Os
Sinais
Por Luiz C.S. Lucasy – FozVox
Como tu percebes quando uma cidade já não
e mais uma cidade e mais se parece com um campo experimental como eram os
guetos de Polônia, como são os morros do Rio de Janeiro comandados pelo narcotráfico;
os guetos deprimentes de Haddad ou mesmo, o mundo de Luciano, onde pessoas são
premiadas com a realização de um sonho, do que, deveria ser a normalidade?
Penso que hajam sinais, afinal há coisas
que não se escondem. Estas coisas são os sinais que aparecem, quando mais se
sente dono da situação e de fato, é assim. Hitler, aos olhos do mundo e aos
olhos de Charles Chaplin era o grande Ditador, de fato, ele era. No entanto, nos
momentos mais difíceis, declarava que "ninguém o obedecia" e, por
muito pouco, e pela ação de Hopping
da KGB, junto, a Roosevelt presidente do EUA, Hitler não é deposto pelos
próprios generais, destacando, entre eles o general Canaris do alto comando da
Marinha. E o povo alemão sabia disso? Evidente que não! Dizem que o povo alemão
sabia das prisões dos judeus, mas não sabiam a quantidade de presos, nem a
quantidade de campos de concentração, nem o que era feito com os judeus nos
campos. Bem, no Brasil, morrem assassinadas 70 mil pessoas ao ano, se 10% dos
casos são resolvidos, isso é por conta de um milagre. E se o povo sabe disso, o
sabe 'por cima, do alto e não o
comove de forma alguma e ele chega a aceitar que isso seja o normal. E se isso
acontece agora, no Brasil, porque algo semelhante não aconteceria na Alemanha
de Hitler, na URSS de Stálin, na China de Mao? No entanto este foi o século
mais criminoso da história da humanidade.
Voltando ao tema que diz sobre tua percepção
de quando uma cidade está morrendo, precisamente quando se acha que, 'se está, par a par com o futuro, mesmo
sabendo que este futuro é mais mental, teatral, de ‘mentes privilegiadas e coletivas, do que propriamente real, como é
real o cotidiano, é quando um dos motivos é este mesmo e outros tantos, que
passo a enumerar, sem colocar números.
Isso acontece, no geral, quando a cidade
urbana começa a mostrar suas divisões em modelos de habitações: primeiro em
bairros horrendos e uma cidade com um comércio decadente, com expediente 'contado as horas, ou seja, passou de
tal hora, em tal dia, a cidade é morta. E não por causa de 'horário de serviço e descanso, não se trata disso, se trata que não
há mais ambiente para o comércio, a simples necessidade tomou o lugar. Por
exemplo, a necessidade de ‘papel higiênico em Venezuela! Outro dado, são os
locais de moradia, os prédios onde moravam 'os
federais, de maneira geral, tornam-se uma espécie de moradia temporária, 'negociada entre organizações políticas
de várias cidades e pessoas preferenciais com parentesco político ou partidário. 'Os
federais, vão para os condomínios fechados, mas não só, os federais, como
também outros 'novos ricos. Os pobres
com algum recurso, vão igualmente para outros condomínios muito inferiores,
mas, ainda, seguros. As lojas desta cidade temem abrir as portas por causa dos
assaltos tão comuns. Surpreendentemente cresce o número de veículos e motos o
que deveria indicar prosperidade, no entanto, qual a prosperidade em se
adquirir um bem que sofre desgastes, que é sujeito a sérios riscos e tem um
enorme custo? Era para ser um investimento, mas qualquer investimento só pode
acontecer com um bem imóvel e durável, isto é investimento, em países
decadentes.
Mas, o que era para ser investimento e
alavancar a economia, percebeu-se (os investidores perceberam) que tinha um
preço muito baixo, pois que era acessível ao 'assalariados destas cidades e então, os terrenos foram negociados
com estrangeiros e não só 'estrangeiros,
mas Estados estrangeiros e hoje se
tornou impossível para os que precisam, comprar um terreno.
Sendo assim, estes 'empregados com relativa segurança no emprego e salários não tão horríveis
como é habitual, e mesmo aqueles com salários de fome, investiram em veículos e
pagam fortunas ao ano, à Petrobras. São valores muito superiores ao próprio
orçamento municipal. E pagam à mesma Petrobras que pagou a política nacional
por anos, a contra-gosto do povo. Então, seja quem for ou, seja o que for, saiu
ganhando nas costas da cidade, pois que este dinheiro que poderíamos chamar de 'petrodólar político, sai da cidade para
não mais voltar.
Outros sinais, além do mais elementar, na
habitação, nos terrenos, nos veículos, na precariedade moral e insana do
transporte de massas, nos monopólios que despontam; na crise permanente da
saúde, por mais médicos que se formem, são sinais, como é aquele sinal do 'cachorro nas cidades islâmicas. Sim,
isso mesmo! Talvez tu já tenhas visto, aqueles filmes de Hollywood, não só, em
cidades islâmicas, mas também em cidades latino-americanas, onde o cenário são
bairros muito pobres e aparentemente desertos e então, se ouve um latido
solitário de cachorro, um latido 'seco,
sem vida e dando tristes sinais de ausência de 'calor humano.
Os sinais são sutis. São visíveis,
audíveis e sutis. É certo que nas festas de São João uma das comemorações são
as ‘bombinhas, os craques, os rojões
de São João, no limite de alguém disposto a gastar ‘algum dinheirinho para comemorar com a família ou, as famílias, no
entanto, quando ‘os empreendimentos
assumem este papel, o papel de chamar a atenção com explosões, seja em São João
ou outros eventos importantes, a coisa tem duas formas, uma é aquela
controlada, com começo e fim é um show! Como são os finais de ano. Outra forma,
é a pior coisa que poderia acontecer, pessoas que insistem para que o show não
termine e continue por toda a noite. Uns se reservam no direito de fazer o ‘seu show, precisamente quando o
silêncio já se impôs. Estes são os piores. Eu diria ‘mentecaptos. Um velho e bom termo. Estes sinais acontecem em
momentos especiais, o que não quer dizer que eles não fiquem na consciência
destes mesmos mentecaptos e que eles, não encontrem outras formas de perturbar
o maior número de pessoas possível, por exemplo, com um ‘ronco de motocicleta potente em qualquer horário, mais
especialmente nas madrugadas e finais de semana.
Dia destes, notei que um destes
frustrados, ao passar próximo de um destes prédios ‘república, acelerou ao máximo que pode a sua potente moto, ao
ponto de doer os ouvidos. Como estava de capacete, os seus ouvidos estavam
protegidos. Tão logo acelerou, olhou para alguma janela do prédio, para ver se
sua ação tinha surtido efeito. Certamente não deu tempo de a pessoa aparecer na
janela e acenar ou manda-lo à merda, mas, certamente todos ouviram o ‘ronco de sua moto.
Falo de sinais, sinais que representam uma
triste decadência, floreada por um lado
e caricatural por outro, e nestes sinais, estão presentes até mesmo nas
ações, por exemplo, de um prefeito eleito em condições suspeitas. Suspeitas pela
própria condição eleitoral, negada pelo povo e teimada pelos políticos, ao
nível nacional. E que o prefeito e seu vice, tem segredos e revelações de tal
monta, quem tem a coragem de reservar para si (sua organização, suas
secretarias, sua secretaria a ser criada etc., ou alguma surpresa à cidade,
como o termino da construção de ‘palco,
como foram os ‘estádios de futebol de
Lula), 200 milhões ou 4 mil veículos de 50 mil cada, de um orçamento em 2018
para a cidade, de 999 milhões mais 1 milhão.
E insiste em manter segredo à câmara
municipal pois é só ela quem pode dificultar isso. Aí, com esta câmara eleita
também nas condições, ditas há pouco, pode acontecer outro fenômeno, que
acredito que seja aquele, ‘do pai que
esconde o presente do filho no natal. E desta feita, o filho, dá-se a entender, é a câmara municipal
e ‘neste clima é natural que ela
assine o cheque em branco!
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