Notas 290518 07.22
A Aventura de ser Caminhoneiro em um Monopólio Rodoviário.
Por Luiz C.S. Lucasy
A greve dos caminhoneiros, enquanto proprietários dos
caminhões e assalariados é correta. Enquanto transportadora é um jogo de “gato
e rato”, empresa privada versus estado. O que não é correto é o
desabastecimento nacional. Isso é um atentado a segurança das pessoas, que
precisam comer, trabalhar e qualquer impossibilidade de isso acontecer é um
princípio gerador de caos e desespero, chegando muito rapidamente à situação de
"arrastão nos mercados", já desabastecidos (...). E daí para diante
não se sabe mais o que possa acontecer e seja o que for, não será bom para as
pessoas que precisam de ordem para
poderem viver.
Essa parte do país, que necessita de ordem, que acabo
de dizer, não pode estar sujeita a categorias profissionais e categorias
políticas, como foi o caso, quando o Brasil ficou completamente sujeito ao Foro
de s. Paulo (L. e, D.), como organização que se alia ao crime e aos
terroristas, para quê? Para criar o caos e, estabelecer a desordem, basta ver a
situação em que o país se encontra, agora:
Um país
originariamente rico, um país que “não tinha o direito de ser pobre”, fazendo
continhas de aproximação para reduzir o custo da gasolina, na contramão dos
baixos pagamentos (seja, frete ou salário) e assim mesmo, por dois meses,
quando o aumento do combustível será mensal, segundo o presidente Michel Temer.
E isso, considerando a incapacidade governamental de controle de arrecadação de
dinheiro do próprio estado, por
exemplo no turismo, onde o dinheiro arrecadado no turismo pelo estado, que não
paga impostos, por ser o Estado e desvia o dinheiro para “projetos”,
supostamente de ajuda social e educação. E também considerando a incapacidade
administrativa “Nacional”, de empresas e o governo (de JK), que tirou os trens
de circulação e jamais pensou em transporte fluvial interno para o Sudeste e o
Sul, com o Nordeste e Norte. Sarney tentou o transporte de Estradas de Ferro –
Norte-Sul –, e foi desestimulado.
O problema "dos caminhoneiros" nunca se
resolverá nestas bases de um transporte
rodoviário monopolizados e, de
longas distâncias.
Trabalhei em uma transportadora: Norte-Sul. Distâncias
longuíssimas. Os caminhoneiros eram de Sobral - Ceará. Recebiam salário para trabalhar e vivam nas
estradas "cumprindo o horário" e isso os obrigava a tomarem remédios
para se manterem acordados e andarem em grupo de pelo menos três caminhões para
evitarem assaltos nas subidas.
Creio que, se pudessem ganhar mais que o salário,
andar distâncias curtas, muitos dos
problemas seriam resolvidos:
É inconcebível
que eles cheguem em um posto aduaneiro e fiquem dias parados, vivendo da “cozinha
do caminhão”, como é o caso do que acontece nas aduanas do Brasil e Paraguai. Isso
é um atentado contra a pessoa, mas, a culpa não é exatamente da pessoa que
atende o caminhão na aduana - o fiscal -, que invariavelmente algumas vezes por
ano entra em “estado de greve”, por salário ..., mas do sistema, do modo de
como a coisa é feita. Ou seja, pelo sistema rodoviário que individualiza as
cargas, quando o sistema ferroviário (aquático), as concentra e distribui ao
sistema rodoviário, com a carga avalizada. Como é o caso dos containers vindos
da China. São vistoriados nos locais onde devem ser vistoriados. Porém, se
estes locais sofrem do mal da corrupção então, não há solução alguma. Não há
possibilidade honestidade no país e não são mais necessárias as forças de
segurança e nem fiscais, seria um “assalto a mão armada”, simplesmente. E para
isso não é preciso ordem. Basta o Foro de s. Paulo.
A base do capitalismo é, a honestidade, no entanto, quando, em confronto com as bases fiscais do Estado (e tudo o que um estado pode representar em termos de instabilidade e falta de unidade nacional), isso se dilui e o que era honesto, passa a ser uma forma de enganar, quando, todos se enganam, é a própria história de “exploração do trabalho”, criada por organizações clandestinas, encampada e que encampa os sindicatos e cria o atrito entre empregador e empregado. E esse erro é consumado pelos dois lados. Por exemplo, a Área de Serviços e, o que ela envolve: empresários, sindicatos, fiscais, governo, associação de comércio e indústria e polícias no sistema de segurança, aboliram os feriados e finais de semana, dos empregados. Que direito natural e legitimo teriam sobre isso? O direito que usam é o direito da força e coação e não se dão conta, de que isso cria uma sociedade doente e decadente. A cidade ‘morre, a olhos vistos’. Se não fosse o apoio, a conivência e, as vantagens estatais, que desviam recursos da própria categoria, do turismo, por exemplo, para interesses próprios, não de emprego propriamente, que também acontece aos “amigos” e, para manutenção “do sistema”, que garante a “circulação de dinheiro”, mas de organização de blocos de poder, isso, a normalização e criação de novos horários de serviço, gerando mais empregos, poderia ser perfeitamente equilibrada e mudar drasticamente a concepção de trabalho e perspectiva de vida. Evidentemente uma ficção para um país como o Brasil, onde a base cultural é, a emoção e a tapeação política e, o ódio ao conhecimento.
E só acontece desta forma também, por conta da
desonestidade generalizada, e da corrupção endêmica brasileira. Por exemplo, a
empresa manda três caminhões com carteiras escolares, um caminhão desaparece, a
“seguradora” paga, mas quem, roubaria um caminhão de carteiras escolares? Isso
aconteceu! As cargas mais temerárias, são as “bobinas de cobre”, os “Pneus”,
produtos da “Johnson & Johnson”, “café”, etc. e isso [é] a própria imagem
da desordem que se esparrama pelo País. Porque é um pais impossível de ser
controlado nessas bases de controle concorrentes (iniciativa privada versus
estado, estado versus estado etc.) e com as dimensões que tem e, com o modo de
transporte que tem que é limitado às rodovias, quando elas são úteis em curtas
distâncias e muito perigosas em longas distâncias.
Uma transportadora tem a única função de calcular o
frete e produzir um manifesto e carregar o caminhão, e mesmo assim, em casos de ganância individual,
"roubam" no peso falsificando a soma do peso no manifesto. E se o
motorista for averiguar a soma e descobrir o erro, nunca mais carregará na
transportadora. O frete ao caminhoneiro é pago de acordo com a distância e a
tonelagem e volume. E não é culpa de ninguém, é impossível a honestidade em um sistema,
que por princípio, e espoliador do começo
ao fim: de quem quer mandar uma mercadoria e, de quem recebe. A forma de
pagamento dos caminhoneiros é feita nas estradas - mediante acordo entre a
transportadora e o posto -, nos postos de gasolina, onde o caminhoneiro
abastece e desconta o cheque. Considere que tudo isso acontece em longuíssimas distâncias. E acrescente a
isso a imprevisibilidade ou, a probabilidade de toda sorte de acidentes e
despesas extras.
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