sábado, 2 de setembro de 2017

CPI do lixo em Foz do Iguaçu







Tema: Lixo
Burocracia do Estado e Empresas Privadas, aliados, enriquecem à custa de Privilégios com alteração favorável, nas leis.



É certo que as pessoas estejam curiosas e interessadas, sobre a questão do lixo em Foz do Iguaçu. Assim, cobram à Câmara para que se averigue isso. A câmara municipal cria a figura da ‘comissão de inquérito’. Cabe à comissão de inquérito fazer perguntas. Sua primeira ação é ter o domínio do ‘acordo entre a prefeitura e, a empresa.



No entanto, a empresa, não é uma simples empresa, pois que, ela se estende por outros países. Por exemplo, são ligadas a usinas de reciclagem nos Estados Unidos. Diz a música popular: “o que vai vem”.
 Houve, creio em 2004 o caso da Inglaterra e Paraguai. Este caso é contado por Vitor Vieira do site Vide Versus. Fala sobre a VALA 7 – um espaço construído de 50 metros de altura. E que serviu como ‘deposito de contêineres trazidos da Inglaterra por acordos como o Paraguai. E entrou pelo porto de Paranaguá. E estes contêineres deveriam ir para Assunção. Mas nunca chegaram lá. A VALA 7 resolveu o problema em terras brasileiras onde tem o maior ‘aquífero do mundo. O que tinha nos contêineres era Material Radioativo. Mas isso ainda não é o pior. Os contêineres foram assentados em cima de 210 mil tonéis (de metal) onde haviam óleo de ASCAREL ou ASKAREL, altamente cancerígeno. Os tambores enferrujam.


Vou mostrar um pouco mais do que estamos falando, antes mesmo de ver qualquer ‘contrato. Contrato! Não! licitação. Contrato, diria: formal e público, que parece como consequência de um acordo extra-contrato. Não falo de licitação. Como bem diz Vitor Vieira, trata-se de CONCESSÃO, que se esconde atrás do termo Contrato, que por sua vez esconde a Licitação. Veja uma parte, desta grande aventura comercial tendo o Estado como parceiro:

1 - Introdução ao 'mundo do lixo, que segundo João Carlos David ... o foco da Estre é crescer fortemente também por meio de aquisições. O mercado de coleta e tratamento de lixo vem crescendo a taxas superiores às do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil, tendência que deve se manter nos próximos anos.

2 - ... A paulista Estre Ambiental comprou, por R$ 610 milhões, a Cavo Serviços de Saneamento que, coleta lixo de Curitiba. O negócio dá à Estre a posição de maior gerenciadora de lixo do país.  A venda, que envolveu 100% do capital da Cavo, ocorreu em meio ao imbróglio envolvendo a licitação do lixo de Curitiba. A Cavo disputa o contrato – avaliado em R$ 645,5 milhões em cinco anos – com a Revita Engenharia (da Camargo Corrêa e Solví) e Vital Engenharia Ambiental (do Grupo Queiroz Galvão).

 3 - Presidente da Cavo, João Carlos David. Entre os concorrentes da Estre, estão: Haztec. Foz Brasil / Odebrecht e Queiroz Galvão.

4 - Fundada por engenheiros ingleses e prestes a completar 90 anos, a Cavo pertencia ao grupo Camargo Corrêa, que adquiriu a empresa no fim da década de 1950. Emprega 3,3 mil pessoas. Dessas, 2,3 mil trabalham em Curitiba. Segundo David, o dinheiro da venda foi pago à vista e financiado pela Estre junto a um fundo de investimentos do banco BTG Pactual, responsável pela estruturação da operação. De acordo com o presidente da Cavo, a venda envolve também a participação da Cavo em outras empresas, como os 50% que detém na Essencis, que trata resíduos industriais; os 37,6% na Loga, que atua na coleta de lixo em parte da cidade de São Paulo; e os 54% na UTR, que opera com resíduos hospitalares.

5 - O BTG Pactual, de André Esteves, preso pela Operação Lava Jato, é um dos donos da Estre Ambiental, empresa especializada em coleta e tratamento de lixo que faturou cerca de R$ 700 milhões em contratos com a Petrobras a partir de 2010.

6 - As menções à relação ao BTG Pactual e Estre no noticiário foram mais constantes em 2014. A empresa de lixo tinha interesse em receber um aporte de R$ 500 milhões do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.

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Estes 6 pontos mostram o verdadeiro caráter do CONTRATO! A que fazem referência. Também mostram a participação de capital de fundo de investimento da Pactual (Petrobrás) e também fala sobre PIB. Agora, vejamos o grande chefe, o Rei do Lixo, o senhor Wilson Quintella, uma espécie de Tiririca do mundo empresarial. Aliás ele e Dória, eventualmente, quando aparece a oportunidade, se vestem de Gari para fazerem varrição de ruas.
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O bilionário do lixo (O rei do Lixo).

Ano 2013.

1 - Um grupo de funcionários da Cavo, empresa de coleta de lixo, teve a companhia de um personagem insólito em abril de 2011, em Curitiba. Era nada menos do que o empresário paulista Wilson Quintella Filho, hoje com 56 anos, dono da Estre, que um mês antes havia adquirido a Cavo, do grupo Camargo Corrêa, por R$ 610 milhões.

2 -  Quintella Filho: o empresário adquiriu sete empresas, nos últimos cinco anos, e mira uma receita de R$ 5 bilhões até 2016. Há quase 14 anos, ele acha muito dinheiro no lixo. Mais precisamente: R$ 2 bilhões. Esse é o valor do faturamento da Estre em 2012. Até 2016, a meta é ser uma companhia de R$ 5 bilhões, resultado que a transformaria em uma das cinco maiores do mundo em sua área.

3 - A Estre é dona de 23 aterros sanitários, incluindo um na Argentina e outro na Colômbia. No Brasil, cerca de 25% de todos os resíduos recolhidos e enviados para tratamento têm como destino um dos aterros da companhia. (O preço médio por tonelada de lixo que vai para o aterro varia de R$125 a R$130.

4 - A companhia (ESTRE) atua em quase todas as áreas da cadeia do lixo: 1) limpeza pública, 2) coleta, 3) transporte, 4) reciclagem e tratamento final. Em cada um destes itens é cobrado um valor.

5 - A presença em tantos segmentos se deve a uma agressiva política de aquisições. Nos últimos cinco anos, a Estre assumiu o controle de sete concorrentes (confira mais informações no quadro “Mercado verde”). Além disso, arrematou, por estimados US$ 100 milhões, uma fatia de 11% da americana Star Atlantic Waste Holdings, uma gigante que fatura US$ 1,5 bilhão e administra 47 aterros sanitários e 26 usinas de reciclagem nos Estados Unidos. Por conta dessas transações, sua receita quintuplicou em apenas dois anos – era de R$ 400 milhões, em 2010.

6 - O número de funcionários cresceu ainda mais: pulou de três mil para 20 mil. Esse crescimento foi apoiado pelo BTG Pactual e pela Angra Infraestrutura, que compraram 27,41% e 8,21%, respectivamente, da Estre, em 2011.

7 - “Precisamos colocar a máquina para funcionar de acordo com as nossas estratégias.” E no melhor estilo de que no lixo nada se perde, tudo se transforma, a companhia quer usar o resíduo de seus aterros para gerar energia. Produzir energia com o gás metano resultante da decomposição do lixo orgânico. Esse filão deverá ser explorado em 80% dos aterros da Estre. Em 2016, quando já estiverem com todas as turbinas funcionando, a operação deverá gerar R$ 200 milhões adicionais aos cofres da empresa. “Aproveitaremos uma demanda que já existe em nossa cadeia”, afirma Dirceu Pierro Jr., diretor da Estre. A companhia também importou da Finlândia uma máquina de R$ 50 milhões para triturar detritos, que depois serão usados em altos-fornos. Os detritos servirão às indústrias do setor de cimento e siderúrgicas. Por enquanto, os testes estão sendo feitos em algumas unidades da Votorantim Cimentos. “Será uma opção para as indústrias que hoje utilizam o óleo combustível”, diz Pierro Jr. O preço, de acordo com ele, ainda está em estudo, mas deverá ser um terço do valor do combustível fóssil, comercializado por R$ 150 a tonelada.
  
 8 - As perspectivas do setor do lixo são ainda mais otimistas quando se leva em conta a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que prevê o fim dos antiquados lixões até 2014.   A “lei PNRS e o antiquado”, fez com que Quintella filho sobrevoasse regiões em que estava interessado para identificar lixões e aterros. Quando os encontrava, enviava uma proposta ao dono do terreno ou comprava outra área na cidade para construir seu aterro.   

 9 - “As empresas só começaram a se preocupar com a gestão de seus resíduos nos últimos anos”, diz Clovis Benvenuto, presidente da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública. “Quintella Filho foi um visionário ao apostar no segmento, quando poucos acreditavam que o lixo poderia dar lucro.” Sua história, no entanto, poderia ter sido diferente não fosse a falência da trading de soja Cutrale Quintella, formada por José Cutrale, um dos maiores fabricantes de suco de laranja do mundo, e seu pai, Wilson Quintella, que foi presidente da construtora Camargo Corrêa por 30 anos. “Foi uma fase traumática, mas que colaborou com sua formação como empreendedor”, afirma o empresário Olacyr de Moraes, grande amigo e tido como um mentor por Quintella Filho. Com o fim da empresa de seu pai, na qual era diretor, Quintella Filho deu expediente na GP Investments, fundo de private equity formado pelo trio: Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira. Só deixou o emprego em 1999 para criar a Estre com Gisele de Moraes, sobrinha de Olacyr de Moraes. O ex-rei da soja, que hoje atua na área de mineração, chegou a colocar dinheiro para construir o primeiro aterro da companhia, em Paulínia (SP). 

A pergunta do dia, tudo isso se desenvolve no governo ...?  Do PT com o PDT! Especialmente.


 AGORA, que o leitor já sentiu a dimensão do ‘buraco negro ...


Bem, a única coisa que o leitor pode fazer é sugerir à câmara de sua cidade, que ela faça as seguintes perguntas:
1 – De quem é o aterro?
2 – Se o aterro é da cidade, quanto a cidade recebe por tonelada de lixo colocada no aterro? Considerando que a tarifa média é entre 125 e 130 reais.
3 – Isto é uma concessão?
4 – Quais foram as leis aprovadas na câmara que criaram a Concessão (oculta atrás dos Contratos)?
5 – No caso de licitação, a questão do lixo é revista de quatro em quatro anos. No caso da concessão, a câmara não pode interferir. Hoje, nesta questão do lixo, como? a Câmara ‘se sente?
6 – Considerando o item Transporte, qual a distância do aterro? Acima de 100 quilômetros ou abaixo de 100? E quanto se paga pelo transporte?
7 – Se aterro é da empresa, quanto ela pagou pelo terreno e quem vendeu e quando?
8 – A cidade de Foz deve dinheiro a empresa que recolhe o lixo?
9 – Considerando que não haverá reforma política, os políticos precisarão de dinheiro em 2018, onde corre-se (a cidade e o povo) o risco de dividas serem pagas sob a condição de ajuda eleitoral e para tanto, outros setores – como merenda escolar – podem ser prejudicados. Isso pode acontecer? Quem garante que não aconteça?
10 – Porque o contrato do lixo, não está no Portal da Transparência.


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