domingo, 18 de setembro de 2016

Enquanto Existe Liberdade...


Artigos: Puzzle Notes

Enquanto Existe Liberdade...



A eleição que ocorre em Foz do Iguaçu me parece uma repetição. Um ‘déjà vu. Não porque sejam os mesmos candidatos. Aparecem novos candidatos. Não é este o problema: os antigos candidatos e um, novo. Mais velhos, mais novos, tudo isso é bobagem, para este tipo de governo, do tipo que tem, um ‘plano. O que se repete, lá no fundo, é a mesma forma de ver o ‘governo. O governo federal, estadual e municipal. Isso não muda.

Tenho a nítida impressão de que seguem um ‘plano: plano a que dão diversos sinônimos: democracia, mudança, transformação, socialismo, libertação, frente etc.   Isto vem acontecendo desde um pouco antes da fundação do PT. Desde FHC, desde a fundação do MST, da CUT, é um plano. Entendem o que digo como sendo um ‘plano? Por isso a sensação de ‘déjà vu (*já vi, isso).  

As privatizações de FHC deram um resultado temporário. Ela foi feita para ter este resultado que teve. No momento atual, se tenta um ‘novo começo. Mas um recomeço ‘dentro do círculo deste ‘plano. O plano é o que se repete há pelo menos 23 anos: conseguem ‘dinheiro, governam com construções no primeiro mandato, que dura até o final do segundo mandato, depois passam o ‘bastão para o próximo. Neste período de tempo (23 anos), eles pacientemente ocupam os principais postos da nação: mídia, universidades, estatais, prefeituras, judiciário, postos do exército, da PM, agências de publicidade e as coisas vão ‘mudando desde dentro.

Mas vejamos o seu plano para este final de semana. Tu pegas a família de comum acordo e vais para os lugares escolhidos pelos familiares. Por exemplo, se tu fores na pastelaria do ‘japoneis, que é seu amigo, tu vais deixa-lo feliz. O ‘japoneis vai comentar com a sua família: “olha o Pedro esteve na pastelaria com a família, gastaram um monte... ele é um cara legal”. Pois bem, este teu ‘plano de final de semana só fez bem e só afetou pessoas que estavam de comum acordo, todos sabiam o que tu ias fazer, e os que não sabiam, como o ‘japoneis, ficaram felizes com a surpresa. Se tu fosses na pastelaria para causar confusão, pedir fiado etc., a coisa seria outra, tu não serias bem recebido, enfim. Claro que teu plano poderia também sofrer alterações: temporal, acidente, pneu furado e sem estepe etc. Se isso acontecesse afetaria a ti e aos teus, nem o ‘japoneis se afetaria com isso.

Pessoalmente não tenho nada contra seus planos, tenho os meus. E estes planos são naturais, na existência. Planejar férias. Planejar a compra de um carro etc. Estes ‘planos, apesar de pequenos, continuam sendo planos e afetam as pessoas do círculo, e são facilmente contornáveis, adaptáveis. Mas é uma família. O plano tem alcance de uma família e todos estão conscientes e todos torcem e colaboram para que dê certo, até, para não esquecer a máquina fotográfica.

Agora imagine um ‘plano, para o mundo. Um plano de mudança para o país. E que este chefe de Estado quer mudar o país, e conta com outros chefes de estado de outros estados e cidades. Seria como uma ‘linhagem política que tem ‘planos para a ‘ascendência política, com relação ao país. E sua única relação com a outra parte da sociedade, que está fora da ‘linhagem política, é um objeto chamado eleição, que por princípio de organização dos partidos, vai eleger alguém da ‘linhagem política. Logo, ganhe quem ganhar, todos são da ‘linhagem política. Agora, os ‘planos deles, combinam com os nossos? Que nos afetam, isso não há dúvidas.

Por exemplo, com relação à liberdade, o que eles pensam sobre a liberdade? Veja, não é só a ‘liberdade de “ir e vir”, é a liberdade de expor pensamentos, de trabalhar sem restrições, de poder planejar um futuro sem que o Estado interfira como vem fazendo através da mídia, também. Liberdade de ‘estar livre de tensões ‘políticas. Quando há políticos sérios, confiáveis. O que não é o caso.

Até o momento, o que tenho visto na minha cidade é que o Estado está intervindo: na saúde, na educação, no transporte, na infraestrutura e na economia através de sistemas de controle do governo, como a terceirização, as empresas mistas (quando o estado se torna sócio de uma empresa privada). Também está intervindo, na iniciativa privada, através dos sindicatos. E não vejo, ‘nada intervir no Estado. Afinal, ele, o Estado é quem tem os planos e seu plano é intervir e não deixar intervir. Isso ao meu ver compromete a liberdade.

De fato, uma primeira análise, os denuncia como autoritários, que seja, por omitir estas discussões de participação da sociedade, que não seja a óbvia, eleição. Mas, isso é outra história.


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