A
MALDIÇÃO DO ESTADO
Escrito por Luiz
C.S. Lucasy
Artigo: O ódio Socialista
Antes,
é importante dizer que a cidade de onde eu voz escrevo, é uma cidade onde o
principal modo de trabalho é a prestação de serviços, por isso é conhecida com “área
de serviços”. E isso quer dizer, que não
existe feriado ou fim de semana. O que significa estar à disposição
diariamente, sem interrupção. Até hoje, quando eu voz escrevo, ainda se
identifica, vem escrito no holerite, um valor extra, pago quando se trabalha no
domingo e feriado. Na soma geral, com todas as extras possíveis, o salário
ainda fica aquém do menor salário pago ao funcionalismo público. Ou seja,
trabalhando o dobro, não se consegue ter o volume de dinheiro (e privilégios)
que tem este setor que se entende como ‘empregado daqueles que pagam impostos’.
Hoje
Quinta Feira é feriado para todos os funcionários públicos, digo funcionários
públicos, porque só eles podem “emendar” feriados. Nenhum outro setor pode
fazê-lo sob o risco de demissão. E no setor de serviços, não existe feriado;
como dissemos, existe uma ‘compensação’, todavia esta compensação ela é subsumida
no salário e sai muito mais caro à pessoa em termos de perda para a vida, do
que, positiva, em termos de o que fazer e quando fizer com esse pequeno
dinheiro excedente, que por princípio, nada mais é que o salário normal para o
setor. Considerando a obrigatoriedade e a carência da circunstância.
Muito
ao contrário disso, acontece com o funcionalismo que entra de folga hoje e só
volta a trabalhar na segunda feira, portanto 04 dias de folga. Você poderia
dizer: “ora, saia da área de serviços e seja funcionário público”. Pronto
estaria tudo resolvido para quem fizesse isso! E todos querem fazer isso, aliás,
só para isso serve o diploma ‘superior’. Mas as coisas não são bem assim e tão
pouco é inveja, deste setor privilegiado; que não deveria existir, desta forma!
Um setor corporativo. Onde as principais funções (os pais): juízes, políticos,
administradores etc., é quem ‘puxa’ este ‘carro alegórico dos privilégios’, por
uma simples palavra: “isonomia”, e medo, de perder o privilégio quando o
restringe aos ‘superdotados’, pela falsa lei. Todos os outros, de cargos
menores, eles são figurantes do grande desfile estatal que acontece nas
estradas brasileiras, nestes dias. Isso nos lembra do desfile de satã; comum em
algumas cidades mexicanas, para conciliação com o mal, à procura de um estranho
tipo de redenção. Hoje, promovidos a cartéis do narcotráfico: Sinaloa, Beltran
Leiva etc.
Não
se trata de ciúme, mas de concorrência autoritária ao capitalismo e não aos
monopólios, que são uma excrecência. Eu explico. Atualmente muito se tem dito a
seguinte frase: “o capitalismo é avarento e o socialismo é odiento”. Pois bem,
a origem do capitalismo (a história do capitalismo) é a liberdade de mercado. A
liberdade de mercado tanto é para o capital, quando para aquele que vende sua
mão de obra. Onde se pressupõe um equilíbrio de mercado. E isso já aconteceu. E
isso determina uma especialização do empregado, o que o colocava em situação de
‘um bom privilégio’, pela própria competência profissional. Mas isso acabou
pelo “ciúme”. De quem, ou de que grupo social, nós veremos a seguir.
Lembro
o dia em que estava com um parente na sala de um advogado, capitão regiamente
aposentado da Aeronáutica, ainda com direito a promoção na reserva, e que usava
o título de militar para glorificar o de advogado e vice versa. Eu era um
jovem, isso ocorreu na década de 80. O advogado era amigo da família, hoje é
falecido. Lembro perfeitamente, quando ele nos mostrou um processo de uma
pessoa sobre a sua mesa, onde constava a profissão e o salário: a profissão era
de torneiro mecânico, em São Paulo – SP, o salário passava dos três mil reais
(conversão monetária improvisada). Então, o advogado ficou indignado, de como
um peão torneiro poderia ganhar quase o mesmo que ele como advogado, lógico,
pelo caráter falho, omitiu sua aposentadoria. Era um advogado ‘recém-formado’,
apesar da idade avançada; do tipo que, fora o status de militar, sua
competência era relativa como advogado, então, seu empenho na atual função também
era relativa. Eventualmente, deixaria de ser advogado para se aventurar em um
fábrica, uma fábrica com fundição de alumínio, o que quer dizer, que tinha
capital para tanto. Mas, a fábrica também não duraria mais que uma década, pela
concorrência interna aos sócios e incompetência administrativa!
Bem,
falamos do capitalismo e sua essência que é a liberdade de mercado. Observação
importante, sem a liberdade de mercado, não é capitalismo! Capitalismo
significa, alguém ter dinheiro para arriscar
um negócio. Agora, vejamos o Estado. O Estado (municipal, estadual e federal) é
quem emprega o funcionário pago com dinheiro de impostos, dependendo o valor
dos impostos e o número deles, é evidente, que há uma intervenção da liberdade
do mercado. Ora, o Estado concorre, em termos de funcionários, com o
capitalismo: tira empregados do capitalismo e dos monopólios. Mas, o faz por
decreto, por imposição! Isto é outro tema, de como se dá a imposição. Esta é a
anomalia. E quanto mais eles, do Estado tem privilégios, mais diminui a
liberdade de mercado. Pela lógica simples, isso, de o Estado açambarcar grande
número de trabalhadores, deveria valorizar o trabalhador privado. Mas, devido pressão,
do governo ao capital, e, a quem vende a força de trabalho, a valorização
profissional é trocada pela queda na qualidade dos serviços e manutenção. O que
obviamente gerou a dupla jornada de trabalho, o banco de horas, a rotatividade,
o desemprego, a burocracia, sindicalismo (semi-estatal) etc. etc. etc.
O
Estado não produz bens de consumo para o mercado: mercados, que são
concorrentes e se obrigam a melhorar a qualidade e o preço, quando tem
liberdade de trabalho, o que não é o caso no Brasil de hoje. O que o Estado
produz são itens obrigatórios de consumo, onde não há liberdade alguma: é
consumir ou consumir, ou ficar sem. É uma obrigação o pagamento do consumo
(mesmo que não consuma!), reajustado segundo a necessidade governamental e mais
os impostos. Neste ponto é importante ressaltar que o valor pago nas tarifas
(todos os valores da tarifa), surte o mesmo efeito ilusório do salário pago no
setor de serviços conforme já dissemos anteriormente. Com a diferença de que: a
“tarifa”, elas são várias e obrigatórias, e, cada item de valor, digamos
secundário, pode ser reajustado de maneira imperceptível (como um caça níqueis)
e isso não surtirá efeitos evidentes aos pagadores, que são todos, os que usam
da luz, da água, do gás etc. Portanto tratamos de volumes de pagadores muito
consideráveis. Já no caso do salário “extra” pago no setor de serviços é um
valor, por princípio, já corroído pelas dezenas de impostos, a bem do serviço
público.
De
outra forma a supervalorização do Estado, o inchaço do Estado, objetiva-se a si
mesmo e sua transformação em um Estado cada vez maior e centralizador de todos
os negócios não capitalistas, mas comprimindo-o cada vez mais. Como vemos
atualmente a associação do Estado aos Monopólios (que não enfrentam
concorrência e têm o caráter fascista). Isso acontece em detrimento do capitalismo,
já deteriorado, na UTI da economia. Evidentemente os funcionários do
capitalismo sofrem as consequências de desmanche. E isso cria uma oposição,
mais visível nestes dias de ‘feriados prolongados’: no estouro dos champanhes!
Os
sindicatos do Estado do Paraná e outros estados não governados pelo petismo e
caterva. De forma fanfarrona, arrastaram a assembleia da categoria dos
professores para terça feira, para aproveitarem mais um dia de folga, cinco
dias de folga, além da greve que se estende desde o início do ano, com
intervalos fictícios de supostas aulas. Então, após estes cinco dias de folga
extra, e provavelmente remunerada, a custa da tomada de dinheiro ao povo, só
então, discutirão se vão ou não interromper a greve! Bem os alunos, já
esqueceram que são alunos! E tão pouco, nesta nova fase de rebelião, eles, os
alunos, imaginam, o que possam aprender deste ‘meio’, deste ambiente estatal,
voltado ao próprio umbigo, e daí para baixo!
Recentemente
o judiciário obteve um aumento criminoso de 75% nos seus salários. Agora, os
professores, dentro da razão do crime, no contexto de um aumento, apenas mais
um aumento, criminoso, querem o mesmo; isso acontecendo, o dinheiro terá que
sair dos impostos, destruindo mais ainda, o pouco que resta do capitalismo,
transformando-o em canibalismo social, onde uns senão a maioria, eles serão
sacrificados, para que eles, os funcionários públicos, por enquanto, se deem ao
luxo da vagabundagem e do péssimo caráter, como exemplar social, o que é uma
característica nacional, incentivada por um Estado em transformação para o
socialismo! Quando todos serão servos do Estado! É esperar para ver.
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