terça-feira, 29 de maio de 2018

A Aventura de ser Caminhoneiro


Notas 290518 07.22


A Aventura de ser Caminhoneiro em um Monopólio Rodoviário.

Por Luiz C.S. Lucasy

A greve dos caminhoneiros, enquanto proprietários dos caminhões e assalariados é correta. Enquanto transportadora é um jogo de “gato e rato”, empresa privada versus estado. O que não é correto é o desabastecimento nacional. Isso é um atentado a segurança das pessoas, que precisam comer, trabalhar e qualquer impossibilidade de isso acontecer é um princípio gerador de caos e desespero, chegando muito rapidamente à situação de "arrastão nos mercados", já desabastecidos (...). E daí para diante não se sabe mais o que possa acontecer e seja o que for, não será bom para as pessoas que precisam de ordem para poderem viver.
Essa parte do país, que necessita de ordem, que acabo de dizer, não pode estar sujeita a categorias profissionais e categorias políticas, como foi o caso, quando o Brasil ficou completamente sujeito ao Foro de s. Paulo (L. e, D.), como organização que se alia ao crime e aos terroristas, para quê? Para criar o caos e, estabelecer a desordem, basta ver a situação em que o país se encontra, agora:

Um país originariamente rico, um país que “não tinha o direito de ser pobre”, fazendo continhas de aproximação para reduzir o custo da gasolina, na contramão dos baixos pagamentos (seja, frete ou salário) e assim mesmo, por dois meses, quando o aumento do combustível será mensal, segundo o presidente Michel Temer. E isso, considerando a incapacidade governamental de controle de arrecadação de dinheiro do próprio estado, por exemplo no turismo, onde o dinheiro arrecadado no turismo pelo estado, que não paga impostos, por ser o Estado e desvia o dinheiro para “projetos”, supostamente de ajuda social e educação. E também considerando a incapacidade administrativa “Nacional”, de empresas e o governo (de JK), que tirou os trens de circulação e jamais pensou em transporte fluvial interno para o Sudeste e o Sul, com o Nordeste e Norte. Sarney tentou o transporte de Estradas de Ferro – Norte-Sul –, e foi desestimulado.

O problema "dos caminhoneiros" nunca se resolverá nestas bases de um transporte rodoviário monopolizados e, de longas distâncias.
Trabalhei em uma transportadora: Norte-Sul. Distâncias longuíssimas. Os caminhoneiros eram de Sobral - Ceará. Recebiam salário para trabalhar e vivam nas estradas "cumprindo o horário" e isso os obrigava a tomarem remédios para se manterem acordados e andarem em grupo de pelo menos três caminhões para evitarem assaltos nas subidas.
Creio que, se pudessem ganhar mais que o salário, andar distâncias curtas, muitos dos problemas seriam resolvidos:

É inconcebível que eles cheguem em um posto aduaneiro e fiquem dias parados, vivendo da “cozinha do caminhão”, como é o caso do que acontece nas aduanas do Brasil e Paraguai. Isso é um atentado contra a pessoa, mas, a culpa não é exatamente da pessoa que atende o caminhão na aduana - o fiscal -, que invariavelmente algumas vezes por ano entra em “estado de greve”, por salário ..., mas do sistema, do modo de como a coisa é feita. Ou seja, pelo sistema rodoviário que individualiza as cargas, quando o sistema ferroviário (aquático), as concentra e distribui ao sistema rodoviário, com a carga avalizada. Como é o caso dos containers vindos da China. São vistoriados nos locais onde devem ser vistoriados. Porém, se estes locais sofrem do mal da corrupção então, não há solução alguma. Não há possibilidade honestidade no país e não são mais necessárias as forças de segurança e nem fiscais, seria um “assalto a mão armada”, simplesmente. E para isso não é preciso ordem. Basta o Foro de s. Paulo.

A base do capitalismo é, a honestidade, no entanto, quando, em confronto com as bases fiscais do Estado (e tudo o que um estado pode representar em termos de instabilidade e falta de unidade nacional), isso se dilui e o que era honesto, passa a ser uma forma de enganar, quando, todos se enganam, é a própria história de “exploração do trabalho”, criada por organizações clandestinas, encampada e que encampa os sindicatos e cria o atrito entre empregador e empregado.  E esse erro é consumado pelos dois lados. Por exemplo, a Área de Serviços e, o que ela envolve: empresários, sindicatos, fiscais, governo, associação de comércio e indústria e polícias no sistema de segurança, aboliram os feriados e finais de semana, dos empregados. Que direito natural e legitimo teriam sobre isso? O direito que usam é o direito da força e coação e não se dão conta, de que isso cria uma sociedade doente e decadente. A cidade ‘morre, a olhos vistos’. Se não fosse o apoio, a conivência e, as vantagens estatais, que desviam recursos da própria categoria, do turismo, por exemplo, para interesses próprios, não de emprego propriamente, que também acontece aos “amigos” e, para manutenção “do sistema”, que garante a “circulação de dinheiro”, mas de organização de blocos de poder, isso, a normalização e criação de novos horários de serviço, gerando mais empregos, poderia ser perfeitamente equilibrada e mudar drasticamente a concepção de trabalho e perspectiva de vida. Evidentemente uma ficção para um país como o Brasil, onde a base cultural é, a emoção e a tapeação política e, o ódio ao conhecimento.

E só acontece desta forma também, por conta da desonestidade generalizada, e da corrupção endêmica brasileira. Por exemplo, a empresa manda três caminhões com carteiras escolares, um caminhão desaparece, a “seguradora” paga, mas quem, roubaria um caminhão de carteiras escolares? Isso aconteceu! As cargas mais temerárias, são as “bobinas de cobre”, os “Pneus”, produtos da “Johnson & Johnson”, “café”, etc. e isso [é] a própria imagem da desordem que se esparrama pelo País. Porque é um pais impossível de ser controlado nessas bases de controle concorrentes (iniciativa privada versus estado, estado versus estado etc.) e com as dimensões que tem e, com o modo de transporte que tem que é limitado às rodovias, quando elas são úteis em curtas distâncias e muito perigosas em longas distâncias.

Uma transportadora tem a única função de calcular o frete e produzir um manifesto e carregar o caminhão, e mesmo assim, em casos de ganância individual, "roubam" no peso falsificando a soma do peso no manifesto. E se o motorista for averiguar a soma e descobrir o erro, nunca mais carregará na transportadora. O frete ao caminhoneiro é pago de acordo com a distância e a tonelagem e volume. E não é culpa de ninguém, é impossível a honestidade em um sistema, que por princípio, e espoliador do começo ao fim: de quem quer mandar uma mercadoria e, de quem recebe. A forma de pagamento dos caminhoneiros é feita nas estradas - mediante acordo entre a transportadora e o posto -, nos postos de gasolina, onde o caminhoneiro abastece e desconta o cheque. Considere que tudo isso acontece em longuíssimas distâncias. E acrescente a isso a imprevisibilidade ou, a probabilidade de toda sorte de acidentes e despesas extras. 



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