segunda-feira, 27 de julho de 2015

TERCEIRIZAÇÃO, NO SENADO DAS LAVADEIRAS

TERCEIRIZAÇÃO, NO SENADO DAS LAVADEIRAS
Escrito por Luiz C.S. Lucasy
Artigo: “direitos trabalhistas”

Assistindo a uma discussão no Senado da República sobre a terceirização, pude perceber como o Estado brasileiro traiu covardemente o povo brasileiro, naquilo que lhe era mais precioso: ter o direito de organizar sua vida, mesmo que, humildemente.  Antes se podia comprar um terreno em 36 vezes, pagando algo apropriado ao salário regional e depois, com muito gosto, se aventurar a construir uma casa. Nisso, os anos passam e os dias não parecem tão enfadonhos, existia uma esperança. Hoje, se luta para arrumar um emprego e quando muito, compra um carro velho, que só trará despesas. E toda esta situação sinuosa, ela é do âmbito do Estado, do Estado que intervém na economia e cria bolhas econômicas naquilo que lhe convém, e este é o caso da terceirização, uma bola para dar alguma folga, a alguns setores da economia.

Em síntese, o debate resumiu-se no seguinte: a terceirização ela existe há 20 anos. Já é consagrada, o que falta é definição sobre ‘os fins’. Isso, ‘os fins’, é totalmente mítico, é um ‘abracadabra’, pois o sujeito do Ministério do Trabalho não sabe o que significa.  A terceirização foi a forma que o Estado encontrou para combater o inchaço do próprio Estado. Por exemplo, a Petrobrás, dividindo-a em três partes, uma parte de funcionários concursados, duas partes de funcionários terceirizados. Em situação de crise, como é agora, o LAVA JATO, os primeiros a serem demitidos são os terceirizados.

Para cada Senador com 10 minutos, um sindicalista com 4 minutos. A discussão é redundante: “circundam o ovo, falam do ovo, pensam o ovo, mas, não quebram a casca”. Os sindicalistas defendem seu interesse em continuar recebendo o imposto sindical da categoria. Quase sempre o terceirizado ‘muda’ de categoria e passa a pagar impostos a outro sindicato. Então, há uma readequação do recolhimento de tributos. Um sindicato ganha e outro perde. Ao governo interessa que os empresários retornem aos investimentos e ao mesmo tempo, usando termos dúbios, simula solidariedade à causa dos ‘trabalhadores’. O tempo todo é isso.

A coisa toda é insossa porque não separam sindicatos do Estado, dos Sindicatos do setor privado. Segundo, não separam as categorias. Continuam escondendo situações concretas: Volks de São Paulo e o Mercado de Dona Helena na cidade de Quiproquó da Barra Mansa. Fingem e falam sobre a melhor categoria: os metalúrgicos da FIESP, e funcionários públicos (da Petrobrás etc.), e neste caso, a terceirização, como vimos ela é útil: antes ter funcionário terceirizado, que funcionário vitalício. E vendo a discussão deste ponto de vista, neste patamar de bons empregos etc., onde até os terceirizados, conseguem salários vantajosos, as coisas parecem coerentes.

Mas, quando você ‘arma todo o circo’, aprova as leis baseadas em boas referências, das melhores e mais bem pagas empresas e vem para o interior nas categorias inferiores – segundo este pensamento produtivo controlado pelo Estado – aí a coisa fica feia. Por que é aqui, no ‘baixo clero’, que o terceirizado e o funcionário já funciona, como ‘bucha de canhão’, de um setor produtivo defasado e no limite. E ainda em período de crise terminal de transição de sistema, quando Brasil está totalmente desacreditado e os investimentos fogem do país.

E toda esta conversa inútil, covarde, serve para ocultar aquilo que o governo deveria cortar na própria gordura, e, pensar no Brasil ao invés de resolver os ‘problemas da América Latina’. Nas privatizações do Estado, praticadas pelo Estado, há interesses escusos nisso. Não vamos entrar no mérito disso, basta compreender o que significa ‘informação privilegiada’.  Como foi o caso do cinto de segurança, das tomadas, dos estojos de acidentes, do Friboi, etc. A última tentativa foi a dos extintores, mas que ‘bateu de frente’ com o procedimento que vinha sendo usado, então desistiram, por enquanto.


Por isso não quebram a casca do ovo, e eu não vou entrar neste assunto; do que o Estado e Governo deveriam fazer. Eu não sou governo e posso me dar a este luxo, de não querer nem saber. Sabe o que mais se fala no Senado, no Congresso Nacional, sabe qual é a frase mais popular: “nós temos que...”. Ou, seja fazendo a ‘merda’, depois, nós temos que... e assim por diante. Ainda o velho jargão “unidos venceremos”, nós o Estado. O “nós temos que...”, nunca acontece é pura tapeação de marketing, para palanque. Isso é o que mais se fala: é como se eles realmente, soubessem o que fazer, ao menos, deixam entender que sabem, apenas olhando o ovo. E como vimos, o ovo continua intacto.

Concluindo, estes infelizes, não enxergam os 70 mil assassinatos/ano no país; estes indivíduos, não querem nem ouvir falar do Foro de São Paulo e suas ligações como Narcotráfico. Mesmo com as ameaças de Maduro de invadir o Brasil para defender o Foro de São Paulo, eles continuam achando que isso tudo, são “teorias conspirativas”. Nem pensam em discutir a questão do dinheiro que é entregue por milhares de municípios, ao lixo e onde este dinheiro vai parar e sequer sabem qual a relação de Ñhandrangueta (de Itália) com o dinheiro do lixo; o processo sobre o caso de lavagem de dinheiro, está em Santos - SP. Eles pouco estão ligando para as empresas que estão fechando. Não ligam a mínima quando o HSBS em reunião, classifica o Brasil como uma país de risco, depois do Santander fazer a mesma relação. Então, que moral estes seres desenxabidos, tem para discutir o que quer que seja? Ou será que são apenas figurinhas carimbadas, ocupando espaço, de algo muito pior que está por vir?


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