quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Os Sinais



Os Sinais




Por Luiz C.S. Lucasy – FozVox

Como tu percebes quando uma cidade já não e mais uma cidade e mais se parece com um campo experimental como eram os guetos de Polônia, como são os morros do Rio de Janeiro comandados pelo narcotráfico; os guetos deprimentes de Haddad ou mesmo, o mundo de Luciano, onde pessoas são premiadas com a realização de um sonho, do que, deveria ser a normalidade?
Penso que hajam sinais, afinal há coisas que não se escondem. Estas coisas são os sinais que aparecem, quando mais se sente dono da situação e de fato, é assim. Hitler, aos olhos do mundo e aos olhos de Charles Chaplin era o grande Ditador, de fato, ele era. No entanto, nos momentos mais difíceis, declarava que "ninguém o obedecia" e, por muito pouco, e pela ação de Hopping da KGB, junto, a Roosevelt presidente do EUA, Hitler não é deposto pelos próprios generais, destacando, entre eles o general Canaris do alto comando da Marinha. E o povo alemão sabia disso? Evidente que não! Dizem que o povo alemão sabia das prisões dos judeus, mas não sabiam a quantidade de presos, nem a quantidade de campos de concentração, nem o que era feito com os judeus nos campos. Bem, no Brasil, morrem assassinadas 70 mil pessoas ao ano, se 10% dos casos são resolvidos, isso é por conta de um milagre. E se o povo sabe disso, o sabe 'por cima, do alto e não o comove de forma alguma e ele chega a aceitar que isso seja o normal. E se isso acontece agora, no Brasil, porque algo semelhante não aconteceria na Alemanha de Hitler, na URSS de Stálin, na China de Mao? No entanto este foi o século mais criminoso da história da humanidade.
Voltando ao tema que diz sobre tua percepção de quando uma cidade está morrendo, precisamente quando se acha que, 'se está, par a par com o futuro, mesmo sabendo que este futuro é mais mental, teatral, de ‘mentes privilegiadas e coletivas, do que propriamente real, como é real o cotidiano, é quando um dos motivos é este mesmo e outros tantos, que passo a enumerar, sem colocar números.
Isso acontece, no geral, quando a cidade urbana começa a mostrar suas divisões em modelos de habitações: primeiro em bairros horrendos e uma cidade com um comércio decadente, com expediente 'contado as horas, ou seja, passou de tal hora, em tal dia, a cidade é morta. E não por causa de 'horário de serviço e descanso, não se trata disso, se trata que não há mais ambiente para o comércio, a simples necessidade tomou o lugar. Por exemplo, a necessidade de ‘papel higiênico em Venezuela! Outro dado, são os locais de moradia, os prédios onde moravam 'os federais, de maneira geral, tornam-se uma espécie de moradia temporária, 'negociada entre organizações políticas de várias cidades e pessoas preferenciais com parentesco político ou partidário.  'Os federais, vão para os condomínios fechados, mas não só, os federais, como também outros 'novos ricos. Os pobres com algum recurso, vão igualmente para outros condomínios muito inferiores, mas, ainda, seguros. As lojas desta cidade temem abrir as portas por causa dos assaltos tão comuns. Surpreendentemente cresce o número de veículos e motos o que deveria indicar prosperidade, no entanto, qual a prosperidade em se adquirir um bem que sofre desgastes, que é sujeito a sérios riscos e tem um enorme custo? Era para ser um investimento, mas qualquer investimento só pode acontecer com um bem imóvel e durável, isto é investimento, em países decadentes.
Mas, o que era para ser investimento e alavancar a economia, percebeu-se (os investidores perceberam) que tinha um preço muito baixo, pois que era acessível ao 'assalariados destas cidades e então, os terrenos foram negociados com estrangeiros e não só 'estrangeiros, mas Estados estrangeiros e hoje se tornou impossível para os que precisam, comprar um terreno.
Sendo assim, estes 'empregados com relativa segurança no emprego e salários não tão horríveis como é habitual, e mesmo aqueles com salários de fome, investiram em veículos e pagam fortunas ao ano, à Petrobras. São valores muito superiores ao próprio orçamento municipal. E pagam à mesma Petrobras que pagou a política nacional por anos, a contra-gosto do povo. Então, seja quem for ou, seja o que for, saiu ganhando nas costas da cidade, pois que este dinheiro que poderíamos chamar de 'petrodólar político, sai da cidade para não mais voltar.
Outros sinais, além do mais elementar, na habitação, nos terrenos, nos veículos, na precariedade moral e insana do transporte de massas, nos monopólios que despontam; na crise permanente da saúde, por mais médicos que se formem, são sinais, como é aquele sinal do 'cachorro nas cidades islâmicas. Sim, isso mesmo! Talvez tu já tenhas visto, aqueles filmes de Hollywood, não só, em cidades islâmicas, mas também em cidades latino-americanas, onde o cenário são bairros muito pobres e aparentemente desertos e então, se ouve um latido solitário de cachorro, um latido 'seco, sem vida e dando tristes sinais de ausência de 'calor humano.
Os sinais são sutis. São visíveis, audíveis e sutis. É certo que nas festas de São João uma das comemorações são as ‘bombinhas, os craques, os rojões de São João, no limite de alguém disposto a gastar ‘algum dinheirinho para comemorar com a família ou, as famílias, no entanto, quando ‘os empreendimentos assumem este papel, o papel de chamar a atenção com explosões, seja em São João ou outros eventos importantes, a coisa tem duas formas, uma é aquela controlada, com começo e fim é um show! Como são os finais de ano. Outra forma, é a pior coisa que poderia acontecer, pessoas que insistem para que o show não termine e continue por toda a noite. Uns se reservam no direito de fazer o ‘seu show, precisamente quando o silêncio já se impôs. Estes são os piores. Eu diria ‘mentecaptos. Um velho e bom termo. Estes sinais acontecem em momentos especiais, o que não quer dizer que eles não fiquem na consciência destes mesmos mentecaptos e que eles, não encontrem outras formas de perturbar o maior número de pessoas possível, por exemplo, com um ‘ronco de motocicleta potente em qualquer horário, mais especialmente nas madrugadas e finais de semana.
Dia destes, notei que um destes frustrados, ao passar próximo de um destes prédios ‘república, acelerou ao máximo que pode a sua potente moto, ao ponto de doer os ouvidos. Como estava de capacete, os seus ouvidos estavam protegidos. Tão logo acelerou, olhou para alguma janela do prédio, para ver se sua ação tinha surtido efeito. Certamente não deu tempo de a pessoa aparecer na janela e acenar ou manda-lo à merda, mas, certamente todos ouviram o ‘ronco de sua moto.
Falo de sinais, sinais que representam uma triste decadência, floreada por um lado e caricatural por outro, e nestes sinais, estão presentes até mesmo nas ações, por exemplo, de um prefeito eleito em condições suspeitas. Suspeitas pela própria condição eleitoral, negada pelo povo e teimada pelos políticos, ao nível nacional. E que o prefeito e seu vice, tem segredos e revelações de tal monta, quem tem a coragem de reservar para si (sua organização, suas secretarias, sua secretaria a ser criada etc., ou alguma surpresa à cidade, como o termino da construção de ‘palco, como foram os ‘estádios de futebol de Lula), 200 milhões ou 4 mil veículos de 50 mil cada, de um orçamento em 2018 para a cidade, de 999 milhões mais 1 milhão.
E insiste em manter segredo à câmara municipal pois é só ela quem pode dificultar isso. Aí, com esta câmara eleita também nas condições, ditas há pouco, pode acontecer outro fenômeno, que acredito que seja aquele, ‘do pai que esconde o presente do filho no natal. E desta feita, o filho, dá-se a entender, é a câmara municipal e ‘neste clima é natural que ela assine o cheque em branco! 

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