(Site: Papeis Avulsos de Heitor de Paola)
EX-AGENTE DA CIA, E DEMOCRATA, CONTA A VERDADE SOBRE A TRAIÇÃO DA CIA A TRUMP
Sou um Democrata (e ex-CIA), mas
os espiões que conspiram contra Trump estão fora de controle.
Bryan Dean Wright
FOXNEWS
18/02/2017
Ao longo dos últimos meses a
América tem deixado a guerra puramente partidária e escalado os penhascos de
uma crise existencial.
Vários relatórios mostram que
meus ex-colegas na comunidade de inteligência decidiram que eles devem vazar ou
reter informações classificadas devido a conexões inquietantes entre o
Presidente Trump e o governo russo.
Disse um oficial de inteligência:
"Eu sei o que é melhor para a política externa e segurança nacional ... E vou agir de
acordo".
Alguns de nós podem aplaudir este
homem, incluindo alguns dos meus colegas democratas. Em suas mentes, este é um
caso de alguém que vai para Langley (sede da CIA) para lutar contra um
presidente corrupto.
Um pequeno problema. O oficial de
inteligência citado acima era realmente Aldrich Ames [1], um traidor da CIA
cujo crime de traição nas décadas de 1980 e 1990 resultou no comprometimento de
mais de 100 agentes. Muitos foram torturados e executados como resultado de sua
traição.
A lógica defeituosa de Ames é
estranhamente semelhante à de seus colegas atuais que estão envolvidos em uma
guerra nas sombras contra seu comandante-em-chefe. Eles também decidiram que
seu julgamento superior é mais importante do que seguir a lei.
Por razões de argumentação,
entretanto, vamos supor que esses funcionários sejam, de alguma forma,
diferentes de Ames. Vamos supor que eles têm peças convincentes de informação
que realmente sugerem que Trump ou sua equipe tenham cometido traição.
Quando você é treinado como um
espião, você é ensinado como lidar com esses tipos de situações. Após a
detecção da informação, ela fica bem compartimentada (restrita) e enviada para
o Departamento de Justiça ou para o Congresso para investigação. Se a evidência
é considerada séria, a constituição deixa claro o que acontece a seguir:
impeachment.
É assim que a democracia
americana deve funcionar.
E é exatamente assim que tem
funcionado. De acordo com o ex-vice-presidente Biden, tem havido uma
investigação em curso sobre as alegadas ligações entre Trump e a Rússia. Todos
nós devemos ter coragem de saber que o sistema está funcionando exatamente como
projetado.
No entanto, alguns dos espiões da
América estão decidindo que isso não é suficiente. Por razões de justiça
equivocada ou ódio partidário, eles assumiram a responsabilidade de serem
juízes, jurados e carrascos ao mesmo tempo. Eles têm processado seu caso no
tribunal da opinião pública, com meios de comunicação social que pensam como
eles, como a CNN, The New York Times e Washington Post, servindo como
estenógrafos de tribunal.
Eleitos por ninguém, responsáveis
somente uns pelos outros, esses espiões determinaram que Trump é culpado de
crimes e delitos graves.
Dias atrás, eles deram o
veredicto. De acordo com um oficial de inteligência, o presidente "morrerá
na prisão".
Eu entendo como isso pode parecer
atraente para os democratas profundamente partidários. Afinal, eu também não
queria que Trump ganhasse. Mas a solução para lutar contra este presidente não
pode ser encorajar uma rede de espiões para fazer a balança pender a favor de
nossas convicções políticas. Em vez disso, devemos deixar o sistema continuar
funcionando como tem feito, e mostrar o nosso caso para o povo americano nas
futuras eleições.
Se você não está convencido,
imagine as consequências de deixar os espiões decidirem não apenas o destino de
Trump, mas os de outros vencedores e perdedores políticos também. Imagine como
eles poderiam tratar nossos candidatos na próxima eleição.
Direto para 04 de novembro de
2020, onde os senadores Bernie Sanders e Elizabeth Warren derrotaram Donald
Trump e Mike Pence para a Casa Branca. Democratas vão comemorar nas ruas. Os
espiões liberais sorrirão. Missão cumprida.
Espiões conservadores, no
entanto, terão uma visão mais negra do assunto. Para eles, seus colegas
liberais terão acabado o assassinato político. Eles estarão procurando
vingança.
Bem-vindo à nova América. Agora é
vez deles queimarem a democracia. E eles têm as ferramentas e a motivação para
fazê-lo.
Este é o declive escorregadio do
tribalismo político que até alguns meses atrás eu teria pensado impossível na
América. Certamente isso acontece em países do terceiro mundo, mas não aqui. Eu
fui treinado para acreditar que nós éramos excepcionais.
Na cultura dos espiões da
América, você vive e morre por um conjunto de regras. Um deles é uma sagrada
promessa de lealdade à constituição e ao comandante-em-chefe. Espiões podem não
gostar de um presidente ou suas políticas, mas eles devem saudar o seu líder.
Se eles não podem, eles são instruídos a renunciar.
Espiões também fazem voto de
sigilo, especificamente para manter informações classificadas escondidas de
quem não tem a necessária autorização para conhece-las. É um compromisso que se
mantém por toda a vida. E se esse voto for violado, as consequências são terríveis.
Tempo de prisões. Colegas e informantes mortos. Inimigos encorajados. O país
menos seguro.
Os espiões também aceitam e
abraçam uma regra final: deve haver uma parede inquebrantável entre os
funcionários do governo e o processo democrático.
Por quê?
Porque muitos espiões têm acesso
a poderosas ferramentas que, se usadas indevidamente, poderiam causar danos
incríveis à estabilidade da nação. Consequentemente, os oficiais clandestinos
têm um pacto especial com o povo americano - codificado pela lei Hatch [2] -
que limita que limita sua participação na política.
Durante meu tempo como oficial da
CIA, eu aprendi rapidamente porque todas estas regras existiam. Li os e-mails
das pessoas. Eu escutei telefonemas. Eu recrutei informantes que diziam os
segredos mais sujos e embaraçosos. Eu vim a perceber que o meu poder era tanto
e de uma responsabilidade incrível e, às vezes, perversamente sedutor.
Alguns de nós vacilaram em nossos
compromissos. Lembro-me de colegas que acreditavam que estavam acima das
regras, conduzindo investigações silenciosas sobre esposas ou ex-namorados
enganadores. Eles foram eventualmente descobertos e legitimamente postos na
rua. Eles demonstraram incapacidade de lidar com o peso do poder.
E isso é precisamente o que
estamos experimentando hoje. Os espiões que conspiram contra o Presidente Trump
estão quebrando as leis dos EUA. Eles estão violando seus juramentos. E eles
estão cometendo traição para remediar (como a veem) a traição.
É provável que eles não pensem
como eu, é claro. Mas, nem Aldrich Ames pensaria.
Com sorte e investigações
agressivas, esses espiões renegados juntar-se-ão ao seu colega no Centro
Correcional de Allenwood pelo resto da vida.
Estou ansioso para ver os portões
se fecharem para sempre às suas costas.
NOTAS DO TRADUTOR:
[1] Aldrich Hazen Ames foi
analista da Agência Central de Inteligência americana (CIA), convertido em
"toupeira" do KGB. Foi condenado por espionagem em 1994 e está
cumprindo pena de prisão perpétua, sem a possibilidade de liberdade condicional,
na Penitenciária Allenwood de segurança máxima. No momento de sua prisão, Ames
havia comprometido mais "agentes ativos" da CIA do que qualquer outra
toupeira da história até a prisão de Robert Hanssen sete anos depois.
[2] O Ato Hatch de 1939, oficialmente
um Ato para Prevenir Atividades Políticas Perniciosas (Act to Prevent
Pernicious Political Activities), é uma lei federal dos Estados Unidos cuja
principal disposição proíbe os funcionários do poder executivo do governo
federal, exceto o presidente, o vice-presidente e certos funcionários de alto
nível legalmente designados, de praticar algumas formas de atividade política.
Tradução: Heitor De Paola
Bryan Dean Wright é um ex-oficial
de operações da CIA e membro do Partido Democrata. Ele contribui em questões de
política, segurança nacional e economia.
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