terça-feira, 17 de maio de 2016

Determinismo e Livre Arbítrio





ALGO SOBRE DETERMINISMO E LIVRE ARBÍTRIO


- Tema que aproveitei, para minha própria análise, de uma das Aulas do Filosofo Olavo de Carvalho.


Nada da vida deve ser complicado. Toda vez, que algo parece complicado tem “gato na linha”..., de transmissão. Pode haver brincadeiras, como esta, que ao invés de dizer: conceitos complexos no texto, digo: gato que pode ser animal ou, trabalho improviso. Mas isso não é complicado é uma brincadeira sem intenções malignas. Outra situação é a ligação entre uma idéia que pretendo expor..., - fazendo uma relação a um sistema de transmissão de energia, neste caso a linha de transmissão. Talvez porque more em uma região onde tem uma grande usina hidroelétrica. Evidente que para o leitor iniciante, ele pode deduzir que este início é um tanto complicado, pois que lhe é revelado algo, que talvez não tivesse percebido literariamente, com tantos detalhes de figuras de linguagem..., - mas entendeu o agora..., - e o resto, vem depois, não tão cedo!

Mas isto não é a complicação, isto é brincar com palavras. A complicação é a somatória de vários conceitos ao mesmo tempo. E esta culpa é do escritor. Por isso, neste texto vou me manter na linha. Vou descartar conceitos fechados, segundo seriam, as diversas teses, que os explicam eternamente, como seriam, o determinismo e o livre arbítrio, que pretendem dizer tudo [sobre a existência] e apenas criam uma <<vácuo>> entre a realidade do cotidiano de cada pessoa..., - uma realidade auto explicável e, o invisível, o desconhecido. Desta forma, os vou recompor, aos conceitos de determinismo e livre arbítrio, de outra forma, na realidade e partir do começo [desta realidade, que lhes apresento], e o fim disto..., - fica por conta do leitor.

Quando jovem tive várias determinações a primeira, e que vingou até agora, foi o interesse por ciências sociais, disso nunca larguei, mas neste percurso, houveram outras determinações, uma delas foi ser violonista. Foram quase quatro anos de estudo, quando comecei a fazer apresentações aumentou o treino, eram três horas por dia. Acontece que também era digitador, ou mecanógrafo, nomes exuberantes para uma mesma coisa registrar letras ou números através de um teclado. O que aconteceu foi que forcei demais os músculos de nervos das mãos e as juntas dos dedos se ressentiram e começaram a “dar choques”, pelo simples contato, com as cordas de violão, ou com os teclados. O violão encostei em um canto. Na empresa saí do faturamento para o almoxarifado.

Outra determinação era a de ser professor de história. Havia passado no primeiro exame da USP, que incluía todas as matérias. O segundo exame era restrito à área de humanidades. E era o que eu entendia mais. No dia da prova, cheguei atrasado. A prova era em Guarulhos, na Faculdade Farias Brito. Agora, a USP era muito longe de onde morava. De Guarulhos à USP eram pelo menos cinco horas de ônibus, para ir e vir. Considere também a caminhada. Tinha que parar de trabalhar. Creio que este tenha sido o real motivo do meu atraso. (...) Pensamento que estava bem escondidinho. Assim conformado, resolvi fazer outro vestibular, na Farias Brito..., - afinal só o que ia gastar de transporte e lanche, pagaria parte da faculdade. Quando fui olhar a lista de aprovação eu era o primeiro da lista. Fixei meus olhos, confirmei e fiquei lisonjeado, por pouco tempo, quando desci os olhos, tinha outro nome – o segundo lugar – era Hélio, um amigo de infância do Jardim Tremembé ele era o segundo colocado. Não passou dois minutos e o Hélio apareceu, como sempre esfuziante, alegre, brincalhão, esquerdista da “Rua Augusta”, play boy... – Ah! É você! Nos cumprimentamos e comentamos sobre o curso de história. – Será que vai haver o curso? Disse ele. – Acho que não. Disse. Somos só eu e você! Cadê o resto? Respondi. Ele sorriu, e disse, - conforme-se você foi melhor que eu, que sou formado em jornalismo pela Casper Líbero...

Muito genericamente, quer dizer na classe, ordem, qualidade, modo, estilo..., o livre arbítrio aparecia como uma sombra, ele próprio uma determinação em ter livre arbítrio, portanto não tão livre. Minha última determinação foi abrir um negócio. Começo a materializar meu futuro negócio, no Mappin Movietone, dos <<anos dourados>>, ao menos de S. Paulo e R. de Janeiro. E no Mappin compro um compressor de 120 libras, que enfio em meu apartamento, no aguardo do futuro negócio. Bem havia imaginado um negócio e deveria tê-lo realizado em Guarulhos. Mas recém havia casado e logo mudaria para Amparo e levaria o compressor junto. Entretanto, depois de um ano em Amparo, mudaria para Foz do Iguaçu, e só então abriria um negócio próprio. Que duraria o tempo entre o início do mandato de Collor e a segunda eleição do candidato de Princeton, o senhor FHC. E que resultaria em uma carta – documento – a Presidente da República (FHC), dizendo da impossibilidade material de se manter um pequeno negócio. Desta carta, coincidentemente, vieram os programas para iludir esta impressão, porém real, de impossibilidade: SEBRAI, Micro e pequenas empresas etc.

Conclusão, voltei a ser empregado em uma cidade interiorana, controlada por “gangs de políticos”, treinados nos próprios interesses e ainda sujeito às piores condições de trabalho possíveis, e não por culpa de alguém. Este era o ambiente criado pelo Estado, ou bem Monopólio no pior sentido, ou lojinhas avarentas e necessitadas de um volume de dinheiro mensal para sua sobrevivência. Afinal eu próprio, fora empresário, um bom empresário para as pessoas que trabalhavam comigo: meu pai e dois amigos. Lembro que no período de Collor eu, os pagava em dólar, para que não perdessem dinheiro. E não foi por um ambiente cordial e amigo, que fechei a loja. Mas, por impossibilidade real de trazer mercadorias de S. Paulo. Talvez devido à guerra fiscal, entre outras e não menos importantes, canalhices do estatismo.

Agora, pergunto a você onde está o determinismo? Pelo menos, algo efetivo, que apareça..., - e onde está o livre arbítrio? O que restou disso, foi outra situação muito diversa tanto do determinismo, como do livre arbítrio. Morando em cidade estranha e com características gritantes de malversação da própria existência moral do indivíduo, pois que na época, era evidente o contrabando de produtos chineses em oposição às indústrias instaladas em São Paulo, tudo parecia deformado, arrebatador. E tanto era verdade, que o Banestado e todos os Bancos de Estado do Brasil fecharam as portas, por simples calote daqueles que retiraram grandes somas de dinheiro e nunca pagaram. Depois a saída de grandes empresas do Brasil para produzirem na China, certamente tudo isso causariam reflexos destrutivos à Nação. E mais uma vez criariam uma “figura” de linguagem para encobrir parte do desmanche do Brasil..., - a figura do MERCOSUL, ela viria com um propósito comercial, e depois, se transformaria em um movimento político das esquerdas.

Desta forma achei por bem me envolver novamente em política. Para fazer novas amizades. Envolvimento que havia iniciado em Guarulhos um pouco antes da fundação do PT. Participava de uma casa de cultura e uma livraria, onde adquiria livros. Estes locais eram “oficinas” do MEP (Movimento de Emancipação do Proletariado), Convergência Socialista, Libelú (Liberdade e Luta) e “independentes” (sindicalistas), de fato, boa parte deles, professores da USP e agentes, inclusive, cubanos, ou brasileiros que haviam estado em Cuba aprendendo sobre “comunismo”. Alguns anos depois, casado, mudaria para Amparo colocando fim neste curto envolvimento, que duraria até a primeira eleição do PT. Mas, agora, em Foz do Iguaçu, após o fechamento de minha empresa, sentia que minha única chance, minha e de meus dois filhos e esposa, era procurar ambientes e amizades que pudessem me dar alguma chance de colocação. Ou mesmo, trabalhar para político, ou me candidatar a vereador... isto nunca aconteceu. E não acontecerá, aos 61 anos de idade. Os projetos políticos regionais, são essencialmente egoístas. Os partidos são seletivos, por um princípio antidemocrático. Democracia é um conceito vazio. Portanto, mais uma metonímia, neste caso: governo para o povo..., - por democracia. Cai nas mãos de um monopólio hereditário, cristalizado e autoritário e cuja dinâmica interior, da verdade..., - me comeu, exatos 10 anos de vida.

Você pode dizer..., - como disse lá no terceiro parágrafo, que afinal, venceu o determinismo, pois que sempre estive envolvido com ciências sociais (...). Neste caso não houve livre arbítrio, você há de concordar. Todavia também não houve uma determinação férrea a me tornar o que sou! Houveram outras tantas determinações e nenhuma delas vingou! A primeira determinação, de ser violonista, foi aniquilada por uma lesão física; a segunda de ser professor de história não aconteceu e foi sutilmente substituída por uma carteirinha definitiva de jornalista, porque em Foz do Iguaçu, após o fechamento da minha empresa, acreditei ter algo a dizer e o fiz e isso foi publicado em jornal. A terceira determinação foi o negócio próprio, que definhou na medida mesma do avanço, do fascismo econômico no Brasil. E hoje, apenas conto estas histórias e é só isso. Porém, tudo isto é apenas uma pequena parte da história, é apenas um ângulo da história. E disto, o que pude perceber é que existem dois mundos um é aquele da realidade, o outro, é aquele invisível e que este mundo duplo, de fato é um só. E o relato disto, ‘desta dupla realidade’, de forma detalhada compõe perfeitamente a lógica da existência, com dois resultados possíveis para a pessoa, um é a medida do apelo ao mal, outro, o apelo ao bem. É este equilíbrio mesmo, que nos aproxima de um e de outro. O fato de haver sido destruído em minhas “determinações”, não significa nem bem, nem mal, mas, pode significar a própria vida..., - a forma como se apreendeu tais situações é o que sobra e francamente, isso nada tem a ver com determinismo ou livre arbítrio.



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