GREVE DOS BANCOS
COMENTÁRIOS
Escrito por Luiz C.S. Lucasy
A pergunta que
vale um milhão de dólares (o dólar é confiável). A pergunta é: porque estas greves?
E, porque estes sindicalistas da CUT, ‘líderes do movimento’ - nacional (e,
muito menos os bancários, e menos ainda, os bancários dos bancos privados), estão
instigando desordem no sistema financeiro? Afinal, nada parece favorável aos
trabalhadores! A tecnologia das ‘máquinas de banco’, foi um sinal de mudança do
que era o banco de antes, para o banco de hoje! Ora, se as cidades tivessem
populações organizadas, com número ideal, as maquinas não existiriam e tão
pouco os bancos auxiliares, como lotéricas, farmácias, mercados, e eventuais
caixeiros viajantes! (Refiro-me, às cooperativas de investimentos, que saíram
da cartóla, de onde se tira coelho e outras coisas). Desta forma o problema não
reside no sistema fianceiro ou, nos bancos, mas, na forma de como o país se
formou, quando concentrou populações inteiras em um só estado, ou dois estados:
São Paulo e Rio de Janeiro e, em termos de região: sudeste!
É notável a
presença dos líderes do movimento nas portas dos bancos: os avisos dizem: “Estamos
em Greve”. Esses avisos cobrem toda a fachado do banco e dão a impressão de um
local que foi ‘lacrado’, como quando acontece uma tragédia em uma casa (nos
EUA), e ela fica cheia de ‘fitas’ em volta proibindo a aproximação de pessoas não
autorizadas. As placas dizem insistentemente: ‘estamos em greve! ’. Estamos em
greve, quem, oh, tupinambá? Dentro dos bancos os caixas eletrônicos funcionam
normalmente e, com funcionários dando orientações. Não podem abrir as portas
dos bancos, com medo de depredação! Fora dos bancos, de 2 a 5 líderes do ‘movimento’.
Perguntei a dois deles, com quem conversava, se eles eram bancários e, me
disseram que eram do Banco do Brasil.
O comando de greve está fazendo um revezamento
nas portas dos bancos e só funcionários do Estado, supostamente pela garantia
de emprego, se sujeitam a ficar nas portas dos bancos, como mendigos nas
escadarias das igrejas, com a diferença, que aceitam mais concorrentes. O motivo verdadeiro da greve, nem eles sabem,
acreditam que seja, só, o aumento salarial, que acontece em meio a uma crise não
só econômica, mas política e moral, o que modifica muito o cenário das greves,
pois que, se estará apoiando uma ou outra coisa, portanto a questão não só
salarial. A greve, nestas atuais circunstâncias parece atender mais aos
interesses estatais que, aos funcionários dos bancos! Pois que, o dinheiro toma
outro rumo: o das cooperativas, que são fundos de investimento!
Ninguém sabe o
que realmente acontece nos bastidores do ‘Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo’.
E, isso nos lembra dos ‘acordões’ de Lula e FIESP, que favoreciam os grandes
centros e, os ‘dejetos’ das negociações, caiam como meteoros nas cidades mais
distantes, como por exemplo, o ‘banco de horas’; que tem uma interpretação e
uma realidade na área industrial e uma interpretação completamente adversa, em
outras áreas, como na área de serviços. Mas isso é outro assunto, que não cabe
aqui.
Então, um
comando nacional da greve fica a discutir grandes assuntos, com a FENABAM e, os
‘banqueiros’, que tratam de forma pejorativa, como se eles fossem ‘banqueiros do
jogo do bicho’; talvez, para dar um sinal de ‘abominação de classe’,
evidentemente falso! Mas, anima os militantes (da CUT) que se dispõe a ficar
nas portas de bancos e isso, é anunciado nos ‘panfletos’, que ficam nas muretas
dos bancos seguros por uma pedra, quase filosofal e funcionam como uma ‘circular
interna’ do comando de greve. Como circular, nacional é estritamente técnico e
insosso, para evitar polêmicas e contradições, que são latentes em toda marcha,
onde o conflito é uma consequência de outros desmandos alheios à categoria dos
bancários, enquanto trabalhadores.
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