HÁ ALGO DE
PODRE NO REINO DE FOZ DO IGUAÇU
Escrito por Luiz C.S. Lucasy 09 NOV2014
Carro Flutuante da Volks construído no Japão |
É sabido que Foz gasta
(va) em média 17 milhões de reais ao
ano com lixo (agora deve esta em torno de 26
milhões). Bem, vamos traduzir no popular:
17 milhões significam 680 veículos populares/ano. Um
veículo popular custa 27 mi reais. Um trabalhador de hotelaria ganha em média
R$13.930/ano. Então, o valor de um carro popular equivale ao pagamento de dois
trabalhadores ao ano (digamos, no caso do lixo, 30 horas de trabalho por
semana).
Aqui não vamos considerar
encargos (cobrados só à iniciativa privada), considerando que o trabalho é de utilidade pública, portanto, uma legislação específica. Então, com 17
milhões de reais, em tese se pode contratar 1.360 trabalhadores/ano. Nenhum
monopólio privado em Foz do Iguaçu contrata 1.360 pessoas!
Foz tem 12 regiões (*) com 290 bairros. Vamos pegar 01
região, que seja a região ‘das’ Três Lagoas. A pergunta é: qual seria a
infraestrutura necessária e a quantidade de funcionários (da região), para
recolher o lixo e dar destinação correta; a manutenção técnica e o apoio
administrativo? (**).
Digamos que a região tenha 25 bairros. Seis horas de trabalho, com caminhão,
podem cobrir 05 bairros, dois caminhões 10 bairros. O que daria 02 coletas por
semana. Parece razoável.
O lixo recolhido, parte é
incinerado, parte vira adubo e outra é reciclada. Um galpão regional de mais ou
menos 1000 mts2 é o suficiente. A quantidade de pessoas para o trabalho: 30
pessoas. Grosso modo (e ‘de graça’ –
qualquer anteprojeto custa R$200 mil) é mais ou menos isso: 30 pessoas, 03
caminhões (um reserva, luxo), uma empilhadeira, uma prensa, um forno, esteira, triturador
um galpão (com escritório), oficina para construir recipientes de plásticos
para a pré-recolha do lixo.
Multiplicando isso por 10 (regiões)
serão 300 pessoas (a 500 pessoas), 30 caminhões, 10 galpões, 10 prensas, 10
trituradores, 10 oficinas, 10 escritórios. O custo médio disso: 30 caminhões
R$3 milhões (pode ser menos), 10 galpões equipados R$10 milhões: inicialmente
300 funcionários (6 h. de trabalho 2ª. a sexta) uma média de R$3.200 mil. Total
aproximado do primeiro e último investimento: R$16.200 mil (***). A
partir disso deste valor de investimento, o resto é manutenção, investimento técnico
e pessoal (a conta cai para 9 milhões/ano)
Você vereador, prefeito,
honoráveis donatários, terá gerado, só com o seu assentimento político, sem
gastar um ‘níquel’ e, um ganho enorme em publicidade, no mínimo, 500 empregos;
todo o dinheiro movimentado não sai de Foz do Iguaçu, o comércio ganha uma nova
vida; se abre alguns negócios complementares; o valor do lixo a ser cobrado ao
contribuinte será menor, e terá destinação certa (não o aterro insanitário),
como ocorrem em Europa; menos desemprego e mais opção de trabalho técnico e
especializado.
Com relação à forma de
contrato, ora, para quem tem a ousadia de contratar por 15 anos, com empresas desconhecidas
de outro estado, não existe maior risco que isto! São empresas profissionais na
licitação, nas negociatas, com lobistas no congresso e até comprometem os nobres
políticos de Foz do Iguaçu! Pois este é o histórico do lixo no Brasil!
Dai a contratar com empresas locais (cada bairro terá a sua
fundação não estatal), com pessoas conhecidas, moradores e sem estarem
atreladas ao estado e ao funcionalismo público, isso seria uma vitória da cidade,
como nunca aconteceu!
Evidentemente seria uma
desgraça se tivesse algum envolvimento público, como há agora entre a empresa
do lixo e o Estado!, por isso a dificuldade inclusive de se discutir
abertamente isso, na câmara municipal de Foz do Iguaçu! Atrelar esta, “nova
empresa citadina”, ao estado, seria como monopolizar o ‘modus operandi’ daquilo
que se pretende aniquilar por princípio; seria “chover no molhado”; a “emenda
sairia pior que o soneto”.
****
Agora o mais importante de
tudo. Os 17 milhões pagos pelo prefeito de Foz do Iguaçu, não é dinheiro do
Estado é dinheiro dos impostos. O
prefeito, seja ele quem for não é dono de nada, exceto de sua casa. O Estado
não esta fazendo favor a ninguém. E pior, o Estado esta se eximindo de
controlar aquilo que é pago para fazer: vigiar, inspecionar, fiscalizar etc. (1*)
O Estado entrega o ‘trabalho’ nas mãos da iniciativa
privada, mas, uma iniciativa privada “associada ao Estado”. E não, para “cobrar
menos”, por estar ligada ao Estado! Foi o Estado quem lhe arrumou a “boquinha”!
A empresa privada, escolhida (?), é
um monopólio, não há outra; o que há são outros nomes de fachada, para a mesma
empresa! E por quê? (2*)
Para realizar esta façanha
notória ao nível nacional, a iniciativa, antes privada e agora, associada ao
estado (mista) tem que somar no preço geral, as comissões, barganhas e ajuda a
políticos. Então, ‘superfatura’ o trabalho. E isso já ficou provado em vários
processos pelo país afora. E que trabalhador da iniciativa privada aguenta
isso? Que administrador da iniciativa privada aguenta isso?
Tomara mesmo que esteja
completamente errado. Apesar de tantas provas, aliás, tem um site especializado
na questão do lixo, com todos os números de processos possíveis. Mas tomara que
esteja errado, e que não existe comissão de 10%; que não exista máfia alguma,
como dizem ao nível nacional com relação ao lixo; que o dinheiro dos contratos
do lixo (bolo médio de 380 milhões por 15 anos) não acabe em mãos erradas
multiplicando-se de forma ilícita; que não exista a colaboração aos candidatos,
preferencialmente, e que o planeta consiga sobreviver sustentavelmente a tanta maldade humana.
Que tudo aconteça na maior
lisura. Então, porque estas empresas não contratam funcionários da cidade?
Porque continuam amontoando lixo? Quanto dinheiro deste salário/ano fica em Foz
do Iguaçu? Fazem isso para evitar problemas sindicais? Pela impresibilidade
contratual de 15 anos ou mais? Porque a empresa de lixo pode mudar de dono a
qualquer momento?, como aconteceu em Bolívia? E a sobra dos R$17 milhões fica
em Foz? Ou será o que o dinheiro de impostos dos ‘trabalhadores’ de Foz, somem
para sempre? To-do, ano?
Como disse um funcionário
do PTI, se não fosse a Itaipu, Foz do Iguaçu já teria descambado para o crime
total. Como no México, onde os carteis de drogas comandam as cidades. Esta
semana tivemos notícias preocupantes, para Foz do Iguaçu, com relação a isso,
veiculadas por um Senador da República, portanto há fumaça!
Voltando, como Itaipu
consegue este ‘milagre epicúreo’?, de lidar tão bem com a materialidade da
felicidade daqueles que a cercam?, de salvar Foz da inadimplência econômica e
moral? investindo milhões de reais!, entretanto, ela investe mais em ‘sonhos’,
justamente por falta deles, no contexto da realidade da cidade de Foz.
Não sei se v. concorda; desculpe,
mas investir em produção de carro futurista, quando o planeta nos contempla com
os salões de automóveis; uma Ferrari e novos modelos europeus e japoneses (carro
da volks flutuante), é perda de tempo, e desperdício de dinheiro é mais, uma ‘realização
pessoal’, com dinheiro dos impostos em muitos casos de desempregados, e não sei
se isso justifica o valor do investimento de milhões de reais. Sei que não
ajuda outros investimentos, mais concretos e que ajudariam muito mais pessoas de Foz e Foz,
porque o dinheiro fica na cidade.
Por exemplo, o PTI e todos
os ‘centros tecnológicos e faculdades de engenharia, que executam projetos a um
preço respeitável’, seriam mais úteis à nação se, por exemplo, no caso da
reciclagem (3*), que
pode ser para qualquer município, desenvolvessem máquinas apropriadas, trituradores,
ou caminhões adaptados a um determinado trabalho rotineiro, no caso, a coleta de
lixo; esteiras, prensas, uniformes de segurança, ferramentas, etc.
Claro que contar com os
vereadores de Foz do Iguaçu seria uma honra, entretanto, eles não conseguem voltar
ao plano real e vivem em uma luta emocional e egocêntrica, por sua própria
honra frente as banalidades do cotidiano, que devem cumprir para a próxima
eleição; de certa forma agem como os cavaleiros da idade média, que se
ocultavam atrás de armaduras; as armaduras lhes dava o poder, entretanto, suas
provas eram mortais, o que os dignificava, ao menos, como homens de bravura,
cuja função era defender os mais fracos, dos tiranos encastelados, nem sempre
sóbrios.
Quando vejo a falta de
água em São Paulo, isso me assusta. Nunca imaginei que isso pudesse acontecer. A principal cidade do país esta em queda livre por
uma questão política. O Brasil esta em queda libre por uma questão política.
O Estado municipal de Foz,
assim como a maioria dos municípios, se afasta dos trabalhos, delegando estes
trabalhos a organizações estranhas; da mesma forma como ocorreu com os médicos.
Isso é um ‘non sense’ político! É incompetência!
Falam em Mercosul, Nova
Ordem Mundial, Organização das Nações Unidas, Clima mundial etc., e não teem competência
para gerenciar um município? Há algo
de podre no reino do Brasil!
Refiro-me ao povo de Foz
do Iguaçu, basta somar 2 mais 2 e o resultado disso é sempre variável para
mais, é patente: aumento do combustível, aumento da luz, aumento da carne, dos
impostos, aumento do crime etc.
Se os avisos no comércio
da inadimplência, da crise de 09 meses, colocando por terra a tese do “período
dos meses”, se isso não é sinal, não queira esperar o resultado, tem que agir!
Cobre aos seus políticos municipais. Ora, que façam cursos!
(*) Região
do Três Lagoas, Região da Vila C, Região do São Francisco/Morumbi, Região do
Porto Meira, Região do Jardim São Paulo, Região do Jardim América, Região do
Parque Imperatriz, Região da Vila A, Região do Centro/Vila Yolanda, Região Campos
do Iguaçu, Região da Vila Carimã e Região Rural (Região 12)
(**) Para
fazer um projeto é necessário mapear o bairro. A partir disso, localizar os
pontos de coleta e de ‘gargalo’. As coletas dependem de quantos postos nas ruas
de pré-recolhimento do lixo (aonde o morador vai depositar o lixo) devem ser
colocados e isso determina a quantidade de coletas etc. Falamos de uma região e
isso pode ser modificado de acordo com as dificuldades ou facilidades da
região.
(1*) Veja a
que ponto chegou a Saúde de Foz: 75 milhões de dívida! E ninguém se manifestou
quando eram 05 milhões! Ninguém se manifestou publicamente quando já estava na
ordem de 25 milhões! Isso é um absurdo! E o que fazia o governo municipal? A
Câmara Municipal? E o que fazem agora!
(2*) A
Camargo Correia tinha uma rede de 13 empresas para atender à Petrobrás.
(3*) Os
carrinhos a bateria podem ser úteis nos galpões e podem ser remodelados para
controle remoto.
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