COMO SOU BURRO!
Escrito por Luiz C.S.
Lucasy em 14 NOV2014
ARTIGO –
Cultura Ocidental
Na escola você presta atenção ao
professor, não é verdade? No começo, é sempre assim. A tua intenção é aprender
algo que seja útil para a vida, que o oriente, a partir daquela aula. Feito
isto, você começa a repensar sua própria atitude! Por exemplo, “não matar”.
Esta é uma norma dos 10 mandamentos. Entretanto, norma não serve como lei
geral.
Há condições em que você se vê
obrigado a fazer coisas que por princípio (das normas) você abomina. As leis
explicam as condições que não vão de encontro à Norma e regulamentam a
abrangência da Norma.
Mas, quando o aluno se desinteressa e
não entende o que o professor esta falando, e isso se torna cotidiano, então,
há três possibilidades: uma, o aluno é desinteressado por natureza (...), o que
é pouco provável, pela ansiedade da idade que é também a ansiedade de
conhecimento; outra, possibilidade, o professor (novo), tem competência para ‘papagaiar’ aulas, mas não tem condições
de fazer as ligações entre o que expõe e todos os outros fatos da existência
que interessa à pessoa. A terceira as regras impostas na educação, pelo ‘Estado’.
Qual Estado? (E quando se junta tudo, é Um, Deus, nos acuda!)
O título “como sou burro” e depois a
introdução, tendo como exemplo aluno e professor (inexperiente) isso serve para
mostrar algo comum, que acontece na sociedade em geral. Com a diferença de que
agora, não são mais alunos, mas adultos ‘que acham que não entendem nada’,
apenas intuem.
No ‘íntimo’, se sentem burros, isso,
quando desprezam a intuição. Não que seja treinado a ponto de entender o porquê,
se considera burro, ou, se rebela e desiste de querer entender, torna-se
cético, niilista. Uma educação (primária, secundária) que tem este triste
desfecho descrito neste parágrafo, fala por si só. Entretanto, não é assim que
as coisas são.
É preciso entender o que o afasta da
lógica natural, e quanto isto acontece você deve desconfiar, ou seja, se você atirar
uma pedra para cima, no espaço livre, ela vai voltar! Em condições normais
terrenas, você duvida disso? Não! Isso é lógus!
****
Existem algumas técnicas de
comunicação, ‘de fato técnicas de enganação’; pelo próprio desconhecimento do
indivíduo (ambiente cultural), ou intenção oculta. Estas técnicas visam
enaltecer ‘o palestrante’ e ainda inibem quaisquer perguntas que por ventura,
alguém que queira se manifestar sobre o assunto, que previamente pensa tem
conhecimento, o faça.
Uma das técnicas na escrita é o uso de nomes próprios (os
apoiadores e feitores), por exemplo: “Cascavel vai se tornar Metrópole”. Este é
o fato. Alguém poderia perguntar: “como, porque, e quando etc.”. Então, antes
que o faça, a ideia da ‘metrópole’ ela é reforçada com vários nomes importantes
(pela distorção da autoridade moral): Secretarias, Ministérios, Prefeito,
pessoas ilustres etc.
Estas pessoas e instituições avalizam
‘a metrópole’, então, cabe a você não perguntar nada e deixar que elas decidam?
Um problema é que são sempre as mesmas
pessoas e o que a tua intuição diz é que elas escondem algo. Então há algo
errado. Confie na intuição não se entregue ao nada ou niilismo, por conta de artimanhas
de comunicação de gente amargurada.
Outra técnica, televisiva, é aquela
que responde tudo e não fala nada. São os decoradores de manuais. Por exemplo:
“Quando a prefeitura vai tampar os buracos da Rua Osvaldo Aranha”. Pergunta o
‘jornalista’ ao secretário. O Secretário responde: “Esta rua, ela esta na lista
das ruas que serão atendidas. (respondeu). Continua - aqui nos temos a
confluências de duas avenidas, Arantes com Abrantes; a avenida X e a Avenida Lopes;
elas desembocam na via Central, que faz frente ao Centro de Convivência, dali
para diante torna-se uma ponte de ligação entre dois bairros importantes...”. (saiu
pela tangente de Lipp)
Mas não diz nada sobre a competência
da ‘pasta’, que deveria expor as dificuldades e não ficar esperando reclamações,
como doses homeopáticas, para conquista política futura.
Não responde nada e cria um ambiente
propício, para que o ouvinte – não o jornalista – acredite que o tal secretário
é um ‘perito’. E aqueles que reclamaram dos buracos da Osvaldo Aranha, se
tiverem juízo, montem uma comissão do asfalto e arruem, se for possível.
Outro método é o da tribuna, ele é
bastante parecido com o anterior. Mas requer do palestrante uma maior ‘cara de
pau’, porque esta falando para muito mais pessoas e ao vivo. E muitas destas
pessoas, não se iludem mais com palavras vãs. Mas, estão ali, por interesse que
querem ver contemplado na tribuna.
É quando um representante da saúde,
por exemplo, com algum vínculo com a profissão, ele expõe coisas de maneira a parecer,
técnico e entendido do assunto, para que ninguém ouse ameaça-lo na competência.
É um discurso corporativo, onde só os interessados devem entender do que se
fala. E não há interesse em que a sociedade entenda o que se fala. A imprensa
reproduz exatamente aquilo que a corporação quer que ela faça.
Outro método de enganação e que faz a
pessoa se sentir burra, porque não há como entender o que eles dizem é o método
enigmático. Onde o sujeito aparece como ‘espião treinado’, um ‘agente 61’ e só
ele sabe da verdade! De fato, tem um objetivo que não pode ser público, porque
é deselegante, oportunista e nada diplomático.
Para conseguir este objetivo oculto,
joga com outras pessoas (iguais ou acima) usando-as como ‘degrau’ nas suas
ambições. E isso, o que é público é feito em nome de algo ‘nobre’. Entretanto
não tem sustentação lógica e se mostra inapropriado e insubstancial.
Por exemplo, é sabido, em um
Município, que são destinadas verbas para determinados fins. Entretanto, há fins
que podem esperar, por exemplo, reforma de uma rua. Há fins, que não pode esperar, por exemplo, emergência na saúde. Então
o executivo autoriza que se use o dinheiro da ‘Rua’, para a saúde.
O executivo tem um ano para justificar
esta transferência. Este é o fato. Qual a irregularidade? A falta de previsão
de dinheiro para a Saúde! A quem coube decidir estas verbas? Câmara Municipal e
Prefeito. Criar uma ‘cisma’ em torno de algo, que quem acusa é também o responsável,
é no mínimo insensato.
Juntando estes casos, do professor que
é inexperiente, do secretário que expõe seu conhecimento de nomes de ruas, do
outro que só fala à corporação e daquele que se usa de qualquer expediente para
conseguir objetivos próprios, evidentemente também corporativos, mas menores,
mais localizados. Juntando isso, o que não é difícil, você tem o político
insosso!
Isto, a falta de tempero na
argumentação, no geral, afasta as pessoas da política, dos jornais e elas
desenvolvem um enorme desinteresse pelas questões da sociedade, da qual elas
fazem parte e são ativadas; como se liga um ventilador, em vias de eleições,
quando a argumentação destes políticos treinados, torna-se agressiva.
Outra estratégia própria das eleições,
que se resume em mentiras e promessas. E como as pessoas estão alheias a tudo,
e sedentas de informações, obrigam-se moralmente a acreditar, porque se
consideram incompetentes para pensar. Ledo engano deveria agir com a intuição
do policial.
****
Como se vê, pelos exemplos acima,
existe diversos métodos para afastar as pessoas das discussões que acontecem na
cidade. O mais evidente é a dificuldade de se comprar um jornal e tempo para
lê-lo. E isso já elimina mais de 50% da população. Outra forma de disseminar a
ignorância são os “jargões” de internet, e isso elimina da cultura, outros 30%
dos 50% restantes. Restam, 20% que são os próprios que fazem este monte de
merda parecer algo útil.
Quando na verdade é uma embromação,
para algo muito diferente e que se fosse revelado – com todas as letras – para
as pessoas, seria rejeitado. Assim como seriam rejeitados os “Médicos Cubanos”,
que vieram em uma missão cubana!
Por isso, se alguém se sente burro não
pense assim, sinta-se enganado! A oportunidade de aprender não esta na
universidade, não está na internet, na esta na vida política regional, na mídia
regional. Aí você aprende o que eles – os dominantes políticos, os partidos, os
sindicatos, as universidades, as estatais – querem que você aprenda.
Pense bem. O Ocidente tem uma história
de dois mil anos. O Brasil tem 500 anos. O Brasil chegou, aonde chegou; passou
por Guerras Mundiais, desenvolveu o ‘maior parque industrial’ da América
Latina, gerou empregos de qualidade na indústria, desenvolveu a agricultura;
criou um mercado diversificado, cursos diversos etc. Tendo como base a cultura
Ocidental.
Este modo de ver a vida e a liberdade,
ele começa a ser transtornado, a partir do Governo de Fernando Henrique
Cardoso. E não sabemos ainda o que se pretende (de verdade, nem eles sabem). Não
são tão poderosos assim!
A agricultura esta em estado de
alerta; a indústria vem decaindo. O “parque industrial”, ele vem sendo
desativado gradativamente. Os livros nas bibliotecas somem e aparecem outros de
uma cultura estranha à cultura Ocidental. O governo Estadual do Paraná é
tratado com desdém e ironia.
O deputado Chico Noroeste do Paraná
foi o primeiro a querer trazer uma universidade de medicina para o Oeste do
Paraná, pela universidade estadual, foi ridicularizado. Agora, a faculdade
chega pelas vias que o desprezaram e federal.
Esta transformação iniciada com
Fernando é mais ou menos como viver dentro do cristianismo e de repente,
tornar-se Budista, ou Mussulmano. É uma adaptação impossível, para várias
gerações.
Aparentemente mais fácil, quando se
pensa não ser ‘religioso’, ou ateu, como se isto tivesse muito a ver com a
Cultura Ocidental Cristã. Você, “o novo Budista, ou mussulmano”, será uma
metamorfose de Kafka e um ambulante de Seixas, nos seixos!
A forma de se livrar desta cultura de
transformações, que o deixam em estado de metamorfose permanente é conhecer a
própria cultura, a cultura Ocidental. E isso não quer dizer, estar você estar sujeito
a religiosos, ou ateus, que no primeiro caso, nem sempre são cristãos.
Mas estar sujeito ao conhecimento da
própria cultura. Achar o primeiro livro da alta cultura é o mais difícil nos
dias de hoje, inclusive nas universidades, bibliotecas e livrarias. Como
sugestão, cito: Otto Maria Carpeaux, Mario Ferreira dos Santos, Olavo de
Carvalho, São Tomas de Aquino, Santo Agostinho, Aristóteles e Platão. Cada um
com seu grau de dificuldade e ordem, o melhor é iniciar por Carpeaux.
Hoje ‘a moda do século’ é negar a
própria cultura. Por exemplo: “Virada Cultural”, porque não “Momento Cultural”,
“Vida e Cultura”, “Festa Cultural”, em homenagem e respeito à cultura!
O que é virar?, por do avesso! Seria o
mesmo que dizer: ao invés “de não matar”, “matar” (matar é terminal, não
precisa de regulamentação na lei); ao invés de respeito, a ausência de
respeito; como se a “pessoa” do respeito tivesse feito algum mal à sociedade!
Seria como, um sujeito em uma reunião
de pais e mestres, soltar um sonoro ‘pum’ em meio ao silêncio, e alguém levanta
e diz: “isso é lindo”, “é a verdadeira liberdade de expressão”, que gracinha!
Quem ouve isso e não sabe mais o que pensar, acaba achando que isso é a forma
real ‘do belo’. Francamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário