sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Santa Casa e o grupo Diplomata




 Santa Casa e o Grupo Diplomata

O Sindicalista de “trabalhadores de hotéis”, da cidade de Foz do Iguaçu, ficou perturbado quando soube que a Santa Casa de Misericórdia ia ser fechada (2006). Enquanto líder sindical ele havia ajudado a criar a frente política de 2004, para se contrapor ao domínio político de um grupo do PMDB de Curitiba e, em Foz do Iguaçu e achava – de verdade -, que isso era o melhor a se fazer para a cidade. Pois que, este novo grupo, reunia 16 agremiações políticas e dali poderia surgir algo bom. E imaginava que o melhor para a cidade,  era reformar (e foi reformada) e aumentar a Santa Casa. Ele nunca acreditou que alguém pudesse fazer diferente. Ele estava atrasado, pelo menos, 10 anos. 

Em 1990, o PT já havia criado o Foro de São Paulo que aglutinava as organizações de esquerda (mais ou menos 140 organizações, inclusive FARC e MIR), havia conquistado um forte espaço político de ação. Neste período, PT e PSDB saíram “as ruas”, digo, aos Estados, para fazerem um (re) arranjo político. No Paraná em 1990, Lula trouxe o Sk do PMDB para o PT, com a promessa da direção de Itaipu (havia planos para Foz do Iguaçu) e o comando do Mercosul por Rq. Do lado do PSDB, entra em ação C.R.M.(grupo SS), com a televisão e seu filho a quem pretende o cargo de Governador do Paraná em substituição ao desgaste do governo Richa (em 2018), também herdeiro.

Este conflito de luta pelo governo dos Estados e espólios estatais, ele é melhor definido a partir de 1993 (um ano antes de FHC assumir a presidência), com um acordo entre a organização a que pertence FHC – Fabian Society (Bill Clinton, Hillary, Kennedy, Bush etc.) e o recém-criado Foro de São Paulo. Em ação: as dinastias ocidentais e, o bloco de Putin. A partir disto, tanto PSDB, quanto PT, passam a fazer uma política calculada. A estratégia de urna eletrônica é garantia de voto certo. Lula é levado à presidência da república em 2002, para selar a marca “do operário no poder” em oposição ao “intelectual” (FHC e dirigentes revolucionários). Obviamente, colocado na presidência, por eles mesmos, os intelectuais da esquerda. (*). Isso tinha uma dupla função, não só criar duas alternativas diferentes, para o mesmo propósito, como também, criar um ‘bloco de proletários muito pobres, pelo desestímulo do emprego, para doravante, falar em nome deles; as minorias, os ‘movimentos sociais!

Em 2004 em Foz do Iguaçu a chamada Frentona, ganha a eleição para prefeito de Foz do Iguaçu. Seu primeiro trabalho, dar sequência ao fechamento da Santa Casa de Foz do Iguaçu. Isso era um plano do governo petista que havia assumido em 2002. Entre 2004/5, um projeto da saúde, sentencia as Santas Casas de todo o Brasil. Salvam-se, as mais resistentes e tradicionais e que não se permitiram a influência estatal e têem o apoio do empresariado local. Para tanto, por esta aventura heroica, só foi possível pelo trabalho moral, racional e civilizatório.

Foz do Iguaçu não teve a mesma sorte. Em Foz, a Santa Casa atendia dezenas de municípios e os brasiguaios, ou brasileiros residentes no Paraguai e também paraguaios. E isto permanece até hoje! Como uma forma de manter a saúde em um status de insolvência permanente. Não há outro parecer! Nunca se perguntou, se estes municípios (...), não poderiam ter seus médicos e pagarem o seu preço pelo desgoverno ou, uma intervenção estatal, ou ainda juntarem municípios! Também nunca se perguntou aos governos do Paraguai do porquê deste descontrole da saúde no Paraguai, que obrigava pessoas que produziam a riqueza no Paraguai, virem para Foz do Iguaçu, para terem atendimento médico, precário.

Em 2010 um vereador, hoje vice-prefeito, subiu à tribuna da câmara municipal de Foz do Iguaçu e disse: “A Santa Casa é assunto vencido”. O sindicalista da saúde – até hoje, é o mesmo – não acreditou que o vereador havia dito isto.

Outro dia, falei com o sindicalista e propus a ele que abrisse uma CPI do salário dos funcionários da Santa Casa. Afinal não foram indenizados. Os médicos recorreram em grupo e nada aconteceu. Ninguém se manifestou. O sindicalista disse que é a favor da CPI. 

No entanto, creio que não se trata de CPI. Foi uma ‘força de expressão! A CPI, ou qualquer coisa que envolva o Estado (este estado metamorfo socialista) não pode ter bons resultados. É como um casamento. Duas pessoas se amam e passado um tempo se desentendem e quem vai resolver é o Estado? Evidente que não! O Estado divide os espólios e tira a sua parte, o que diminui substancialmente o patrimônio conquistado a duras penas, por duas pessoas que se amavam. E ainda existe um outro elemento, os herdeiros desta situação. Neste caso, da Santa Casa, a única ferramenta é a PUBLICIDADE e discussão da verdade. Ela vai aparecer! E vai agradar e desagradar.

O prédio da Santa Casa continua vazio. Não houve indenização dos funcionários da Santa Casa. O dinheiro destinado ao pagamento dos funcionários, abaixou, cresceu, abaixou de novo, cresceu de novo.

O sindicalista da saúde em 2005/6 foi ameaçado de multas e saiu da cidade. Ele era do partido do atual vice-prefeito, e depois tentou refúgio no PT, até que “percebeu que havia saído do fogo para a o tacho de gosma fervente”. 

A impressão, que se passava na mídia e nos meios partidários e sindicais, sobre o sindicalista é que, tudo o que ele dizia, era loucura! Ele fôra útil ao partido, enquanto dilapidavam (econômica[mente]) as condições de trabalho na Santa Casa, nos anos anteriores, possivelmente com a intervenção da prefeitura, a título de ajuda. Depois disto, ele caiu no esquecimento. Sua aventura política no PCdoB havia sido trágica. Ele não soube calar, quando acreditava que estivesse defendendo seus colegas de trabalho e pior, pensando que o partido o apoiava, quando de fato, não!

O sindicalista havia pressentido já em 2006, que a destruição da Santa Casa era um plano político. Mas não sabia explicar isso. Ninguém sabia. Tudo parecia se resumir em dívida, falência. Simplesmente queriam o controle da saúde. Talvez para usa-la como ‘movimento social? 

A explicação era a falência. O sindicalista de “trabalhadores de hotéis”, certa vez perguntou a Paulo, qual era a dívida da Santa Casa. Deu a entender, que ele ajudaria a pagar a dívida, que acreditava que fosse em torno de R$4 milhões de reais. (**). No entanto, o prefeito afirmou que eram R$14 milhões. Ele não acreditou! 

Este dinheiro, a prestações, foi entregue pelo grupo Diplomata, representado por um deputado de Curitiba, o senhor Alfredo K. Certamente, o senhor Alfredo, supôs que isso serviria como indenização dos 600 funcionários e talvez alguns fornecedores. Esta conta, dos fornecedores, não lembro de tê-la visto em lugar algum.

O grupo Diplomata, iniciou os pagamentos dos quatro milhões do prédio e terreno, não obstante parece não ter dado sequência às prestações.

(*) - Por duas eleições (2006 e 2014) o PSDB teve a oportunidade de tirar o PT do páreo na eleição presidencial. Em 2006 foi entregue ao José Serra documentos sobre as pretensões do Foro de S. Paulo, Serra ocultou! Em 2014 o primeiro teste fundamental das urnas eletrônicas de que se teve conhecimento: a <<apuração secreta>>, feita por Toffoli e 23 petistas. Aécio visivelmente embriagado, parabeniza Dilma pela vitória.
(**) - Afinal, um outro sindicalista do comércio, havia ganho um prédio (em Foz do Iguaçu) da Federação Sindical do Comércio, que valia alguns milhões. O sindicalista de hotéis pensava que seria possível a Federação Sindical do setor de serviços, em nome do sindicato, ajudar com a dívida da Santa Casa.

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