que foi dito até agora, com o que foi feito pelo jornal GAZETA de Foz do Iguaçu. Como já dissemos anteriormente é um EDITORIAL, portanto, não há um jornalista responsável, ou seja, não saiu da cabeça do jornalista, mas toda a redação do jornal, a matéria foi fruto de uma reunião de pauta, ou deveria ser, já que se trata de EDITORIAL.

Começa assim: “Está acontecendo de tudo na fronteira...”.  Bem, de tudo o quê? Seria a primeira pergunta que qualquer pessoa se faria. E não teria resposta conclusiva na matéria. Cada um imaginaria o ‘tudo’, segundo sua própria consciência. Alunos de universidade poderiam imaginar que o tudo incluísse o novo modelo de educação marxista. Os moto-taxistas, imaginariam que o tudo, fosse a sua situação atual frente à legalização recente imposta pelo governo, de ‘croquis’ do seu ‘ponto’ de moto-taxista, e assim, cada tipo de categoria profissional poderia imaginar parte do “tudo”.  E este tudo funciona como uma ferramenta de relativização. Todo o “tudo” pode ser relativo, ao universo de ação de cada pessoa, do que imagina ser o tudo.

O “tudo”, segundo o jornal, ele acontece na ‘fronteira’. Sendo, duas fronteiras: Paraguai e Argentina, a pergunta seguinte é o que acontece na fronteira ‘X’ e o que acontece na fronteira ‘Y’, ou, o que acontece em cada fronteira que possa ser englobado no tudo?, considerando que o ‘tudo’, trás consigo, um peso negativo e como vimos não identificado, mas direcionado, intuído,  pelo verbo transitivo  direto “desabar”, feito pelo autor do texto, um substantivo masculino: ‘desabamento’, portanto, o tudo esta ligado a uma tragédia.

Desta forma, podemos considerar, em nosso imaginário, como vimos acima, e, acredito que tenhamos concordado com isso, quando, entendemos um termo abstrato, segundo nossa consciência, tendo como orientação a nossa vocação profissional em relação com o cotidiano e nossas experiências: a do pedreiro na obra e a do engenheiro da vila ‘B’, aquilo que melhor nos cabe, como forma de apreciação dos símbolos retratados no jornal.

Que todos entenderão que houve um desabamento isso é certo, mas é relativo, o que todos os leitores, apreenderam do: ‘tudo o que acontece na fronteira’. Mas, fica uma coisa disso tudo, algo de muito ruim acontece na fronteira. E sobre isso, nada é dito, mas é relacionado. Ou seja, este algo ruim é relacionado, à manifestação popular do dia 15 de março de 2015, promovida pelos cidadãos de Foz do Iguaçu e, não fazem menção ao fracasso da manifestação (que não houve em Foz), do dia 13 de março de 2015 promovida pelo governo de Dilma Rousseff, pelo viés Sindical (e MST).

Utilizar uma tragédia real, aproveitando ‘deixa’ de um fato humano sensível, para manifestar cacoetes políticos é desmoralizante ao caráter humano ocidental. Se ISIS, o Estado Islâmico, corta o pescoço de inocentes cristãos, para promover sua política, o fazem porque são almas psicopáticas e sob a influência satânica [é] fato observado em ‘todo’ o mundo!

Bem, o resto da matéria, que começou com o fato sensível: ‘desabamento do palco oficial montado para a manifestação pública contrária ao aumento da cota de compras’, o resto, se resume em críticas de desfaçatez à manifestação do dia 15 de março, que reuniu orgulhosamente 08 mil iguaçuense em passeata, a que se referem, menosprezando, como: ...compras... ‘tomou mais espaço na mídia dos dois países do que a manifestação’.


O Jornal, o Editorial, a matéria em si, e, aquilo que ela passa, o ‘julgamento moral’, isso, fica a critério de cada um julgar, mas para fazê-lo é necessário safar-se do relativismo da própria ação individual, quando um médico vê apenas um ‘bisturi’ e um estudante vê um livro de Gramsci, e seguir as normas ocidentais de dois mil anos, de um são Tomás de Aquino, de um Otto Maria Carpeaux, um Mario Ferreira dos Santos, um Olavo de Carvalho e o seu livro “O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota”. Caso em que, no relativismo, uh, ISIS, pode nos parecer apenas um fenômeno teatral de ‘nossa época’.

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