A Política muda, quando a Alma se Liberta dos Vícios.
Por Luiz C.S. Lucasy – FozVox
Quando estava no PT,
nos primeiríssimos anos de fundação do partido (fiquei ali por uns quatro anos),
comecei a perceber, onde havia me metido. Nesta ocasião, uma 'companheira de partido me disse: "ou você se
manifesta e dá sua opinião, ou será massa de manobra". De outra feita, falava sobre o 'centralismo democrático, quando se era obrigado a cumprir ordens em condições suspeitíssimas de inconsequência e manipulação.
Respondi: "ninguém, pode obrigar alguém a fazer o que ele não quer fazer e, se o fizer, fará contrariado e contrariado ficará". Concordamos nisso. Ao menos, em um partido de massas, isso ainda - podia, no sentido de ser possível -, podia ser verdade. Em uma organização comunista, nenhuma razão prevaleceria.
... Como foi a própria guerrilha do
Araguaia e sobre a qual, no período posterior, os que não haviam ido ao
confronto, falavam com e do, heroísmo dos outros que, com sua morte, haviam
lhes possibilitado um bom status político, uma boa indenização e um bom
cargo.
Respondi: "ninguém, pode obrigar alguém a fazer o que ele não quer fazer e, se o fizer, fará contrariado e contrariado ficará". Concordamos nisso. Ao menos, em um partido de massas, isso ainda - podia, no sentido de ser possível -, podia ser verdade. Em uma organização comunista, nenhuma razão prevaleceria.
Naquele momento, nos referíamos ao que se
chamava de 'centralismo democrático, que era uma visão leninista; quando
a ‘direção da organização determina algo e você tem que cumprir. Ela própria, a
direção regional era orientada desde outros patamares mais secretos, à militância. Em caso de ação
grave, que envolvia pessoas e sempre envolvia pessoas, se você não cumprir,
segundo Lênin, você paga com a vida. Não é novidade que o PT foi criado por
organizações comunistas. De fato, as facções Stalinistas, Maoistas estavam
juntos do PMDB, a outras Leninistas, Marxistas e Trotskistas, no PT. Os
"trabalhadores", eram um adereço, eu era um adereço de publicidade
comunista e isso não me deu 'a vantagem, de perceber a fundação do Foro de s. Paulo em 1990 e tão pouco, o acordo de Princeton entre o Foro e a Sociedade Fabiana de FHC (no Brasil). Digo, mesmo que estivesse ainda no PT, não teria percebido isso. O Foro era restrito às lideranças e agentes.
Gostava de história e
sempre achei que os livros escolares mais fantasiavam do que contavam história. Mesmo porque a história de um continente deve ser muito fragmentada e desconexa e esse aspecto era o próprio espectro que rondava as 'cátedras de história.
Aprendi a ver nisso, nesta fantasia de história e no desinteresse dos
professores de história, filosofia e sociologia, em tratar da matéria, que havia
algo mais, que eles próprios não sabiam e se sabiam, não sabiam como dizê-lo e
se sabiam como dizê-lo, estavam obrigados a seguir o ‘manual da escola. Isso tudo sugeria mais mistérios.
E foi na política onde
pensei que pudesse entender melhor as coisas. Na vida prática. E nada poderia
ser mais prático do que a vida sindical. A vida sindical, quando em grandes
cidades, e na época, como metalúrgico, podia ser muito divertida. Se discutia
política, se divertia, se sabia de vários encontros nos finais de semana e se
conhecia histórias e estórias ‘cabeludas
dos maiorais políticos das cidades.
Não mais que de
repente, para esta época, estamos lá por 84, um simples garoto de cinema,
trabalho, lanchonete, escola e campo de futebol, passa a conhecer pessoas ‘importantes. E nestes ambientes
políticos, elas lhes dão ouvidos, é certo que, por alguns segundos cravados.
Mas é o suficiente para o jovem ampliar isso em sua alma. E chegar em casa ou,
no encontro entre amigos, e fazer grandes relatos. Fabulosos relatos em sua
maior parte inventivos, esperançosos, criativos, ou seja, tudo aquilo que ele,
gostaria que fosse!
Antes da fundação do
PT e no caminho da fundação, os sindicatos eram as vedetes do ‘movimento (1). Eram a facção ‘dos trabalhadores. Por isso o nome do
PT. Isso foi o máximo, que os políticos (2)
chegaram perto dos trabalhadores da
iniciativa privada. E o fizeram,
através de outro ‘aparelho, o Sindicato. (3).
Os sindicatos vieram com a CLT. A CLT veio
com Getúlio do PDT. Porém no regime militar existiam como Partido legal, apenas
a Arena e o MDB. Logo, todos os outros partidos que haviam sido extintos,
migraram ou para a Arena ou, para o MDB. Outros mantiveram-se não só no MDB
como também, clandestinamente, o que foi o caso do Partidos Comunistas: (PC,
PCB, PCdoB) e, os trotskistas.
O que, nos meses
seguintes, viria a ser PT e, depois ..., estas facções, grupos políticos, coletivos, nas pequenas cidades,
nos bairros das grandes e, controladas por organizações comunistas, começam a
atuar intensivamente nos sindicatos.
É a época das “Chapas 2”, para diferenciar daqueles que estavam nos sindicatos a
quem chamavam de “pelegos” da Chapa 1 (3). Não eram ‘pelegos,
eram lideranças do próprio ‘movimento
comunista, que supostamente ‘resistiam
ao militarismo, para não perder o sindicato. (Ironicamente podem transforma-lo, de como é, para algo que não se sabe ainda o que seja ..., no socialismo!). E ‘faziam o trabalho de casa, para o engrandecimento do partido! Mas,
como era “benéfico”, à chapa 2, para se diferenciar e criar dissidências junto
aos trabalhadores e agitá-los e conclamá-los à ação política, continuavam a
chamá-los de pelegos.
Como chamam Temer de ‘golpista;
se trata de símbolos, marcas, colocadas para lembrar um fato que nunca foi
esclarecido, porque não era para ser, e que no entanto, algo aconteceu e quem
dá o primeiro sinal, ou símbolo, sai como vitorioso ou, do ‘lado certo (?). Se o símbolo for marcado e repetido, sem contestação, ele permanecerá.
Qualquer contestação, fundamentada, pode diluí-lo a nada. O símbolo é como o sujeito que compra um diploma e vale mais que o conhecimento e assim a sociedade entende; e quando realmente precisam (...), se obrigam a reproduzir o erro original, do símbolo original criado ao bel prazer de uma ideia meramente oficiosa. Isso é uma serpente que se come pelo rabo, conforme se vê em algumas mandalas de Jung.
Internamente ao movimento, o termo ‘pelego era usado para identificar o
dirigente sindical que dificultava a ação da ‘oposição, da chapa 2, dentro do sindicato e nas assembleias. Para
a ‘oposição, o termo ‘oposição, por meio de uma ‘feitiçaria de jogo de símbolos, os identificavam, como ‘progressistas,
revolucionários, diferentes. Se auto-glorificavam, ‘vendiam seu peixe, quando, não eram diferentes em nada dos outros.
O termo ‘oposição era um símbolo,
assim como era símbolo, ‘os trabalhadores,
‘o proletariado etc. Os ‘trabalhadores não se agradavam de serem
confundidos com o ‘proletariado, que
estavam um nível abaixo, segundo a visão comunista, então, lhes deram outro símbolo de ‘operário das indústrias. Trabalhavam com estes símbolos como se
quisessem tatuar uma pessoa e marca-la para sempre e nesta condição mesma,
nunca lhes prometiam nada porque nada havia para se prometer. As promessas mais
loucas estavam além do socialismo irrealizável. Hoje, ‘o sonho da liberdade, dos comunistas para o povo, se resume em
sexo e drogas, enquanto lhes retiravam o tabaco, o vinho e a juventude de vida
de suas mulheres. As pessoas nunca se preocuparam em decifrar os símbolos
baseados na realidade, desta forma, admitiam os diversos símbolos como se fosse
a tradução da realidade. Não podiam imaginar por exemplo, que estes
trabalhadores, que apareciam como ‘referência
sindical, padrão de comportamento, não ficavam mais que alguns meses nas indústrias.
O tempo necessário para se manter sócio do sindicato. Exatamente o caso de
Lula. Um vagabundo! Presidente da República!
Houveram algumas
eleições ditas, importantes e poucas, no meio sindical dos metalúrgicos, têxteis,
químicos, entre a formação das, Chapas 2 e, a fundação do PT. A oposição nestas
oportunidades, tomou aos outros comunistas, os sindicatos em S. B. Do Campo,
Santo André e Osasco, que me lembre. Em Guarulhos continuava um sindicalista do Partido
Comunista, o senhor ‘Paixão, dos metalúrgicos.
Em uma das últimas eleições antes, da
fundação do PT, a chapa dois de Guarulhos, foi buscar apoio junto à oposição
dos metalúrgicos de São Paulo, pois que haviam sofrido ataques da facção ‘Hora
do Povo, do partidão e coincidentemente, naquela noite havia uma difícil
assembleia no sindicato de São Paulo. O sindicalista sabendo que a assembleia
seria difícil contratou alguns lutadores de ‘luta
livre, das academias da Av. Celso Garcia. Em meio ao calor das discussões,
tem início uma briga, precisamente pela presença de estranhos no sindicato. Os
poucos sindicalistas que haviam ido de Guarulhos entraram na briga e apanharam.
Acontece também, que nesta época eram comuns as ‘Casas de Cultura (aparelhos comunistas), para atrair pessoas, com
peças de teatro, por exemplo, a de Guarulhos ficava ao lado da Igreja Católica
que havia alugado o espaço, onde também se praticava ‘capoeira. Em resumo, apanharam porque não tinha o som do berimbau!
E então, não sabiam como dançar e escapar das garras do outro.
Os sindicatos foram a
maior ferramenta de ligação entre as pessoas nos locais de trabalho e a vida
política do ponto de vista da esquerda. As pessoas não suportavam políticos mas
podiam suportar sindicalistas. E não percebiam, ou perceberam tardiamente, que
o sindicato era controlado pelo governo e que este, dava ao sindicato, a margem
de ‘ganho-moral, ao sindicato: quando
podia acrescer de 2 a 3% no aumento, em negociação patronal, uma vez por ano.
Até que, mesmo isso, se tornou uma ação tola. Isso sem entrar no mérito dos
afamados ‘benefícios! Que sempre
beneficiaram algumas vezes mais, o Estado. Daí a hegemonia da esquerda, também
disfarçada de sindicalismo.
Graças a este maldito
sindicalismo, de sinuosidade, de astúcia comunista, se ampliou o número de
ONGs. e Fundações e Instituições fraudulentas. O sindicalismo inspirou o MST.
As Centrais Sindicais. Por sua vez, todas estas instituições, sindicatos e
partidos, no sentido, no vetor da hegemonia, formaram a ‘sociedade civil, que tomaram as mídias, escrita, televisiva.
Quando o número de
partidos cresce (32 partidos), cresce também o desprezo ao sindicalismo (da iniciativa privada) por parte da militância, dos novos adeptos, dos jovens
neófitos, e dos velhos que se descobriram tolos e que recorrem à política
partidária e, ao meio universitário ‘ativista
gnoseo, morada da esquerda.
Precisamente porque
são pessoas que procuram manter ‘uma boa
distância dos trabalhos forçados, na iniciativa privada. Considere que ‘os trabalhos forçados, o são,
precisamente pela pressão estatal, pela intervenção estatal e os impostos,
coisa que o sindicalismo nunca quis ver. E nunca quis ver por conta do próprio
meio sindical, controlado pelas Centrais Sindicais (CUT, CGT, UGT etc.),
ligadas aos políticos, ligadas ao ‘governo
popular. Portanto, considerando que, “daquele mato (sindicalismo na
iniciativa privada), não sairia cachorro algum”, porque os próprios
jornalistas, em sua maioria estavam ligados a organizações políticas e sabiam
de forma intuitiva, dos limites do domínio sindical na iniciativa privada e sua ‘baixa atuação, de amortecedor, entre os
empregados, empregadores e, o ‘governo
dito, popular e o Estado, então, optaram entre: falar o que a sua intuição
lhes dizia; simplesmente rotular o sindicato de pelego ou, se acomodar nos
braços das instituições públicas, quietos como o ‘pôr do sol nas montanhas. (A CUT mantém uma média de 700
jornalistas em sua folha de pagamento).
-o-
Ouvi um
comentário perigoso e sinuoso e quem dizia, era considerado político. Perigoso, por ser uma análise errada, precipitada, aventureira e sinuoso porque trilha os mesmos caminhos, quando do desenvolvimento da hegemonia política da esquerda, com termos igualmente sinuosos como o "politicamente correto", neste caso, devido a ação de pessoas com horizonte limitado, daqueles que repetem o erro, no momento mesmo, que copiam as mesmas formas mentais do inimigo, que toma a forma imaginária que se quer dar.
O
'tom, com que falava era próprio do momento, quando se reúnem políticos, em sua
maioria amadores na arte da boa-fé, pela simples descrença e ingênuos
iniciantes, na má arte, da astúcia, como diria Carlos Lacerda. O que ‘beira ao destrutivo maquiavelismo. E dizia que, “os sindicatos
já não faziam sentido”, como se a partir de então, deixassem de existir, desde
de que, ‘sentenciados, como Napoleão, fora exilado na ilha de Elba; os
sindicatos, e não os partidos (que era o pedido do povo), seriam extintos. E tão pouco se imaginava que Napoleão era filho da revolução francesa, na forma militar.
Porém, não distinguia entre
um sindicato ligado à iniciativa privada e o outro, ligado ao Estado e, qual a
ligação dos sindicatos com os partidos e a ligação dos partidos com as ‘organizações e esta, com ‘o movimento comunista internacional. E o principal, o que os milhares de
sindicalistas pensam fazer a respeito! Falou de muitas ideologias e não
identificou nenhuma, nem aquela que, a bem pouco tempo tinha hegemonia.
Hegemonia em torno de uma proposta imbecil e imbecil na medida mesma, dos
ouvidos moucos e que, a hegemonia, foi desestruturada pela ação de O. Carvalho
e seus livros. E não de partido e sindicato nenhum! E que pode, se reestruturar, pela força; uma simples Lei Contra o Ódio! Que esta na constituição Cubana e agora, de Venezuela e que o Foro de s. Paulo não cansa de divulgar, a 'ideia! Pode voltar a hegemonia, à força da Lei. No entanto, falam de
ideologia como se tivessem o domínio de ‘todas
elas. De imediato lembrei dos símbolos.
A hegemonia foi criada pela
propaganda, pelo domínio da imprensa inclusive, usando termos emparedados e
velados como o "politicamente correto", que por não significar nada,
abriu caminho a outras formas frias, como os movimentos sociais que ocuparam os
espaços políticos e as instituições públicas, não deixando margem a mais nada.
Esta, era a 'nova sociedade civil: Partidos, Associações, Fundações, Sindicatos
e centenas de milhares de ONGs. E o que era a sociedade civil, senão mais um 'aparelho de propaganda comunista?
Os símbolos são a forma ‘deformada, de como a pessoa tem a impressão de que conhece algo com a profundidade e a limpidez de um lago raso da água cristalina, sem considerar que esteja assentado em uma cratera de vulcão. Isso não teria nada de grave, se a pessoa tivesse a humildade de reconhecer os próprios limites e não fugir pela arrogância de uma oratória de chavões: mística e psicológica de afetação a outrem, considerando, em especial a forma, como vem sendo utilizado o evangelho, no âmbito político e cristão, como a própria, heresia.
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1 – Movimento, neste
caso, tem o sentido de Movimento do Comunismo Internacional. O comunismo internacional
existe desde a primeira internacional, fundada por Marx. Marx dormiu cristão e
acordou comunista. A última
internacional foi a 4ª. Internacional dominada pelos trotskistas. Movimento era um termo usado também para identificar ‘companheiros, camaradas etc.
Por exemplo: - Quem é aquele sujeito que está no comício? – Ora, aquele sujeito
é do movimento! Então, não tinha problema.
2 – A intimidade dos
políticos sempre foi com a corporação estatal, também conhecida como sindicato.
Concorrem com o imposto sindical e tomam a maior parte. Não obstante, os bons
salários e a estabilidade de emprego, sustentam as corporações mensalmente, o
imposto sindical é um excedente. São elas, as corporações, que estão nas
direções dos partidos e sindicatos: os funcionários públicos. E são em grande
número ‘os comunistas, que estão no
Estado; no sindicato dos jornalistas, dos professores, bancários etc.
3 - Aparelho (sindical), no
sentido de uma organização – até então custeada com um imposto obrigatório,
criada para atuar junto a uma classe social específica, na iniciativa privada
ou, no Estado.
4 – Pelego é o que
fica entre o cavaleiro e cavalo, segundo os novos sindicalistas que iriam
fundar o PT, os velhos sindicalistas ficavam entre ‘os trabalhadores e os patrões, amortecendo a realidade. Quando na verdade os sindicatos ficam entre os trabalhadores, empresários e, o governo e o Estado.
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