Não aceitam que o povo,
os tenham rejeitado.
Por Luiz C.S. Lucasy – FozVox
O cenário deste dia 31/10/17
em uma das salas do congresso nacional em uma reunião presidida pela deputada
Erika Kokay mais parecia um telecurso de política sindical dos anos 80.
A audiência pública era
sobre um projeto do governo federal> o PDV e o PLS 116, que de forma
unânime, os presentes consideravam um “Assédio Moral”, aos funcionários
públicos (doravante FPub), em especial aos funcionários do judiciário e, bancários.
Os projetos, segundo eles, induzem o servidor a ‘pedir as contas ou demissão voluntária.
O número de funcionários
públicos do País não chega a 10% (creio, 8%), da população, o que é bom e até,
menos do que é necessário. Portanto, não se trata de inchaço da máquina pública
- o que pode acontecer em municípios, de forma isolada e previsível. De outra
forma, a rede - estado/capital -, formada desde FHC e incrementada por Lula, esta
sim, dá a aparência de Estado inchado, mas é uma falsa aparência, na verdade.
O Estado cresce em sua rede de influência e aquilo que poderia
ser FPub agregado, não concursado,
adere ao sistema de ‘empresas de
serviços especiais: as terceirizadas, que funcionam amasiadas ao governo,
sem o que não existiriam.
Parece razoável, no entanto,
cumpre apenas a função de ‘atrelar o
capitalismo para o ‘próximo passo,
que segundo Lula, ainda não se sabe bem o que será! Isso, é o socialismo!
O fato é que compromete o
Estado com o capital e vice-versa. O que deveria ser a função do Estado de
garantir o cumprimento das leis e infraestrutura para investimentos, em função
do desenvolvimento do sistema de
capitais privados e todos os problemas
inerentes que decorre disso, o Estado assume
os riscos e cria preferências e monopólios estatais e privados, uma
economia de ‘rede ou facho, como
queira.
Já houve um grande problema nacional, com relação aos bancos estatais. Evidente que, quando
digo isso, estou falando de FPbs aos
milhares. Os bancos estatais tinham ‘concorrentes:
os bancos não estatais e os bancos federais. Essa situação de
concorrência é bem demarcada com os fenômenos das “Caixas Econômicas”,
estaduais e federais. O povo confiava nas caixas econômica do Estado.
O investimento e dinheiro circulante do Estado,
eram a prioridade dos Bancos de Estado e isso significava maior autonomia dos Estados. O dinheiro nas
mãos de pessoas, significa mais poder, ao Estado. Essa é a época das ‘cadernetas de poupança, dos cofrinhos.
O que parecia ao ‘governo federal, ao congresso nacional e ao
senado, algo desagregador, partindo do princípio de um Estado socializante,
popular. E aí, escondiam outro fato, que era dos Estados mais pobres e que,
segundo eles, perderiam muito da participação econômica dos Estados mais ricos,
como São Paulo e Rio de Janeiro. Na verdade, isso nunca aconteceu, desde o
império, sempre houve colaboração, o que não havia, de forma cruel, era a
interferência partidária, com vista a uma ‘nova
ordem mundial e ONU!
A crueldade fica por conta
da forma de como os prefeitos, deputados e senadores – dos Estados – aderiram aos
planos da federação em detrimento dos seus Estados. Também foi cruel a forma de
uso irresponsável do dinheiro dos Bancos de Estado, seja com empréstimos para campanha
política que nunca pagaram; seja favorecendo com empréstimos, empresas
fantasmas. Seja, iludindo os compradores supervalorizando ‘carteiras de habitação, que no futuro dariam origem aos famosos ‘leilões.
É certo que os políticos dos
Estados, começaram a usar do Banco do seu Estado, sem a devida correlação
econômica com o governo central. Assim como as universidades estaduais do
Paraná, de outra forma, querem autonomia - e isso quer dizer -, o direito de
não se explicarem, com relação aos valores referentes a ‘projetos, que pedem ao governo do Estado.
Nesta época dos Bancos
Estatais o Banco do Brasil (federal), tinha sua campanha de ‘demissão voluntária. Ora, se estavam
eliminando os bancos de estado (milhares de funcionários), porque o Banco do
Brasil também faria uma campanha de demissão voluntária? Isso tem um indicativo
claro, não era uma questão de presidência da República! Mas, de deputados,
senadores e os milhares de sindicatos, que compõe a corporação! Movidos por
interesses diferentes. O que, por princípio os desqualifica na representação do
FPbs.
O Banco Central entra em
cena, e faz com os bancos Estatais, o mesmo que em futuro breve, o governo de
Lula faria com as Santas Casas de Misericórdia espalhadas pelo País.
É certo também, que tudo
isto acontece por um lado, pela própria ação indigesta do estamento político
pela concentração de poder e pouco se importando com os FPbs. E no futuro fomentariam
as cooperativas como forma de
retorno das ‘cadernetas de poupança.
Isso me parece um ‘cachorro que corre
atrás do próprio rabo ou, uma serpente que se come pelo próprio rabo.
E indica outra coisa, a
total falta de previsibilidade do ‘governo
central. Se antes, os Estados, mesmo os mais pobres, tinham uma certa
previsibilidade e cada município tinha um comércio pujante ..., com as ações do
governo central, aos moldes de FHC e Lula, as coisas se modificam e entra no
cenário os assaltos, os crimes, o narcotráfico, os impostos abusivos, corrupção
e, a retirada sistemática de dinheiro dos municípios, para a federação.
Acredito que, o que ocorreu
com os bancos estatais, tenha sido muito mais grave e demitido muito mais
pessoas, do que a atual contestação de 'assédio
moral, levantada pelo próprio estamento burocrático, político e sindical. O
que nos leva a outra situação e ela se manifesta no final da ‘audiência pública, na figura de um
ilustre sindicalista, vindo como que, de um campo de girassóis da velha 'mãe da URSS de Stálin, no período da
guerra, quando o afamado internacionalismo, não criava aderência do povo russo,
à morte na guerra.
Na verdade, uma figura deste
tipo, não poderia faltar em uma reunião promovida pela petista, deputada,
indigenista, feminista, psicóloga, Erika Kokay.
O ilustre sindicalista tem
meia idade, usa óculos redondos de zilo, maior que a região ocular e tem uma barbicha
pontuda de duas cores, entre o escuro e o grisalho, parecia a representação
viva de um Trotsky pernambucano. Suas palavras iniciais foram: “o atual
presidente é golpista! ”.
Quando disse isso, todo o
resto seria previsível, não precisaria dize-lo.
Por momentos, aquela
reunião, parecia um ‘passa-tempo
midiático. Com exceção de um homem que falou com sensatez, mas no final,
com um ligeiro sorriso entre os lábios, descambou com uma cruel palavra de
ordem, como que, para atrair alguns aplausos, francamente, dispensáveis.
No geral a reunião me
pareceu uma "convenção de bruxos”. Devia ser uma ilusão. Mas, no Congresso
nacional? Estava vendo, ouvindo e não podia negar o que via e ouvia. Tudo era
por demais cenográfico, teatral.
Eles não perdem a
oportunidade de usarem ‘as salas do
congresso e a teve a cabo.
Chego à conclusão, de que
não importa o motivo, importa o número de vezes que aparece na televisão. E
isso me fez lembrar os comentários de jornalistas do Paraná, com relação ao
número de vezes, em que aparecia no nome de Álvaro Dias e Requião, nas matérias
de jornais que eles produziam e de como isso era recebido pelos candidatos e o
que eles ganhavam com isso.
Mas, a vida é irônica, para
quem acha que o objetivo da vida é conquistar sem se importar com as outras
pessoas, todo o programa da TV a cabo é visto por uma parcela ínfima da
população, a que chamam de ‘classe média
e que, os despreza e são parceiros em algo cuja ilicitude, transcende, se torna
invisível a eles mesmos e por isso, não distinguem entre o desprezo e a amizade
e criam uma nova figura, a do fingimento constante.
Agora, o que deveriam ter
feito para não chegarem a este ponto? Bem, nós os pagamos para que as coisas
funcionem e se não funciona, quem são os culpados?
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