quinta-feira, 18 de agosto de 2016

FOZ DO IGUAÇU, TURISMO, FÉRIAS



NÃO MAIS, QUE UM DIA, DE FÉRIAS.

“O ódio é uma eficaz ferramenta dos psicopatas, tão eficaz, que os transformam em pessoas mais que normais...


A esposa de Marcos convidou-o para sair à noite, uma noite de quarta-feira, com umidade no ar. A cidade, é cercada de um imenso rio e, de um enorme lago criado pelo homem, para servir como depósito de água, volume e pressão de água, para mover a maior hidrelétrica do país.  A hidrelétrica e comandada por um sujeito natural da região e um conselho de várias pessoas simpáticas ao partido do poder, real.  Marcos, de férias, de um serviço que não sabe ao certo se quanto voltar, o emprego ainda estará à sua disposição. Pois que estão mudando o sistema para reduzir custos e tudo pode ser substituído por “cartões eletrônicos e senhas”...

Na manhã de quarta-feira, Marcos foi entregar um livro na biblioteca. O livro era de Raymundo Faoro, Os Donos do Poder. Havia ligado para a biblioteca pedindo mais prazo, até quinta-feira, no cartão da biblioteca, tinha o telefone para isso. Ficou surpreso quando, ao entregar o livro, na quarta cedo, foi multado por atraso na entrega do livro. Preferiu não discutir e pagou.

Sabia que a biblioteca da cidade fora tomada por organizações comunistas e havia se transformado em Fundação Cultural, cujo único contribuinte da <<Fundação>>, era o governo, que contribuía com o dinheiro dos impostos através da lei Rouanet.

Marcos pagou, é certo, o valor era simbólico, o mesmo valor que se dá às “flanelinhas”, sem flanelas, que estão em todos os lugares das cidades do interior, concorrendo com os parquímetros; outro tipo de flanelinha, eletrônico, também acionado por cartões em forma de chaveiro e moedas. Então você paga o parquímetro e o flanelinha.

Nestes locais há um conflito de interesses entre uma pessoa (flanelinha) e o Estado, que chegou ao ponto máximo de sua asquerosa existência transformista. Também há conflitos com relação ao estacionamento comercial. O estacionamento deveria servir aos clientes, entretanto, quem estaciona, são os funcionários e o dono da loja! Isso é burrice. Entretanto, a burrice evolui, se eles não estacionarem, outros, lojistas, estacionarão. Logo se teria uma situação ridícula: um lojista e seus funcionários, estacionando seus carros, na frente de outra loja e, o outro, estacionando na sua.

Um, mostra a cara, pede para cuidar do carro e fica “no ar”, uma suspeição de que se você não aceitar seu carro pode violado. Outras pessoas que trabalham como “flanelinhas”, geralmente onde não há parquímetros, são amigos e quando você não lhes dá o dinheiro, não julgam nada. Outro, a máquina, caça níqueis, calcula exatamente o seu pagamento, pela ocupação da vaga pública, se não depositar a moeda equivalente ao tempo decorrido, incorre no risco de multa, que é feita por <<inspetoras de quarteirões>> e depois se cobra por vias legais, através do poder coercitivo do Estado. Seria melhor o ônibus!

Na volta para casa naquela manhã de quarta, Marcos e Júlia, os dois com idade madura, resolveram tomar um café na padaria, uma padaria próxima à Praça da Bíblia. Enquanto Júlia se dirigia ao balcão, Marcos pegou o jornal que estava em uma mesa na parte de dentro da padaria. Ao abri-lo, no Editorial, do jornal da cidade, o único diário, havia um comentário sobre corrupção, mas isso não impressionava mais, era como “pó de açúcar no sonho”, leia-se pesadelo..., - o que chamou a atenção de Marcos, foi uma lei que não sabia existir: a <<lei da empresa limpa! >>. Quer dizer: empresa privada! Limpa! Logo percebeu que o país havia mudado <<internamente>> e não só externamente e que a mídia, fosse ela qual fosse..., - salvo um ou outro caso da internet, (enquanto é livre) a mídia apenas <<ganhava tempo>>, para que o povo assimilasse o novo país, que já estava em “pleno vapor”. Um país, ainda socialista! Rumo ao comunismo, ao totalitarismo. Por simples inveja!

Pensou..., - nem o comunismo é de se estranhar, afinal o Brasil é um país nacionalista há décadas, antes de 1960, quando os comunistas, quero dizer as organizações comunistas internacionalistas, por princípio, perceberam que a índole do povo havia sido formada em um falso conservadorismo, fundado no nacionalismo do pós-guerra, desde a primeira Grande Guerra. Bem, a história da primeira grande guerra é bastante conclusiva a partir da revolução bolchevique – esta, conclusiva a partir da revolução francesa -, que lutava e lutará sempre contra seus próprios demônios.

A lei sobre a “empresa limpa” (de corrupção), trata-se de uma empresa cujo dinheiro de sustentação da empresa é privado: de uma pessoa, da família. A pessoa investe o seu dinheiro e cria sistemas de controle, na medida mesma em que a empresa cresce. Isso deveria ser bom para o país. E todos, que tem posses, deveriam usar este poder para multiplica-lo e necessariamente dividi-lo, até que todos tivessem o poder de produzir e comprar e manter a vida segundo as várias opções de existência criadas pela cultura, sã!

O proprietário, ou proprietários, são preocupados em que a empresa prime pela honestidade, tanto dentro da empresa, quanto ao consumidor. Veja a preocupação dos fabricantes de vacinas! Como são preocupados com a saúde pública! Entretanto, como o Estado brasileiro, foi formado por pessoas famélicas de poder e dinheiro, dentro de um contexto de um nacionalismo híbrido (nacional e internacional, socialismo), com o propósito mesmo de inviabilizar o Estado dito democrático e criar outro totalitário..., - enquanto o fortalece, ao democrático ao extremo..., - criaram leis, para dificultar a legalidade da empresas, dentro deste modelo de Estado transitório, onde as empresas, <<não pudessem comportar>> diretores, administradores, advogados e, que ficassem à disposição de contadores e eles próprios, vulneráveis aos interesses do Estado mutante.

Assim a única conclusão de Marcos era a de que a “empresa limpa”, seria a <<chave>> principal que abriria as portas da empresa privada ao controle dos burocratas, tecnocratas e liberais estatistas, do estado totalitário. O objetivo óbvio: a tomada da empresa, ao proprietário, passando-a para o que, e quem seriam, agora, os próprios corruptos brincalhões.

O resto do dia foi pequeno, à Marcos. Havia notado que as pessoas estavam totalmente entregues a um modo de vida que não mais reconheciam. Pairava no ar um ódio, um clima de horror e ignorância, um ambiente fingido, com aparência de normalidade. A aparência de normalidade ficava por conta da mídia e o evento das olimpíadas, onde se divulgavam vitórias e derrotas de atletas e, ao mesmo tempo: prisões, invasões, explosões e assassinatos, no mundo. A mídia passava duas informações uma forçada e outra, de terror. O que, isso combinado significaria? Na cabeça de uma pessoa que considera a mídia e a universidade (tomada de comunistas) o único meio de informação?  
O país havia criado monstros, ao invés de gente normal. Normal, com todos os entraves da existência. Limitações, que se enfrentam com dignidade e, que existem por existir, por fazer parte da própria estrutura da realidade, como é a morte do corpo: a contradição vida e morte, de algo feito para morrer? O corpo! Antes as pessoas aceitavam isso com naturalidade e isso criava um ambiente de solidariedade e respeito ao ser humano. Mas, não era isso o que se observava. O que se via era desconfiança, medo e muito fingimento. O que parecia é que uma pessoa cobrava a outra por suas próprias desilusões. Desta forma isso nunca teria fim. Sequer a igreja, sobrevivente e mesmo assim, parte dela já consumida pela doença social, dava algum tipo de esperança real, em Cristo. Do exemplo de Cristo, o maior de todos os evangelhos.

Júlia havia programado de fazerem as coisas de manhã e no final do dia irem à Missa e depois sairiam para jantar. Um presente de férias para Marcos. Quando chegaram à igreja, faltava apenas dois minutos para começar a Missa. Um padre auxiliar, latino e outro, haitiano. Os músicos também latinos. A missa correu com bastante cantoria, com vilões, bumbos, cavaquinho e flauta peruana. O tema da Missa, foi:  “Os últimos serão os primeiros e os primeiros, os últimos”. E tratava da inveja.

Um fazendeiro que foi à praça quatro vezes para contratar peões, para a colheita da uva e que pagou “uma moeda” pelo dia de trabalho; desde aquele, que chegou cedo, até o último, que chegou às dezessete horas e trabalhou uma hora. E que isso causou inveja, àqueles que haviam chego, cedo. Entretanto, em todos horários, haviam tratado o mesmo preço: “uma moeda”.

Marcos pensou que se isso virasse hábito, em um país como o Brasil, com a cultura corrompida, multicultural, de uma harmonia lúgubre, conforme se noticiava todos os dias..., - todos sairiam de suas casas, rumo à praça, exatamente às dezessete horas. Quando o fazendeiro, teria que oferecer mais vantagens para que as pessoas saíssem cedo. Ou bem admitia o instinto de preservação, ou usaria a força! Convenhamos que usaria a força! O que é próprio do totalitarismo. No entanto, o que o fazendeiro pagava era o suficiente – em dinheiro – para uma pessoa viver o dia, o que remetia o tema, à lógica socialista.

Nos dias de hoje, isso seria a empreita. Que as prefeituras promovem quando em situação de total miséria. Aquilo dito na missa tinha uma característica de Estado totalitário! Mas porque a Igreja estaria metida nisso? Ou melhor, que igreja estaria metida nisso? Talvez não fosse a Santa Igreja, mas algo que não era a Santa Igreja Católica, mas um similar, opaco.

Uma <<santa>> que não lembro o nome, certa vez, ao assistir uma Missa, viu dois demônios grudados no pescoço do padre. Não obstante o padre erguia o Ostensório. O padre poderia estar em “maus lençóis”, mas, estava cumprindo sua função, assim como um vendedor de carros Fiat, com graves problemas familiares, não deixa de vender carros. É como se Deus permitisse tal situação, em sua casa, não para ver o que vai dar. Ele sabe no que vai dar. Mas seu amor à pessoa, que Ele amou, mesmo antes de existir, dá, à pessoa, todas as chances de ela se redimir, de outra forma, de lutar contra o mal (demônio), por provação. Não lhe tira este direito nunca. Sempre há a possibilidade de arrependimento! E evidentemente casos deste tipo, que cada vez mais, se tornam comuns, acontecem nos ambientes cristãos, para destruir igrejas, trocando uma Divindade, por outra. É uma característica do ateu, que não se sabe ateu. Isso foi a história de Nietzsche! Que morreu segurando um crucifixo, quebrado!

Marcos e Júlia, deram o dízimo e saíram um pouco antes do fim. Seguiram para o restaurante que era o propósito de Júlia naquele dia. Um restaurante japonês. Frequentado por “celebridades”, daquele pequeno mundo regional. O restaurante estava repleto de muçulmanos comerciantes, proprietários, secretários de estado, o presidente da maior hidrelétrica do país também estava lá, após cumprimentar amigos do estado municipal, sentou-se sozinho e assim permaneceu até ir embora.

Marcos lembrou de um filme inglês, que diz a respeito, do tempo de Jack o estripador, quando se pratica uma medicina de experimentos científicos, aos moldes de Frankenstein. O tempo dos “tanques de ácido”. Quando uma pessoa descobre as atrocidades cometidas em hospitais experimentais, do governo..., - e após sofrer vários atentados, por querer revelar a verdade, à sociedade, é convidado a uma festa e nesta festa, descobre que todos aqueles que viu, cometendo atos terríveis, eram, a própria sociedade! Uma festa privada aos dominantes, (estatistas, comunistas), onde as pessoas normais, aos olhos destes semi-deuses sociais, parecem, não existir, exceto, em dados estatísticos. Um destes..., - que vê a Região, como números, como se estivesse revivendo as teorias de Pitágoras e não percebesse que a própria estatística só é proficiente, na medida mesma, da lógica de um sistema definido e aceito socialmente. Fora disso, seria como admitir normalmente, estatisticamente, que é o que se faz, o assassinato de sessenta mil pessoas ao ano, como acidentes de percurso, de falha na lógica...


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