OS ALUNOS, OS
PAIS, OS PROFESSORES, NÃO SUPORTAM MAIS GREVES!
Escrito por Luiz
C.S. Lucasy
Artigo:
Movimento Revolucionário
A ‘ASSOCIAÇÃO DE PROFESSORES DO PARANÁ’ –
APP – retorna com os ‘movimentos’, de professores. De fato, um movimento
paredista, aquele que não identifica, ao público, o líder ou os líderes, ele
fica por trás da linha de frente, elegem um e outro professor para se dispor ao
público e em seguida, lança-lo em uma futura “Chapa eleitoral”. Então, alguém
faz isso, e este alguém, este grupo, é que não aparece. A APP nunca deixou de ‘articular’
os momentos mais apropriados de greve. Geralmente acontece no período de
campanha salarial. Posso concluir, que a APP é uma entidade que existe para
promover movimentos! Este modo de proceder, seria uma indicação dos líderes da
APP; dos professores do Estado; ou uma orientação política de fora do Estado? Nada
impede que organizações socialistas, comandem os sindicatos da APP no estado do
Paraná e também comandem a APEOESP no estado de São Paulo! Este é exatamente, o
propósito das organizações comunistas! Quem não sabe disso, não sabe de nada!
Entre as greves, os líderes do sindicato
das várias regiões, se articulam com os professores mais falantes.
Evidentemente, um professor, nesta conjuntura onde existem centenas de lógicas,
uma para cada gosto; onde a técnica da compartimentação, separação, para efeito
de estudos, aliado à técnica de lentes e filtragem, ela é chamada de ciência; o
professor é menos que isso, e não tem o domínio da lógica, considerando a
enorme variação, e tão pouco pode se dedicar a uma lógica: lógica, como por
exemplo, a simples lógica de que ele, o professor, deve ser uma referência de
integridade ao aluno; não pode parecer aventureiro, ou alguém que queira se dar
bem às custas, do próprio aluno, envolvendo-o em questões onde é evidente o
confronto político entre governo do Estado e Governo Federal; e entre estes
dois, e os objetivos do Foro de São Paulo, ou a “Pátria Grande Bolivariana” (onde o PT se apressa e o PSDB é lento). O
que, por si, o conflito básico entre os governos, que deveriam governar, já é
um absurdo, mas um absurdo contemplado na lógica da “Reforma Política”.
O mecanismo dos ‘movimentos’, não são as
reivindicações. Estas, as reivindicações, elas têm a função de aglutinar os
professores. Afinal a causa tem que ter um motivo de interesse da ‘maioria’,
mesmo que no fundo, seja outro, o motivo da manifestação e isso, os professores
mais experientes, desconfiam, ainda não estão certos! Agora, se estão certos e
querem o socialismo, então, deveriam conhecer os ‘resultados’ do socialismo em
Rússia e China. São mais de uma centena de milhões de assassinatos, basta
procurar documentos, vídeos, livros e a mais recente declaração de um ‘deputado
Russo’, no parlamento Russo, sobre os crimes de Lenin e Stalin. Evidentemente,
o professor que conhece Cultura Ocidental, que é o que deveria estar ensinando,
sabe bem disso, e jamais apoiaria o socialismo, que é o sinônimo leve, do
comunismo, cujo significado principal é: matar!
Ora, veja a má vontade em resolver os
problemas, ‘se as reivindicações fossem o problema’. Se o problema é de
interesse de toda a categoria e toda a categoria pede ao governo uma resposta.
É inconcebível, que qualquer governo, não dê esta resposta aos professores e à
sociedade: os pais dos alunos! Nesta última greve, por várias vezes o próprio
governo (Richa) vinha em público para dar explicações e aceder ao movimento.
Como se dissesse aos professores: “nós vamos resolver, mas, voltem às aulas”.
E, era justamente entre estas explicações
do governo, que convenciam a maioria dos professores, pela lógica da tolerância;
considerando, que o governo do Estado do Paraná é um desafeto natural do governo
da Federação; a partir das últimas eleições presidenciais, por mera
concorrência eleitoral, onde o PT perdeu efetivamente no Sul e Sudeste. Isso é
irreversível e querem esconder isso! Era justamente aí, quando o governo se
manifestava favorável a resolver os problemas apresentados pelos professores,
que as coisas, do ponto de vista das lideranças, se acirravam, como se odiassem
qualquer solução.
O primeiro grande momento, de mídia, da
APP Sindicatos, foi com o Governador Álvaro Dias. A tática da APP, foi a mesma
que usou com Beto Richa. Pressão, intimidação, gritaria, faixas, bandeiras,
caminhão de som incitando ao avanço, tentativa de invasão na Assembleia e obviamente
reação, uma reação onde as palavras foram esgotadas. Beto Richa foi, pouco mais
feliz que Álvaro Dias que usou a cavalaria. O fato é que Álvaro Dias foi
cantado em versos e prosas por vários anos: “o governo que botou os cavalos em
cima dos professores”. Álvaro Dias foi usado para alimentar um propósito
revolucionário, muito além, das reivindicações. O mesmo foi feito com Beto
Richa. Por isso, por estes registros de ‘luta’ e ‘sofrimento’, novamente, vão
reiniciar os movimentos, não pelos salários, mas, pela Reforma Política, que é
de interesse do PT, do MST, de todos os Sindicatos ligados ao Estado; das
Centrais Sindicais, dos ‘movimentos sociais’, (setores à esquerda) da CNBB e dos evangélicos. Todos,
organismos de influência do PT; que foi condenado no Sul e no Sudeste. E com a
Reforma Política e a inexistência de oposição política organizada, eles poderão
aprovar o que bem entender. E depois, será tarde demais! Por este 'jogo real' é que as organizações arriscam tudo o que tem! E a amplificação disso, são as massas que conseguem arregimentar, no momento oportuno!
Voltando. Não é preciso ser muito esperto,
para perceber que este tipo de tática de vitimização: “governo ataca os
professores”, recupera em parte, a ‘moral abalada dos professores, junto à
sociedade’. Os professores terão muitas histórias para contar. De conto em
conto, as histórias se tornam heroicas, valentes e todos se sentem personagens
de uma ficção. Isso alimenta e mantém aquecido o movimento, para as próximas e
as próximas manifestações, até que o objetivo final dos líderes revolucionários
seja alcançado, neste caso imediato, a “Reforma Política” (Socialista). Para os
líderes, o movimento é revolucionário; para os professores, o movimento é
reivindicatório. E muitos dos professores, alguns inexperientes da realidade
maior, se acham espertos quando conquistam vinténs, e não se dão conta, de que,
o que perdem não tem preço e provavelmente seja irrecuperável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário