sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Não aceitam que o povo, os tenham rejeitado.


                Não aceitam que o povo,
   os tenham rejeitado.



Por Luiz C.S. Lucasy – FozVox


O cenário deste dia 31/10/17 em uma das salas do congresso nacional em uma reunião presidida pela deputada Erika Kokay mais parecia um telecurso de política sindical dos anos 80.
A audiência pública era sobre um projeto do governo federal> o PDV e o PLS 116, que de forma unânime, os presentes consideravam um “Assédio Moral”, aos funcionários públicos (doravante FPub), em especial aos funcionários do judiciário e, bancários. Os projetos, segundo eles, induzem o servidor a ‘pedir as contas ou demissão voluntária.

O número de funcionários públicos do País não chega a 10% (creio, 8%), da população, o que é bom e até, menos do que é necessário. Portanto, não se trata de inchaço da máquina pública - o que pode acontecer em municípios, de forma isolada e previsível. De outra forma, a rede - estado/capital -, formada desde FHC e incrementada por Lula, esta sim, dá a aparência de Estado inchado, mas é uma falsa aparência, na verdade.
O Estado cresce em sua rede de influência e aquilo que poderia ser FPub agregado, não concursado, adere ao sistema de ‘empresas de serviços especiais: as terceirizadas, que funcionam amasiadas ao governo, sem o que não existiriam.
Parece razoável, no entanto, cumpre apenas a função de ‘atrelar o capitalismo para o ‘próximo passo, que segundo Lula, ainda não se sabe bem o que será! Isso, é o socialismo!
O fato é que compromete o Estado com o capital e vice-versa. O que deveria ser a função do Estado de garantir o cumprimento das leis e infraestrutura para investimentos, em função do desenvolvimento do sistema de capitais privados e todos os problemas inerentes que decorre disso, o Estado assume os riscos e cria preferências e monopólios estatais e privados, uma economia de ‘rede ou facho, como queira.

 Já houve um grande problema nacional, com relação aos bancos estatais. Evidente que, quando digo isso, estou falando de FPbs aos milhares. Os bancos estatais tinham ‘concorrentes: os bancos não estatais e os bancos federais. Essa situação de concorrência é bem demarcada com os fenômenos das “Caixas Econômicas”, estaduais e federais. O povo confiava nas caixas econômica do Estado.
 O investimento e dinheiro circulante do Estado, eram a prioridade dos Bancos de Estado e isso significava maior autonomia dos Estados. O dinheiro nas mãos de pessoas, significa mais poder, ao Estado. Essa é a época das ‘cadernetas de poupança, dos cofrinhos.

O que parecia ao ‘governo federal, ao congresso nacional e ao senado, algo desagregador, partindo do princípio de um Estado socializante, popular. E aí, escondiam outro fato, que era dos Estados mais pobres e que, segundo eles, perderiam muito da participação econômica dos Estados mais ricos, como São Paulo e Rio de Janeiro. Na verdade, isso nunca aconteceu, desde o império, sempre houve colaboração, o que não havia, de forma cruel, era a interferência partidária, com vista a uma ‘nova ordem mundial e ONU!

A crueldade fica por conta da forma de como os prefeitos, deputados e senadores – dos Estados – aderiram aos planos da federação em detrimento dos seus Estados. Também foi cruel a forma de uso irresponsável do dinheiro dos Bancos de Estado, seja com empréstimos para campanha política que nunca pagaram; seja favorecendo com empréstimos, empresas fantasmas. Seja, iludindo os compradores supervalorizando ‘carteiras de habitação, que no futuro dariam origem aos famosos ‘leilões.
É certo que os políticos dos Estados, começaram a usar do Banco do seu Estado, sem a devida correlação econômica com o governo central. Assim como as universidades estaduais do Paraná, de outra forma, querem autonomia - e isso quer dizer -, o direito de não se explicarem, com relação aos valores referentes a ‘projetos, que pedem ao governo do Estado.

Nesta época dos Bancos Estatais o Banco do Brasil (federal), tinha sua campanha de ‘demissão voluntária. Ora, se estavam eliminando os bancos de estado (milhares de funcionários), porque o Banco do Brasil também faria uma campanha de demissão voluntária? Isso tem um indicativo claro, não era uma questão de presidência da República! Mas, de deputados, senadores e os milhares de sindicatos, que compõe a corporação! Movidos por interesses diferentes. O que, por princípio os desqualifica na representação do FPbs.

O Banco Central entra em cena, e faz com os bancos Estatais, o mesmo que em futuro breve, o governo de Lula faria com as Santas Casas de Misericórdia espalhadas pelo País.
É certo também, que tudo isto acontece por um lado, pela própria ação indigesta do estamento político pela concentração de poder e pouco se importando com os FPbs. E no futuro fomentariam as cooperativas como forma de retorno das ‘cadernetas de poupança. Isso me parece um ‘cachorro que corre atrás do próprio rabo ou, uma serpente que se come pelo próprio rabo.
E indica outra coisa, a total falta de previsibilidade do ‘governo central. Se antes, os Estados, mesmo os mais pobres, tinham uma certa previsibilidade e cada município tinha um comércio pujante ..., com as ações do governo central, aos moldes de FHC e Lula, as coisas se modificam e entra no cenário os assaltos, os crimes, o narcotráfico, os impostos abusivos, corrupção e, a retirada sistemática de dinheiro dos municípios, para a federação.

Acredito que, o que ocorreu com os bancos estatais, tenha sido muito mais grave e demitido muito mais pessoas, do que a atual contestação de 'assédio moral, levantada pelo próprio estamento burocrático, político e sindical. O que nos leva a outra situação e ela se manifesta no final da ‘audiência pública, na figura de um ilustre sindicalista, vindo como que, de um campo de girassóis da velha 'mãe da URSS de Stálin, no período da guerra, quando o afamado internacionalismo, não criava aderência do povo russo, à morte na guerra.
Na verdade, uma figura deste tipo, não poderia faltar em uma reunião promovida pela petista, deputada, indigenista, feminista, psicóloga, Erika Kokay.

O ilustre sindicalista tem meia idade, usa óculos redondos de zilo, maior que a região ocular e tem uma barbicha pontuda de duas cores, entre o escuro e o grisalho, parecia a representação viva de um Trotsky pernambucano. Suas palavras iniciais foram: “o atual presidente é golpista! ”.

Quando disse isso, todo o resto seria previsível, não precisaria dize-lo.
Por momentos, aquela reunião, parecia um ‘passa-tempo midiático. Com exceção de um homem que falou com sensatez, mas no final, com um ligeiro sorriso entre os lábios, descambou com uma cruel palavra de ordem, como que, para atrair alguns aplausos, francamente, dispensáveis.
No geral a reunião me pareceu uma "convenção de bruxos”. Devia ser uma ilusão. Mas, no Congresso nacional? Estava vendo, ouvindo e não podia negar o que via e ouvia. Tudo era por demais cenográfico, teatral.
Eles não perdem a oportunidade de usarem ‘as salas do congresso e a teve a cabo.
Chego à conclusão, de que não importa o motivo, importa o número de vezes que aparece na televisão. E isso me fez lembrar os comentários de jornalistas do Paraná, com relação ao número de vezes, em que aparecia no nome de Álvaro Dias e Requião, nas matérias de jornais que eles produziam e de como isso era recebido pelos candidatos e o que eles ganhavam com isso.
Mas, a vida é irônica, para quem acha que o objetivo da vida é conquistar sem se importar com as outras pessoas, todo o programa da TV a cabo é visto por uma parcela ínfima da população, a que chamam de ‘classe média e que, os despreza e são parceiros em algo cuja ilicitude, transcende, se torna invisível a eles mesmos e por isso, não distinguem entre o desprezo e a amizade e criam uma nova figura, a do fingimento constante.

Agora, o que deveriam ter feito para não chegarem a este ponto? Bem, nós os pagamos para que as coisas funcionem e se não funciona, quem são os culpados?

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