Artigos: Puzzle Notes
Enquanto Existe Liberdade...
A eleição que ocorre em
Foz do Iguaçu me parece uma repetição. Um ‘déjà
vu. Não porque sejam os mesmos candidatos. Aparecem novos candidatos. Não é
este o problema: os antigos candidatos e um, novo. Mais velhos, mais novos,
tudo isso é bobagem, para este tipo de governo, do tipo que tem, um ‘plano. O que se repete, lá no fundo, é
a mesma forma de ver o ‘governo. O governo
federal, estadual e municipal. Isso não muda.
Tenho a nítida
impressão de que seguem um ‘plano: plano
a que dão diversos sinônimos: democracia, mudança, transformação, socialismo,
libertação, frente etc. Isto vem acontecendo desde um pouco antes da
fundação do PT. Desde FHC, desde a fundação do MST, da CUT, é um plano.
Entendem o que digo como sendo um ‘plano? Por isso a sensação de ‘déjà vu (*já vi, isso).
As privatizações de FHC
deram um resultado temporário. Ela foi feita para ter este resultado que teve.
No momento atual, se tenta um ‘novo começo.
Mas um recomeço ‘dentro do círculo
deste ‘plano. O plano é o que se
repete há pelo menos 23 anos: conseguem ‘dinheiro,
governam com construções no primeiro mandato, que dura até o final do segundo
mandato, depois passam o ‘bastão para
o próximo. Neste período de tempo (23 anos), eles pacientemente ocupam os
principais postos da nação: mídia, universidades, estatais, prefeituras, judiciário,
postos do exército, da PM, agências de publicidade e as coisas vão ‘mudando desde dentro.
Mas vejamos o seu plano
para este final de semana. Tu pegas a família de comum acordo e vais para os
lugares escolhidos pelos familiares. Por exemplo, se tu fores na pastelaria do ‘japoneis,
que é seu amigo, tu vais deixa-lo feliz. O ‘japoneis vai comentar com a sua
família: “olha o Pedro esteve na pastelaria com a família, gastaram um monte...
ele é um cara legal”. Pois bem, este teu ‘plano
de final de semana só fez bem e só afetou pessoas que estavam de comum
acordo, todos sabiam o que tu ias fazer, e os que não sabiam, como o ‘japoneis,
ficaram felizes com a surpresa. Se tu fosses na pastelaria para causar
confusão, pedir fiado etc., a coisa seria outra, tu não serias bem recebido,
enfim. Claro que teu plano poderia também sofrer alterações: temporal, acidente,
pneu furado e sem estepe etc. Se isso acontecesse afetaria a ti e aos teus, nem
o ‘japoneis se afetaria com isso.
Pessoalmente não tenho
nada contra seus planos, tenho os meus. E estes planos são naturais, na
existência. Planejar férias. Planejar a compra de um carro etc. Estes ‘planos,
apesar de pequenos, continuam sendo planos e afetam as pessoas do círculo, e são facilmente contornáveis,
adaptáveis. Mas é uma família. O plano tem alcance de uma família e todos estão
conscientes e todos torcem e colaboram para que dê certo, até, para não
esquecer a máquina fotográfica.
Agora imagine um ‘plano,
para o mundo. Um plano de mudança para o país. E que este chefe de Estado quer
mudar o país, e conta com outros chefes de estado de outros estados e cidades.
Seria como uma ‘linhagem política que
tem ‘planos para a ‘ascendência
política, com relação ao país. E sua única relação com a outra parte da
sociedade, que está fora da ‘linhagem política, é um objeto chamado eleição, que por princípio de
organização dos partidos, vai eleger alguém da ‘linhagem política. Logo, ganhe quem ganhar, todos são da ‘linhagem política. Agora, os ‘planos deles, combinam com os nossos?
Que nos afetam, isso não há dúvidas.
Por exemplo, com
relação à liberdade, o que eles pensam sobre a liberdade? Veja, não é só a ‘liberdade
de “ir e vir”, é a liberdade de expor pensamentos, de trabalhar sem restrições,
de poder planejar um futuro sem que o Estado interfira como vem fazendo através
da mídia, também. Liberdade de ‘estar
livre de tensões ‘políticas. Quando
há políticos sérios, confiáveis. O que não é o caso.
Até o momento, o que
tenho visto na minha cidade é que o Estado está intervindo: na saúde, na
educação, no transporte, na infraestrutura e na economia através de sistemas de
controle do governo, como a terceirização, as empresas mistas (quando o estado
se torna sócio de uma empresa privada). Também está intervindo, na iniciativa
privada, através dos sindicatos. E não vejo, ‘nada intervir no Estado. Afinal, ele, o Estado é quem tem os
planos e seu plano é intervir e não deixar intervir. Isso ao meu ver compromete
a liberdade.
De fato, uma primeira
análise, os denuncia como autoritários, que seja, por omitir estas discussões
de participação da sociedade, que não seja a óbvia, eleição. Mas, isso é outra
história.
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