O que será de Foz do Iguaçu?
Por Luiz C.S.
Lucasy - FozVox
"MUITAS VEZES O LEITOR JÁ DEVE TER-SE PERGUNTADO como é possível que tantas pessoas, aparentemente racionais, amem e aplaudam os governos mais perversos e genocidas do mundo e se recusem a enxergar a liberdade e o respeito de que elas próprias desfrutam nas democracias ocidentais, ao mesmo tempo que continuam acreditando, contra todas as evidências, que são moral e intelectualmente superiores aos que não seguem o seu exemplo". (Olavo de Carvalho).
(UM PANORAMA, UM RECORTE)
Cabe a F. do I. o mesmo destino de todos os municípios brasileiros? E quais municípios são estes? Dizer que são 5700, não quer dizer muita coisa, exceto que, são 5.699 problemas e mais um. Quantos milhares, destes, não são uma ‘fachada política? Quantos destes, não tem mais que 500 pessoas? Quantos destes, não são apenas uma forma de conseguir ajuda do governo?
Na cidade de Orindiuva, Estado de São
Paulo, o Banco do Brasil mantinha um clube com piscinas e quadras para
associados. A cidade era tão pequena que os próprios diretores do Banco, eram
também os diretores do clube e os únicos associados.
O PMDB
próximo às eleições de 2014, negociou com Dilma, a abertura de 200 novos
municípios. Dilma não aceitou. Seria o mesmo que dar ao PMDB 200 prefeituras e
200 câmaras de vereadores.
A última
experiência do PT com prefeituras foi decepcionante para o PT e para o povo
dessas cidades. Acontece que, para levar água ao ‘povo das secas o ex-presidente Lula iniciou, a contra-gosto de boa
parte dos nordestinos, a transposição do Chicão.
Lula não
estava tão preocupado com a seca, quanto com a contabilidade eleitoral. Baseado
na fraqueza humana, Lula dava dinheiro às prefeituras a título de construção da
vala considerando que apoiariam a sua candidata – pela 2ª. vez, garantindo
assim, o seu retorno. O que ele não considerou é que a maioria das prefeituras
naquela região eram ‘amarradas ao PSB
dos falecidos: Eduardo Campos e Miguel Arraes.
A situação para Lula (elegendo Dilma)
parecia folgada. O PSB era membro do Foro de s. Paulo (doravante FsP). O FsP
havia colocado Lula na presidência em 2002 e [re] colocado em 2006 (1) e
novamente Dilma em 2010. Porque, em 2014 seria diferente?
A transposição do Chicão era uma
estratégia para distribuir dinheiro às prefeituras do NE que queriam seu
quinhão de participação na ‘festa democrática da esquerda (2).
No entanto, não se sabia o que
pretendia E.C. Uma possibilidade e que E.C. concorreria à presidência,
perderia, mas elegeria uma boa bancada do PSB e certamente o governo do seu
Estado. Mas, tiraria os votos do PT. Outra, E.C. e as prefeituras do PSB fariam
uma campanha para E.C. vencer no Nordeste e contaria com o apoio de Sarney, no
Norte e destruiriam o PT, que tinham suas bases mais fortes, no Nordeste.
_____________________
1
– Na eleição de 2006 a assessoria de J. Serra (PSDB) recebeu calhamaços de
documentos do FsP. A única coisa que se pedia a J. S. é que perguntasse a Lula,
o que era o FsP. J. S. não perguntou. A partir dali sabia que sua única função
seria a de eterno adjunto.
2
– Nessa época Lula havia declarado estar feliz, porque todos os partidos,
incluindo o PSDB eram de esquerda.
-o-
Comentei
sobre a insubstância de ‘milhares de
municípios. Sobre os ‘novos municípios pretendidos pelo PMDB. Os ‘novos
municípios do PMDB, podem não ter sido aprovados no governo Dilma, mas o que
impede que o sejam no governo Temer? Até agora nada se sabe. Mas, abrir
municípios, em lugares afastados é como abrir empresas ou comprar e vender
terrenos e isso é feito diariamente e as pessoas envolvidas preferem silêncio.
Pois sabem que estão criando uma cidade antes mesmo, de ela existir. Uma cidade
de papel.
Seja como
for, o PMDB, não está sofrendo revezes políticos, ao aplicar uma linha dura dos
impostos à toda Nação, por simples cortesia aos dois maiores parceiros
econômicos do Estado: PT e PSDB! Considerando que o próprio PMDB não tem planos
de governo e não tem interesse em assumir presidência, ao contrário dos outros
dois.
Existem outros
casos de municípios em estado de calamidade. Por exemplo, no Rio de Janeiro, em
Goiás, no RS, Minas Gerais e São Paulo. No Paraná, segundo o governador, o
estado parece haver se livrado da infelicidade que recaiu sobre estes municípios
acima. Logo é de se esperar que os municípios do PR estejam em situação melhor.
Será verdade? O governador fala por todos os municípios do estado? Ou a verdade
do governo é restrita aos municípios agrícolas e à capital do PR?
O governo
do Estado próximo as eleições de 2016, transferiu a sede do governo para F. do
I. por 100 dias. Um dos objetivos de ter vindo foi normalizar a situação do
hospital público. Outro motivo foi lançar um candidato da família Mansur como
prefeito, de fato, apresentando-o como deputado para 2018. Mais um desses
negócios de compra e venda ...
F. do I. (política e empresarial),
aderiu ao modo petista de ser, em 2004. Quando elegeu o PDT, um membro do FsP. A
partir de 2004 convencionou-se um ‘acordo
moral e, de negócios (na saúde, no setor imobiliário, no turismo e hotelaria,
no transporte de massas, nas associações, mídias
e sindicatos).
Um grande ‘acordão de interesses. Todos de alguma
forma, foram contemplados; desde os ambulantes aos vendedores de veículos. As
lojas de matérias de construção, os mercados etc. Os bancos entraram com os cartões
de crédito e depois, alguns deles fecharam ou se juntaram a outros bancos e
surgiram as cooperativas, herdeiras dos antigos ‘fundos de investimento, de
onde surgiu o Bradesco (com o fundo 157).
O que aconteceu na economia de Foz por
um período de tempo, foi como se ‘substituíssem um cano (de dinheiro) de 1/2
polegada, por outro de 4 polegadas. Como parecia ser o cano (de dinheiro) da
Petrobras, de 14 polegadas.
Evidente que é o Estado quem fomenta o capitalismo e não o contrário. Getúlio e
Simonsen foram os primeiros fomentadores do capitalismo no Brasil, criando a
Petrobrás a CSN o resto foi uma consequência. Antes, o que haviam eram
carroças, colônias e alguns carros de filhos de fazendeiros, recém-chegados de
Europa.
Quando o
Estado fomenta a economia em F. do I., ele o faz, ‘jogando com a própria economia local. Nada incrementa de
infraestrutura para geração de empregos. Houve uma iniciativa do governo local –
ao sugerir ‘galpões de ofícios. Mas
não conseguiu fundamentar isso, no plano real da produção, no contexto do
capitalismo e não, do socialismo do coletivo, cuja perspectiva única é a
dependência do Estado, como é o caso de tudo que faz, em termos de economia, a
Diretoria e o conselho de Itaipu. Agem como, as cadeiras de ciências das
universidades, concorrendo pela verba do governo, com uma vantagem, não são universidade
e não têm concorrentes.
O que o
Estado fez na cidade de F. do I. foi injetar dinheiro em um mercado
enfraquecido, pensando, aquece-lo. E acabou agindo como o ladrão que rouba 10
sacolas de dinheiro e joga duas ao público, para confundi-lo e poder safar-se
com facilidade.
O Estado
não fomentou a economia, ao contrário trouxe problemas, na saúde, na habitação,
na educação, no transporte de massas, no endividamento das pessoas e a cidade
perde bilhões de reais em combustível todos os anos.
Não sou
economista e estou especulando. Acredito que, a economia da cidade e o turismo,
tenha ficado na dependência da ‘muamba
da China. E antes, por outras dependências, como o café, a madeira, máquinas
para o Paraguai (do Brasil) etc. Que passavam pela cidade, essa era a
dependência. Não era, e não é a cidade quem tem a madeira, o café, a muamba, a
máquina e nem os implementos (houveram tentativas na Vila Portes, mas
foram desestimuladas).
Creio que
essa ‘dependência cristalizou um tipo
de comportamento das pessoas com mais recursos. Mais ou menos como ‘o doleiro do Brasil, não, do Paraguai.
Um tipo de economia ressabiada, desconfiada e sempre ‘fora da lei, por mais que se faça. E isso acontece pela dubiedade do
governo. Por exemplo, Dilma (Lula, FHC), como presidente da república, tinha a
fala institucional e fala não institucional, quando fazia declarações nas
reuniões do FsP (ou Fabian Society – FHC). Da mesma forma a economia municipal
da cidade reagia a isso, pois que, era herdeira política do FsP.
Nesse
sentido apenas um modelo poderia vingar. O modelo de serviços: hotelaria,
segurança, turismo e construção civil, desde que o Estado resolvesse investir
(Beira Foz, Mercado Municipal etc.) ou, algum acordo monopolista de construção,
para fugir à estagnação. O modelo de economia de ‘serviços, estaria sempre à disposição daqueles que acreditam
fomentar a economia remexendo a própria economia e intervindo cada vez mais.
Apesar de
todas as tentativas, se bem ou mal-intencionadas, já não importa, Foz do I., retorna
ao seu ‘eixo de dependência. Desta feita, como não poderia deixar de ser a partir
de 2004, “quando todos os ventos sopram na mesma direção”, a economia local
fica dependente da política. O grande movimento econômico municipal se dá no
Estado, partir de Itaipu e a Mídia.
A
iniciativa privada (doravante IP), só se realiza de forma ‘contabilizada, marcando o dia e, junto a líderes do Estado. Sempre
solícitos e bem-intencionados. As licitações saem de cena, porque foram feitas
criminosas, e entra em cena os acordos e amizades políticas e a própria
ocupação do parlamento e do executivo. As associações, sindicatos e fundações
do Estado passam a ser os únicos meios de empregos saudáveis.
A IP, não
ligada ao Estado enfraquece a olhos vistos. É preciso recorrer aos políticos,
ou desaparecer em tempo hábil. Os salários da IP, assim como o horário de
trabalho, são divididos ao extremo, ao ponto de não se perceber mais nem o
salário, nem o horário de serviço e tão pouco, os 30 dias de férias, pois que,
o condicionamento ao trabalho é
intenso. (Receio do desemprego, entre outros).
A ação negativa
do Estado, aquela que não produz a vida, aquela que não fomenta a economia, ela
é visível, na ação da diretoria e conselho de Itaipu e sua atuação política em
53 municípios. O pressuposto de sua ação tem a direção da ONU, em tudo o que se
refere ao ‘meio ambiente e,
indelevelmente o FsP na política, nos municípios.
Em termos
de fomento de economia, isso, de ‘meio
ambiente, não sai do lugar, mesmo porque existe uma sacralidade feiticeira,
uma espécie de ‘floresta negra, onde
só ‘os escolhidos podem atuar. E
precisamente eles não são agricultores ou, trabalhadores manuais. E eles não se
dão conta de que sejam bruxos. E a sociedade engole isso à seco. Quando lhe
imputam a culpa da degradação do ‘meio
ambiente. Convenhamos, que isso é loucura.
O
vertiginoso crescimento de um Estado, ‘ambiental é forma encontrada de se criar
organismos de regulamentação, mais uma vez, sustentados pelo Estado.
Em se
fazendo uma analogia entre a situação de Getúlio, do que fez Getúlio – duas mega-indústrias
– e o resultado fabuloso, a Itaipu, construída pelos militares, tinha o
objetivo de garantir o funcionamento do que era o parque industrial, seguia os
objetivos de Getúlio e Simonsen. Passados, anos, a pobre Itaipu, se afunila em
questões ambientais? Onde ela própria é acusada de ‘poluente? Há uma contradição e essa contradição é pior que a
própria corrupção tão comum em nossos dias.
Em um município não é tão difícil de se
imaginar onde foi parar o ‘derrame de dinheiro promovido pelo BNDES, pelo viés
do Bancos, empréstimos e prestações a perder de vista. E isso, não quer dizer
desonestidade. Por exemplo, quando uma empresa cresce! Mas, porque uma empresa
cresce e outras do mesmo ramo não? Houve uma preferência, uma escolha, uma
licitação, um acordo, que pode ter acontecido por influência política?
Suponhamos que a empresa preferencial tenha sido uma forte colaboradora da ‘campanha política, então, será a
escolhida! A isso me refiro quando digo ‘acordo
moral e, de negócios.
O desacerto nisso está na ‘influência e direcionamento econômico
do Estado. Quando digo Estado quero dizer também governo. O primeiro guarda os
burocratas e tecnocratas que fingem não se envolver em política. O segundo, escolhe
seus tecnocratas e os colocam no Estado para fingirem que são apolíticos. Seja
como for estamos longe do capitalismo. E neste caso, o Estado não fomentou
coisa alguma, exceto uma profunda crise de desconfiança na economia local.
-o-
A partir
deste ponto, da intervenção gradual do Estado e Governo na economia municipal,
a própria ‘economia, as empresas,
ficam no aguardo de novas atuações de investimentos, liberação de créditos etc.
Há uma grave alteração no eixo da economia, outrora, formada com os próprios recursos na relação com a
melhoria de vida das pessoas. Por exemplo, se uma cidade tem bons salários (na
IP e no Estado) e tempo disponível ou
limpo, o que também significa segurança e perspectiva, esta cidade terá um
mercado próspero!
Agora,
quando um governo se junta a um cartel de empreiteira, aprova uma lei (de 2007)
para liberar dinheiro do BNDES para o Cartel, para construção de gigantescas
obras no exterior, sob o grave risco de não
receber e quando este mesmo governo é quem atuou – entre períodos
eleitorais – em muitas economia municipais, fortalecendo instituições
financeiras e até criando algumas ..., a título de empréstimos e endividamento
do povo; criando uma inadimplência na casa dos 60%, dizendo que criou uma ‘nova classe média, isso não significa
economia, mas obra de confusão criada por instâncias políticas do além mar.
O resultado da política econômica do PT
para o município foi o aumento de veículos e motocicletas. Na verdade, isso fez
mudar o foco econômico do município, para federação, que seja, através de impostos
anuais, multas e combustível.
No geral,
os empresários e políticos (associações, sindicatos, câmara etc.) estão unidos,
por motivos insubstanciais e estáticos. Eles têm muita gordura para queimar. Estão
no aguardo de novas aventuras econômicas. Doravante sob o signo de ONU. Ou, as
facilidades dos produtos chineses. O possível retorno da China. A China, tomou
posse da tecnologia ocidental de produção e não precisam mais dos capitalistas,
eles estão voltando às suas origens. Outros indo, como é o caso de Bill Gates.
Agora, os próprios chineses estatistas, diretores de empresas do Estado, fazem
o duplo papel de capitalistas e comunistas. E certamente vão querer ‘escoar suas mercadorias. Ou, mudar a
estratégia da economia, comprando as empresas importantes dos países amigos
então, para isso, terá servido o idiotismo dos Ocidentais. Um idiotismo
produzido nos últimos cinquenta anos!
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