domingo, 5 de abril de 2015

O Bem o Mal e o Bispo


O Bem o Mal e o Bispo

Foz do Iguaçu 05 de Abril de 2015

Luiz C.S. Lucasy

Em todos os tempos históricos sempre houve, por parte das mentes mais brilhantes, a necessidade de se procurar ao máximo a verdade, não para culpar, e mais, para compreender os desequilíbrios da época, na tentativa de não reproduzi-los, ou inibir o seu avanço. Em Dante Alighieri, em “A Divina Comédia” (1321), ele se refere aos falsos profetas, algo muito comum em nossos dias: (...) Simão Mago queria comprar dos Apóstolos a virtude de chamar o Espírito Santo. O mercado das coisas sagradas é, por isso, chamado simonia. (No quarto compartimento são punidos os impostores que se dedicaram à arte divinatória)     (...). Na poesia de Camões em os “lusíadas” (1556) encontramos dois comentários, em oposição, que nos são familiares, o primeiro é sobre a indiferença das pessoas sobre os fatos do seu tempo; o segundo, quando se queixa da ambição desmedida e da violência moral, da ambição dos homens: (...) Nô mais, Musa, nô mais, que a Lira tenho /Destemperada e a voz enrouquecida, /E não do canto, mas de ver que venho /Cantar a gente surda e endurecida./O favor com que mais se acende o engenho /Não no dá a pátria, não, que está metida /No gosto da cobiça e na rudeza/Düa austera, apagada e vil tristeza (...). No livro Ponerologia (estudo do mal – Psicopatas no Poder) de Andrew Lobaczevwski (1984), Andrew, faz uma análise atualíssima destes eventos, e o seu próprio, perfilados evolutivamente na história: (...) Quando chegam os tempos ruins e as pessoas ficam impressionadas pelo excesso de mal, elas precisam reunir todas as suas forças físicas e mentais para lutar pela existência e proteger a razão humana. Durante esses tempos, as virtudes que as gerações anteriores relegaram a obras literárias reconquistam sua substância real e aplicável e tornam-se apreciadas por seu valor (...). Assim se poderia continuar discorrendo por outros tantos autores, como Olavo de Carvalho, Mario Ferreira dos Santos etc. E isso ultrapassaria os limites de uma despretensiosa matéria.
Os exemplos extraídos no parágrafo anterior em parte, se resumem aos males que afetam a humanidade em qualquer época: falsidade e mentira como verdade; a ignorância de um na contrapartida da ambição de outro, como sentido de vida; o mal e a demência, como resultado, do que chamo de sintriose negativa. Estas avaliações, nos as encontramos na literatura, na filosofia, nos relatos históricos, na psicologia, religião e sociologia e muitas obras dispersas. Porém é quando o mal evolui e se soma então, se torna uma doença social e que esta se caracteriza pela necessidade de revolucionar, no sentido de voltar ao zero. Voltando ao zero, começar de novo a partir de um produto mesmo da doença que gerou a destruição e quando consegue destruir o faz pelo acumulo de poderes e anomalias decorrentes do próprio acumulo de poder, um poder invariavelmente tirânico e totalitário.
Seria exato afirmar que o mal não desiste nunca? Isso só seria correto dizer, na exata medida em que estivéssemos convencidos de que o bem é eterno e transcende a própria existência da pessoa. Segundo Aristóteles: (...) E por isso foi dito, não sem razão, que o bem é aquilo a que as coisas tendem (...). Se o bem não existisse, não haveria a noção do mal, não haveria o certo e o errado, e as pessoas não teriam nada de si ou para si, elas estariam à disposição, de se manter vivo, assim como faz o urso quando tem fome. E se todos tivessem a mesma disposição ao mesmo tempo e ao mesmo objeto de ‘consumo’. As coisas se complicariam bastante e esta é a origem das guerras inicialmente entre pessoas, depois famílias, tribos e nações. Mas neste caso, as pessoas já encontraram normas de sobrevivência, sem o que não teriam chegado às tribos e Nações. A arquitetura civil consciente destas normas, na representação do bem, elas levaram milênios, para se aperfeiçoares e assim mesmo, não impediram as guerras. Pois que as guerras de hoje, não significam a ausências de normas, mas, o uso das próprias normas que consideram deficientes: o eterno ataque ao Ocidente.  
As normas elementares, elas estão na linha do transcendente, são auto-explicáveis e misteriosas por que dependentes, por graça divina, da ação e interpretação humana. Desta forma o problema não esta nas normas, mas nas ações de pessoas e de suas escolhas. O Nazismo, o Comunismo, ambos nacionalistas, são irmãos siameses, têm a mesma origem totalitária; da mesma forma o fundamentalismo islâmico ultrapassa a fronteira da existência pacífica entre os povos, na vil tentativa de agressão e posse aos mistérios do transcendente, nisso reside sua obsessão.
Quando o bem e o mal se fundem, pelas mãos dos poderes constituídos, que seja pela representação de um governo e uma sociedade doente, as coisas mais absurdas tentem a acontecer e se tornar não uma norma humana, por si decadente, mas uma condição que ameaça a vida, e, como todos são ameaçados, mais dia menos dia, isso, esta ameaça constante, um círculo vicioso e se torna uma patologia que envolve as pessoas mais destacadas. Não é outro o caso da CNBB, da Confederação Nacional dos Bispos. O que faz um Bispo associar-se ao mal, quando conhece sobejamente, as suas intenções finais: um Estado dirigido por um Partido Único?, ou um comando mundial? Se hoje não enxergam as pequenas cidades, o que acontecerá depois? E ainda, alianças com Estados que tem um histórico de mais de uma centena de milhões de assassinatos e crimes hediondos? Onde é que estes Bispos (e Pastores) estão com a cabeça? Poderiam dizer que estão ao lado do povo! Por que foi o povo que elegeu seus representantes! Mas o povo que elegeu o comunismo, não elegeu Stalin!, e no entanto, Stalin era o líder supremo do comunismo, que havia recriado os Gulag a partir de 1918, ainda no governo de Lênin.

Dom Mauro Aparecido eleito pelos bispos arcebispo de Cascavel parece confundir as coisas a propósito, quando se refere ao sistema de Bolsa Família e acusa (...) pessoas (...) de injustamente criticarem este ‘mínimo’ oferecido pelo governo. Mas o Bispo não quer se dar conta daquilo que demonstrou o General Médice, que gerou muito mais empregos, do que o sistema bolsa família inteiro! Ora, as construções de Dilma nos países aliados do Foro de São Paulo, sigilosas até ao Congresso Nacional, elas seriam recursos mais que suficientes para resgatar o milagre de Médice e dar dignidade as pessoas ao invés de usa-las como cabos eleitorais e ainda estarem à disposição dos psicopatas de plantão, como aqueles orientados por M. do Rosário, que ameaçava as pessoas dependentes do sistema Bolsa Família, de perda do privilégio mesquinho, caso não votassem na Dilma. Isso foi comprovado. Por que Dom Mauro não diz nada a respeito? E por que Dom Mauro não consegue entender que ele próprio já é um cabo eleitoral e que talvez e segundo suas declarações ‘politizadas’, talvez nem seja mais um simples e honrado padre! 

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