quinta-feira, 14 de junho de 2018

Zona Franca


Zona Franca

Na cidade de Foz. do I. são mais de 100 galpões abandonados.




Isso é apenas um pequeno ensaio e rápido. Particularmente na cidade de Foz do Iguaçu, estão usando de artifícios dentro da própria câmara municipal, contra vereadores, para que o principal passe desapercebido, comentado, discutido, que é a drástica definição de Zonas Francas. Drástica no sentido mesmo em que, foram criados os monopólios, trustes, cartéis e passou desapercebido e, hoje, comandam a economia com o Estado como parceiro. Ou seja, lhes tiraram o capitalismo e não avisaram os capitalistas. Ao menos, aqueles das cidade médias e pequenas.



Por: Luiz C.S. Lucasy – FozVox


     Um dos significados de Zona é, ser região com certas peculiaridades (de clima, de vegetação, de ocupação humana, etc.). Franco, um dos significados, é ser isento de tributos, impostos ou qualquer pagamento.
     No Paraguai, as contas de luz e água, tem o preço, que tinham, as contas, no Brasil até o início do regime militar, com a vantagem para o Brasil, onde a conta de luz, elas eram consideradas como: ação e havia ressarcimento de dinheiro, isso acontecia até quando, ‘inventaram’ o IPTU e também acabaram com ‘as ações da empresa inglesa light’. Os impostos no Paraguai se resume no IVA.
     Seria o Paraguai todo, uma Zona Franca? O Mercado Chinês é uma Zona Franca, que não se restringe a uma zona e está em franca expansão em América Latina: tanto no modelo de zona franca, quanto no modelo capitalista. Lembrando que do ponto de vista Chinês, quando adquire 30% da distribuição de gasolina, gás e diesel de uma distribuidora de Pernambuco, ela, que adquiriu, a empresa chinesa é o Estado Chinês. A distribuidora pernambucana igualmente só existe em função do Estado brasileiro. É importante entender isso.
     A Zona Franca significa que as fábricas não pagarão impostos na produção de mercadorias, logo, oferecerão produtos mais baratos.  A folha de pagamentos será isenta de tributos.
     Manaus é uma Zona Franca e têm indústrias da China e acontece uma relação de trabalho que se confunde entre o bloco de trabalhadores chineses e brasileiros.
     No Brasil se tornou comum e de certa forma justificável, se cobrar as contas básicas, de luz e água, conforme ‘a cara do freguês’. Conforme a região da mesma forma e com a mesma lógica do ‘mundo imobiliário’, faz com terrenos, casas e alugueis. De fato, essa coisa de região rica e região pobre, parecia uma espécie de ‘justiça e equilíbrio’, até que, não se cobrou mais, contas de luz e água para os mais pobres e se criou um programa de auxílio permanente como o Bolsa Família e os “retiros”, como o MST e os Índios. E eles começaram a receber enormes somas de dinheiro, (os agentes, líderes), para pensarem e fazer pensar, exatamente, o-quão-benéfica, era sua situação, criada e sustentada pelo governo.

     O tweete do presidente dos EUA, Donald Trump se referia ao que ele vê como vantagens comerciais injustas: se a moeda de um país é artificialmente baixa, suas exportações são mais competitivas.
     Vamos nos ater ao princípio do artificialismo da moeda. Primeiro, que está acontecendo, segundo, é possível ficar permanente? Terceiro, a intervenção do Estado, no artificialismo não é uma intervenção é o próprio Estado.
      O que, significa dizer, na atual situação em China, que a pessoa ganha o equivalente a trinta dólares por mês, trabalha ininterruptamente e ‘do resto’, suas necessidades, são mantidas pelo Estado/governo (Birô do Partido Comunista Chinês). Enquanto o Estado estiver em condições de crescer ininterruptamente, o que vai de encontro (e, é contraditório ao artificialismo da moeda), ao que criticavam no capitalismo e que inicialmente pensavam resolver com os monopólios, e pensando criar uma solução no ‘socialismo’, acabaram por retornar ao ponto inicial, certamente com outro estamento burocrático. Mas longe de solução, ao menos, humana.

     No caso do trabalhador Chinês, nas indústrias chinesas em Manaus, eles ganham duas vezes: uma vez em China, como todos os chineses que trabalham nas indústrias e uma vez no Brasil, com o salário do Brasil. Ou será, que os chineses no Brasil, ganham como ‘ganhavam e ainda ganham’, os médicos e agentes cubanos no Brasil, quando o dinheiro ia para Cuba? Será que o dinheiro ganho pelos funcionários chineses no Brasil, vão para a China? Se for assim, abre-se um novo campo na economia. A custa do trabalho, ao invés de somente médico e agente, agora; agente, operário, engenheiro e administrador. Tem sido o papel de Cuba, por muitos anos quando o Estado Comunista Cubano, a título de ‘ajuda revolucionária’, ou não, vende seus serviços a preços nada módicos.
     Existe uma Zona Franca em Xangai (ex possessão inglesa) e outra na divisa de Rússia com China. Mas, a região é oriental e estão acostumados àquela forma de vida, onde a pessoa vale tanto quanto, ou menos, que um cachorro que lhes serve de alimento, por falta de gado, que não é do interesse do Estado. Enquanto na Índia a vaca é supostamente protegida. Quando, na verdade é artigo de luxo, para os países da região. Lembre-se que nestas regiões o Estado manda em tudo.

     Agora, no Brasil, querem criar a Zona Franca entre Brasil, Paraguai e Argentina. É o que imaginam quando usam o termo: “cidades gêmeas”, referindo-se aos três países, de forma artificial.  De certa forma isso, tem a forma, de uma grande loja, que envolve Estados e governos, para se contrapor ao Estado e governo de outro modelo de economia. E muito mais fácil quando este Estado/governo, vem destruindo o modelo de economia nativo. Diga-se, economia que deixou de ser respeitada e, se respeitar, ao menos desde décadas, precisamente, quando começam os monopólios, com ‘segundas intenções’. Os monopólios são os primeiros a se integrarem nesta ‘nova loja mundial’, as Zonas Francas.
     O Camarada Lênin dos Russos, já dizia que forma de destruir o sentido, o ‘espírito do capitalismo’, algo próximo da liberdade de trabalho, que para Lênin significava, qualquer um destes, o capitalismo, a liberdade, um concorrente ao Estado/governo, era taxar com impostos (e, outros) as classes, conforme suas posses. No outro extremo, que considerava, isenta-los e coloca-los sob o ‘manto do Estado’. Esse conceito estatal de taxação já significava o domínio sobre o sistema de capitais. E taxa-las, às pessoas, com impostos progressivos. Isso vem acontecendo no Brasil e confirma e reafirma o domínio do Estado sobre ‘todas as coisas’.
     No estado e governo, isso aconteceu com o salário dos funcionários públicos, que sempre ganharam bem. Para que pudessem morar bem, ter carros, ter a possibilidade de ‘abrir um negócio ou, se associar a um; ter uma aposentadoria antecipada, por motivos mais variados, até por demissão forçada (1) e esse ‘imposto’ é cobrado sobre a Renda. No entanto, o corporativismo, dos sindicatos do Estado, encontrou uma forma de ludibriar isso, repassando ao funcionário o valor do imposto a ser recolhido. Assim o funcionário pagaria um imposto simbólico. Claro que tudo isso acontece em um momento de transição e, de profundas transformações quando se quer destruir o que existe. A Zona Franca é algo muito semelhante.
     Quando um governo municipal e Estadual se dispõe a criar uma Zona Franca é porque já estão convencidos de uma coisa, ao menos; “que o sistema capitalista em vigência, está em decadência”. De fato, as indústrias se juntaram à China e abandonaram seus distribuidores, por isso, a escassez de variedades. Isso quando um distribuidor não trabalha apenas com uma marca de produtos. De resto, tudo é centralizado em outra modalidade, não de Zona Franca, precisamente, mas de monopólio, que são as vendas de internet promovidas por gigantes do mercado.
     Note que estou levantando alguns pontos. Pois que, se um jornal principal de cidade, onde as pessoas são pagas para fazerem o que fazem e deveriam fazer muito mais e não fazem; se uma câmara municipal, sindicatos privados e do estado, associações diversas, deveriam discutir a situação e não discutem e, assentem ao primeiro aventureiro que lhes aprece na frente e se atém, ao institucional e o institucional sabe menos ainda, e não se decide com clareza, considerando que a situação ‘econômica’ é infernal. Então, isso me permite, fazer considerações ou levantar coisas com as quais ninguém está se preocupando.
     Por exemplo, os defensores da Zona Franca, eles pensam com a cabeça ‘do comerciante regional’, uma nova modalidade. Você tem o comerciante que pensava com a cabeça do comerciante e seu negócio. Agora, você tem, não um comerciante, mas um ‘agente’, que pensa o comércio do ponto de vista a região. A região deve prosperar! As consequências não tem peso algum neste ímpeto de autoafirmação.  Os empregos devem crescer, segundo a sua lógica. Aí voltamos a questão de Trump sobre o artificialismo. E também sobre a provisoriedade ou não, do sistema. Considerando, que as pessoas, egoístas, individualistas e com uma má ambição, ajudaram a desmoralizar o País e, a economia, mas em tudo isso, estavam ‘metidos’, os mesmos que estão hoje ‘metidos’ na Zona Franca de caráter nacional e internacional. Por exemplo, quando tiraram os terrenos populares das cidades. Quando se associaram ao transporte de massas. Quanto tomaram a saúde e a educação, porque aí correm verbas fabulosas.
     Bem, as coisas se encontram e são sempre os mesmos. De pai para filho, no capitalismo, na democracia ocidental e no comunismo. Por isso, as várias faces da mesma sociedade. Uma sociedade sem Deus evidentemente. E com isso cresce o fingimento, a falsidade e o ódio. Ora, o método de Lênin, significa: “tirar dos ricos para dar aos pobres”, absolutamente não! Significa sim, destruir poderes potencialmente concorrentes e leva-los ao nível dos pobres de fraqueza total e subordinação canina, como o MST, o Bolsa Família, Centrais sindicais e etc. Onde eles saem fortalecidos graças à miséria. Basta observar a vida em Cuba e Venezuela.
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1 – Um cidadão, da antiga, ‘guarda civil’, que não usava armas, na cidade de S. Paulo, ficou contrariado com a mudança no sistema quando criaram a Polícia Militar. Certo dia, apareceu no quartel, como ‘Keep’, virado do lado, um pé calçado, outro com chinelo, camisa aberta, o paletó azul nas costas etc. Foi aposentado como ..., louco. Imediatamente e o aposentaram para que não criasse problemas e chegasse aos meios de comunicação. Depois, passos alguns meses, ele explicava, o ocorrido, aos amigos, que se solidarizavam, considerando que a Polícia Militar era bem pior que a Polícia Civil, era o que achavam.


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