MÍDIA SEM MÁSCARA
Quem financia o Foro de São Paulo?
Graça Salgueiro
26 de abril de 2017 - 15:18:40
Durante todos os anos de existência do Foro de São Paulo (FSP) muitos
de nós, estudiosos do tema, nos perguntávamos de onde vinha o dinheiro
que financiava essa organização revolucionária: seriam os petro-dólares
chavistas? Ou seriam as FARC? Sabemos que George Soros abriu
generosamente a carteira em várias ocasiões mas nenhum de nós sabia, até
então, que havia aquele idiota útil de Lenin que iria financiar a corda
com que seria enforcado.
Com tudo o que vem sendo denunciado na Operação Lava Jato, o Brasil e
o mundo conheceram uma empreiteira bastante generosa que iria cumprir à
risca o vaticínio de Lenin: a Odebrecht. Fundada em 1944 por Norberto
Odebrecht e dirigida por seu neto Marcelo até 2015, esta rica empresa
que tem escritórios espalhados pelo mundo acreditou que oferecendo
polpudas propinas iria encher suas arcas sem qualquer tipo de
conseqüência. Hoje sabe-se que o senhor Emílio, pai de Marcelo, era
amigo íntimo de Lula da Silva e que – supomos – fizeram um acordo onde
todos se dariam bem: a Odebrecht “financiava” campanhas políticas e
ganhava contratos que valiam 4, 5 ou até 10 vezes mais do que suas
doações.
E faço esta suposição porque dos mais de 12 países apontados nesse
esquema de corrupção, com exceção dos Estados Unidos, todos pertencem ao
Foro de São Paulo. Senão, vejamos:
No Brasil, de 2003 a 2016 a Odebrecht “doou” 788 milhões de dólares
ao PT e partidos coligados que, aos poucos, vão sendo denunciados. A
Venezuela recebeu 98 milhões de dólares de 2006 a 2015, aos governos de
Hugo Chávez e Nicolás Maduro, ambos pertencentes ao PSUV, membro do FSP,
em troca de construções super-faturadas e muitas delas inconclusas até
hoje. No Equador, o governo de Rafael Correa, cujo partido Alianza País é
membro do FSP, recebeu entre 2007 e 2016, 33 milhões de dólares. Na
Argentina o governo dos Kirchner, Néstor e Cristina, recebeu mais de 35
milhões de dólares. No Peru, entre 2005 e 2014 a Odebrecht pagou 29
milhões de dólares para obter contrato de obras públicas envolvendo os
governos de Alejandro Toledo, Alán García e Ollanta Humala, este do
Partido Nacionalista do Peru, membro do FSP.
Na República Dominicana o suborno alcançou a cifra de 92 milhões de
dólares a funcionários do governo Danilo Medina, do partido Liberación
Dominicana e membro do FSP. Na Guatemala a propina foi de 18 milhões de
dólares, durante o governo suspeitíssimo de Álvaro Colón, cujo partido
pertence ao FSP. A Odebrecht foi ainda “generosa” com o México, com 10,5
milhões de dólares, Panamá com 59 milhões de dólares e Colômbia com 11
milhões de dólares. Isso sem contar com as obras nos Estados Unidos,
Angola e Moçambique.
Em 2009 na campanha presidencial de Mauricio Funes do FMLN de El
Salvador, membro fundador do FSP, a Odebrecht pagou a João Santana uma
incalculável soma sob a mediação do Partido dos Trabalhadores (PT). João
Santana e Duda Mendonça confessaram terem recebido dinheiro da
Odebrecht para fazer as campanhas presidenciais de vários candidatos,
TODOS de partidos pertencentes ao FSP.
E o que dizer de Cuba, cuja cifra é desconhecida porque, por decreto,
dona Dilma estabeleceu que o dinheiro gasto em obras faraônicas
realizadas pela Odebrecht fosse classificado como “segredo de Estado”?
Até hoje não se mencionou esta ilha caribenha na Operação Lava Jato e eu
sei que para que se investigue é necessário uma denúncia ao Ministério
Público que vai apurar, e só depois é remetida à Justiça Federal para
ouvir testemunhas e levar a cabo o processo. Entretanto, já passou da
hora de alguma voz se levantar a respeito desse tema, uma vez que dentre
os beneficiários da referida empreiteira Cuba foi quem mais lucrou, e
certamente muitos milhares de dólares escoaram para bolsos de
partidos-membros do FSP.
Um certo jornalista da Jovem Pan anda dizendo que somos
“paranóicos” quando se trata desta organização criminosa chamada Foro de
São Paulo, entretanto, os fatos têm demonstrado o que sempre afirmamos,
mais ainda agora quando é o próprio dono da empresa que diz, em juízo,
que por determinação do senhor Lula da Silva esbanjou dinheiro a países
“camaradas”.
Isso não é coincidência. Chávez financiou o FSP, as FARC deram sua
cota, George Soros igualmente, mas o caixa forte que sustenta a
organização revolucionária mais perigosa das Américas é a empresa
Odebrecht. São seus proprietários e diretores que estão, finalmente, nos
fazendo o favor de revelar. Pagaram caro pela corda que os está
enforcando.
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