PASSEATA
DO DIA 15 E A AÇÃO EVASIVA DO JORNALISMO CHAPA BRANCA
ESCRITO POR Luiz C.S. Lucasy em 17 NOV2014
Neste sábado passado dia 15/11/2014, em São Paulo-SP, a partir do MASP, ocorreu uma manifestação que pedia o “impeachment de Dilma”. O volume de manifestantes chegou a 1%, do total das pessoas que votaram contra a então, candidata Dilma do PT.
Segundo ‘Data Folha’, a passeata em
São Paulo reuniu quarenta mil pessoas. Considerando-se outros movimentos
ocorridos no país, pelo mesmo motivo, o número chega a mais de cinquenta mil.
A passeata de São Paulo saiu do MASP
com dois caminhões e foi até a Sé, onde se concentrou por algum tempo e de lá se
dispersou. A Sé é um local simbólico para atos políticos. Lá se iniciou o
movimento das “Diretas já”. De fato, diretas já para o ‘socialismo’.
Não houve nem um incidente. Exceto os
ocasionais, os provocadores pagos por organizações, a quem chamam de: “Sanduiche
com mortadela”. Que tem sido historicamente, a forma de alimentação da
militância paga. E isso acontece especialmente em período eleitoral, é o
alimento daquelas pobres criaturas que seguram bandeiras e faixas nas ruas em
troca de um salário semanal, enquanto as “lideranças humanitárias” se fartam em
restaurantes e ficam nas sombras!
A Manifestação deste sábado, ao
contrário de outras manifestações, como aquelas de junho de 2013; em grande
parte espontânea, em parte infiltrada de vândalos organizados; esta passeata,
do dia 15 de novembro, data da Proclamação da República, ela não intimidou o
comércio, que manteve as portas abertas e foi receptivo.
Nas sacadas dos edifícios viam-se
bandeiras brasileiras. Eventualmente uma bandeira tcheguevariana da ‘odiosa classe
média’, como diz a boliburguesa Marilena Chauí, outrora, uma linda mulher!
A passeata era composta de pessoas que
não eram de partidos políticos. Eram pessoas comuns, que não vivem de política,
que usaram os próprios meios para estarem ali. Estavam disponíveis no sábado à
tarde após uma semana de trabalho. Homens, mulheres, Senhoras grávidas,
crianças, idosos, pessoas em cadeira de rodas.
Absolutamente nada de exibicionismo,
performances, ou ‘palavras de ordem’ partidárias.
A manifestação contou com o apoio da
Polícia Militar do Estado de São Paulo. Em vários momentos foram aplaudidos
calorosamente.
Mesmo solidariamente, com relação ao
que este governo petista pretende fazer, como: desarmar a política. Ou seja, extingui-la;
em parte, transformando-a em outra: ‘nacional’ do Partido.
O objetivo principal da manifestação
era o pedido de “Impeachment de Dilma”. Contra o “Separatismo” e contra a “Intervenção
Militar”. Não se pode pedir “Intervenção Militar” sem que antes não se esgote
as “Ações Judiciais” contra o governo e se façam passeatas como as deste sábado;,
que vão continuar até o dia da entrega da faixa. Quando deve ocorrer a principal
manifestação.
Ou seja, o que se pretende é um movimento
legal, constitucional e que possa contar com pessoas não partidárias. O
movimento combate a inconstitucionalidade, portanto, tem que agir dentro da
lei.
A inconstitucionalidade mais recente,
ela ocorreu na principal eleição Brasileira; a eleição para presidente, ela, a
eleição, o processo eleitoral, esteve, o tempo todo, nas mãos de vinte e tantas
pessoas, intimamente ligadas ao partido, neste caso, supostamente vencedor.
Afinal, todo tempo o Senhor Aécio,
soube da ilegalidade eleitoral, da indicação inoportuna, do uso do aparelho do
Estado; da indicação oportuna de Toffoli para o TSE e o impreciso sistema de
votação. Questionado em todo o país e recusado nos países mais ricos.
Esta é a sugestão, de se esgotar os
meios legais, ela foi de Olavo de Carvalho e que foi compreendida.
Também foi distribuído o jornal “0”
(edição histórica), do jornal Mídia Sem Máscara. O escritor Olavo de Carvalho
surpreendeu-se com a reação popular, com relação ao Jornal e a sua foto na
capa, onde as pessoas se manifestavam graciosamente. “Olha é o Olavo!”.
Houve momentos que a menção do nome de
Olavo de Carvalho foi amplamente aplaudido. Segundo Olavo, quando um escritor
(neste país de hoje) é reconhecido publicamente pelo seu povo, isso tem um
significado: estão lendo.
Aproveito e ensejo para render uma homenagem
ao senhor José Carlos Graça Vagner, advogado, falecido. Graça Vagner foi o
primeiro Brasileiro a denunciar o Foro de São Paulo e por isso foi brutalmente
perseguido. Morreu de enfarto.
****
A segunda parte deste texto, diz respeito
à ação da imprensa nacional e regional. Um dia antes (14/11 – sexta feira, dia
útil) o PT fez uma passeata. Que contou com aproximadamente 07 mil pessoas. E
isso foi amplamente divulgado pelos jornais Folha e Estadão, que de fato, na
prática, os dois principais jornais do país, estão se fundindo em um só, pela
baixa clientela.
O que há 40 anos, eles eram a
referência de uma boa leitura, após a tomada do jornal por ‘socialistas’, o jornal
perdeu sua credibilidade, tornando-se um pasquim, tamanho GG. Pois o que dizem
no jornal é notadamente partidário e tendencioso, o que destrói o caráter da ‘livre
imprensa’, na prática. Modifica a imprensa!
Pode-se ver isso nos comentários que
fizeram a respeito da passeata a do PT, concentrada
em uma cidade e a passeata dos 50 mil que ocorreu em várias cidades do país. Um
peso muito diferente. Esta é a primeira observação.
Não fariam nada de mais, se constassem
as outras manifestações ocorridas, mesmo que houvesse algumas centenas de
pessoas, mas, era parte de um movimento maior, não eram isoladas e não tinham
propostas diferentes.
Ao contrário do que diz o bom senso
informativo, os jornais procuraram uma forma de desvirtuar o caráter do
movimento: “Impeachment de Dilma”, este era o foco do movimento.
Então, criaram uma história
fantasiosa, plantada, de que o
movimento havia rachado! Evidentemente uma velha estratégia da esquerda. Por
conta daqueles que querem a intervenção e os que não concordam com isso.
Obviamente um ‘fake’ da oposição! Não há divergência alguma. Os blocos
confirmaram isso. Fora disso não há outros blocos!
Há o respeito à constituição. Afinal
um golpe não pode justificar outro. Seria total incoerência fazer exatamente
aquilo que se combate. O mais triste, é
a maior imprensa do país, ter se sujeitado a estas artimanhas de estratégia
informativa do Grama cubano. A que ponto vocês chegaram!
Ontem ouvi em uma rádio uma frase
muito interessante, e que já tinha visto em filme, em uma assembleia de
acionistas, quando todos queriam vender a fábrica, demitirem pessoas em troca
de vantagens, então o ator convence-os do contrário dizendo: “O que, o
adolescente que você foi, diria, hoje, de você” - jornalista tendencioso!”.
O sujeito estuda, tem sonhos de ser um
bom escritor, e o que acontece? Acaba ‘metido’ em um lamaçal de mentiras,
sujeito a superiores de partidos, que dizem o que ele deve escrever e como deve
escrever. Não pode comentar o que viu, deve comentar o que interessa ao
partido, toda sua observação do real é corrompida. Triste profissão! Triste
destino, certamente quando jovem, jamais pensaria estar nesta condição.
Quando se corrompe em troca de salário,
em troca de ‘profissão’, há que se perguntar que tipo de jogo é este, que
avilta a informação. Fui informado disso na faculdade? Valerá a pena, o que
acontecerá no futuro em função das omissões que faço hoje? Como posso semear a
liberdade, que seja de imprensa, com mentiras, distorções, ‘contações’ de
histórias caluniosas. E eu próprio sendo algoz, de mim mesmo?
Para terminar e para se notar o
alcance do vício do mau jornalismo, os municípios reagem aos ‘grandes jornais’,
tamanho GG. A orientação nunca parte de um editorial municipal.
O único ‘editorial municipal’ é não
contrariar o Estado Municipal nas mãos dos partidos de esquerda. Isso parece
estar sacramentado é o principal objetivo da mídia municipal: nunca contrariar
o governo municipal que é seu principal mantenedor.
Em Foz do Iguaçu não é diferente. Ao
contrário, a imprensa é servil ao governo Municipal e Federal. E se coloca como
oposição, não declarada, ao governo Estadual, não pelo partido do governador
(PSDB), mas, antes, para descarta-lo politicamente enquanto governador,
ignorando-o, dando-lhe um peso impessoal.
Isso, esta tendência de forçar uma
ideologia, evidentemente entristece quem tem o hábito de leitura e não se afeta
por “manchetes”, invariavelmente chamativas, para atender ao público não
leitor. Neste caso deveriam fazer panfletos e usarem os sindicatos e partidos
para distribuí-los. Mas, tentar salvar um mínimo de decência moral na
informação municipal.
A imprensa vem se colocando como
governo! Ela decide o que é certo e errado, não informa, induz ao erro na
informação. E isso visa delimitar um tipo de ‘jornalista’, recém-formado e que
possa ser controlado, aos moldes deste vício informativo.
Bem, este papel ‘literário’, esta
sendo cumprido pelas universidades, segundo determinação que consta nas atas do
Foro de São Paulo, para a América Latina. Claro, uma literatura transversal de
um ponto da história da literatura mundial.
Evidentemente, a faixa etária nas universidades tem forte preponderância naquilo que
vai receber (do seu país) como informação. O jovem não tem alcance de perceber
com clareza, os tentáculos, da engenharia de informação, que atuam em todas as
áreas, então as isola como se fossem independentes e todos tivessem a ‘mesma
grande ideia’. E isso tem muita força. É como se fosse uma união dos estudantes
contra... a favor de...
A imprensa é responsável por esta desinformação.
Cada jornalista é responsável por esta informação em alguns casos de assuntos
triviais, e na maioria das vezes desinformação.
Os movimentos havidos contra esta
desinformação, como este do dia 15, podem sim, servir de alerta aos estudantes,
ao menos, para dizer a eles que o mundo não se resume em resoluções de um
partido único, ou em uma visão transversal de um ‘estacionamento’ histórico. E
que é preciso procurar outras informações, que certamente não as encontrará nas
livrarias, nas bibliotecas e menos ainda nas universidades e nos meios de
informação. Por quê? Porque foram retiradas de circulação, há muitos anos. E
isso, lhe diz algo?
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