terça-feira, 26 de março de 2019

A ALIANÇA DE JB


26032019 0719h A Aliança



A ALIANÇA DE JB


Sem pretensão alguma sugeri que JB indo a Israel fez uma pequena Aliança de compromissos com Deus e fui chamado de herético por isso. Claro que isso não me incomoda em nada, eu sei o sentido em que disse isso e tem a ver com uma certa Ordem na história exposta por Eric Voegelin em seu livro: Ordem da História – Israel e a Revelação. [Eric V. nos foi apresentado por O. de Carvalho].
Certo é, que nesses dias, nascidos do século assassino, eu próprio nascido no meio deste século XX, não tivemos moral humana para nos reportar dignamente ao século XXI, mas, oportunamente, “quem não tiver pecados, que atire a primeira pedra".
Quando dizem que vivemos uma 4ª revolução industrial ou, que o Agronegócio é o quem vem sustentando o Brasil, são boas e más notícias. Boas porque significam que se alcançou alguma estabilidade de produção real [tecnológica] e más notícias, porque isso sugere uma concentração de poder e um sentido único de evolução do mesmo, na contramão da Ordem social, no que tange à ocupação e renda.
O MST, independente de seus objetivos obscuros [treinamentos de guerrilha etc.], se quisesse produzir o que produz o Agronegócio, teria que se conveniar ao Estado assim como o Agronegócio. E porque isso não aconteceu, “no seu governo”?  O governo de FHC a Dilma, deslocaram o eixo do MST como produtor, para MST como, agente de política.
Forçando algo que não deve ser forçado, o governo poderia induzir ao povo a comprar apenas produtos do MST – da empresa MST – e porque não fez isso? Bem que tentou, mas, logo percebeu que, se o Estado ajudava o Agronegócio e este, existia para exportação [China e tal] e, não necessariamente o mercado interno e, a ajuda ao MST, teria um viés ideológico, isso não impediria que o MST se tornasse uma empresa do Estado em oposição à ajuda <<relativa>>, não total, ao Agronegócio. Seria como trocar, não 6 por meia dúzia, mas, por uma dúzia inteira! Some-se a esse problema – de viés ideológico –, as empresas de alimentos, os fornecedores de sementes, fertilizantes, química, controladas por transnacionais. Fato é, que essa idéia foi descartada e Lula foi o objeto de uso por forças políticas do Oriente [Rússia, China, Oriente Médio] a criar infraestruturas em diversos países se aliando a empreiteiras nacionais, visando uma estratégia de inserção do mercado do Oriente no Ocidente.
Alguns perguntam porque Lula, não investiu em infraestrutura no Brasil? Ao contrário, construiu “salões de festas e estádios”? E um projeto habitacional que mais favorecia aos donatários locais, do que propriamente, ao povo e, ao “mercado imobiliário”, especialmente nos preços absurdos que o governo brasileiro pagou pelos terrenos, nas diversas cidades, a fim de aliciamento político. A essa pergunta, a única resposta é a ação de Lula com vistas a um futuro hipotético, que se reproduz desde o NE e Sul.

Agora, retornemos a JB. Apesar da gigantesca dívida deixada pelos governos anteriores, o atual governo não está se propondo a construir uma estrada de ferro norte/sul? [Estações, vilas etc.]. Não está se propondo a resolver definitivamente o problema da seca no semiárido? [“indústrias de dessalinização]. E isso não é bom para alguns Estados do Nordeste. E o que ele prometeu para as outras regiões? Que prometeu ao Nordeste? [E, Norte]. Nada! E as outras regiões se sentiram ofendidas com isso? Creio que não! E porque os nove governadores do Nordeste se unem contra JB?
Há razões que a própria razão desconhece, isso é verdade. Então, quais foram as ações do bloco político do Nordeste quando da industrialização no Brasil? Seguindo a lógica de JB e na época, dos militares [Itaipu, Transamazônica, Imigrantes, Castelo Branco], porque os governos do NE não se uniram para construírem uma potente indústria Naval? [Trens, caminhões]. Entre outras ações que isso proporcionaria, a melhor delas seria a de distribuição de tecnologias desde o Sudeste, passando pelo Nordeste e o resto do País – um País continental!  No entanto, preferiram a contra-mão do desenvolvimento e o inchaço de cidades, como que, se aproveitando de um momento, que não poderia e não iria durar, à propósito!

Inegável é, a ação do mal. Pois em tudo isso, sempre quem paga é o povo. Vejamos uma situação. No período da industrialização 70/80, as pessoas não pensavam em trabalhar no Estado, elas preferiam as indústrias. As indústrias trabalhavam de 2ª. a 6ª., tinham refeitório, assistência médica, transporte da empresa, bons salários, promoções e incentivavam as pessoas ao estudo e eventual colocação, tinham creches!
O Estado nada oferecia, mas invejava os salários e, a dignidade dos diretores das multinacionais. E fizeram de um tudo para inverter essa situação a seu favor e foram bem-sucedidos. Daí o termo “corporação”.
Evidente que havia um acordo com as multinacionais e Juscelino de 20 anos de linha de montagem. As indústrias não poderiam cristalizar um modo de produção arcaico, em um País, quando os outros países avançavam. Por isso o tempo de 20 anos. Quando coisas boas poderiam ter acontecido. Mesmo assim, com a concorrência internacional, seguraram o máximo possível, o mesmo modelo de produção. Isso ficou marcado pela incompreensão e arrogância do governo Collor quando ele afirma que “as montadoras produziam carroças ao invés de automóveis”, mas, o mercado brasileiro, poderia pagar automóveis especiais? Talvez Collor pudesse, e ninguém o impedia de comprar um automóvel em Itália ou, EUA.  E ele comprou um Fiat Elba!
Com a “quebra do parque industrial brasileiro”, que está além das montadoras de veículos, mas que surgiu em função delas, o Brasil sofre um grande “baque” econômico que os governos [FHC, Lerner], tentam compensar com os Parques Tecnológicos, trazendo para si [o Estado], cópias desbotadas, do que seria a tecnologia ao vivo e a cores, nos milhares de empreendimentos indústrias.
Esse episódio tem o seu ápice na compra dos Aviões Gripen da Linkoping de Suécia (um País que nunca entrou em guerras). E isso tem um significado importante: O Estado assumindo <<como oposição>>, o lugar das indústrias capitalistas de outros países, mas também, anulando o potencial das indústrias brasileiras privadas. O que coloca o Estado em situação de preferência e na condição de “dono do país”, quando deixa de cumprir a função constitucional e os três poderes se fundem em um único poder!
A consequência disso, foi a corrida pelos empregos no Estado! O que o inviabiliza enquanto seu objetivo original com relação à maioria da sociedade. As consequências disso serão desastrosas, como vemos hoje em dia: barragens que se rompem, acordos espúrios com monopólios nacionais e estrangeiros, oposição do Estado à iniciativa privada e a tentativa deste [o Estado], de monitorar e controlar a iniciativa privada e um inevitável, governo mundial de Estado e grandes impérios econômicos, além de uma substancial alteração na economia [industrial] e um virtual e inútil turismo! Cujo único mérito e não ter nenhum e ainda gerar empregos terríveis no uso integral da vida das pessoas.
Politicamente, o fortalecimento do Estado une os grandes impérios econômicos e o comunismo – antes, inimigos mortais; uns controlam a economia - o lado obtuso do agronegócio, já que o Brasil se tornou “eminentemente agrícola” – e o outro, controla as massas, criando-lhes ilusões e perspectivas irrealizáveis e as realizáveis, sabotadas pela pressão das leis crescentes e o virtualismo dos negócios de papeis machê, a que os jovens se entregam como “barro na água corrente”. 
Bem, não é objetivo desse escrito se aprofundar, mais do que já o fez, mas apenas fazer notar que heterismo é uma herança dos nossos tempos. E ida simbólica de JB a Israel pode ser um sinal contrário a esses tempos terríveis.



2ª. Parte

Falamos da ação do Estado e governo. Sabemos que eles representam o povo. No entanto, o povo, apesar de os eleger de dois em dois anos, ao povo, parece que eles são sempre os mesmos. Desde um município (6 mil municípios), à Federação [abstrata], eles apenas se revezam. A Federação, que não é um Estado e não é um município e que, para se convencer a si própria de que é uma federação – como a federação do comércio, das indústrias, de tal ou qual sindicato, construiu seu habitat em Brasília, onde concentrados, simulam um poder central, onde, ao menos, sabem ou pensam saber o que acontece em todos os cantos do País, que é um continente com 27 estados (com dimensões de países). E de Brasília, deste comando artificial, criado à vontade de um governo centralizador e escuso às opiniões das grandes metrópoles, de antes, regurgitam e ejaculam leis cujo o objetivo é mais concentração de poder e arrecadação de impostos, taxas, tarifas etc. Além de alimentar, fisicamente e espiritualmente, uma horda de burocratas e tecnocratas, necessariamente, cegos à realidade da Nação. Ora, basta acompanhar as questões da previdência e não, do que está se tentando fazer para regular a situação, mas, do que foi feito da previdência, quando se une “em um mesmo balaio”, duas legislações de trabalho excludentes, onde a legislação do Estado se usa da CLT, para os próprios interesses corporativos.
Bem, disso todo mundo já sabe e é visível na grande, ou melhor na desesperada procura de empregos no Estado. O que inclusive, dá um novo <<sentido>> aos diplomas de “nível superior”, que servem unicamente para poder prestar um <<concurso>>, que evidentemente funciona nos municípios e nos estados, como funcionam as <<licitações>>.
Voltando às eleições. É óbvio que em breve [2020], os candidatos a vereadores e prefeito anunciarão as suas <<propostas>> de governo municipal. E elas não representarão nada, como sempre! De fato, a grande preocupação dos candidatos – infelizmente –, culturalmente, é apenas seguir o curso do que imagina seja o seu próprio futuro, aliado em outro nível muito superior, a si mesmo, em termos de mundo, porém, hipotético e irrealizável. O que é realizável o é, de imediato. Como por exemplo, o acontecimento inesperado, de forças políticas semi-organizadas, que queiram ter suas idéias de cidade e economia, contempladas nas vozes de seus representantes (...).
Evidentemente questões indigestas e às vezes inapropriadas às divisões estratégicas mundo político, mas que equalizam situações reais com o objetivo de eliminar males sociais que são muitos e se somam e rebaixam a qualidade de vida a extremos do ridículo! Por exemplo, localizar os problemas das pessoas que trabalham na iniciativa privada e da própria iniciativa privada, portanto, empregadores e empregados. Em se tratando de legislação do trabalho, se o município pode ou não legislar a respeito, ele o faz com relação a legislação pública. Portanto, há um precedente: mudam horário, alteram salário, discutem previdência etc. e sempre, com larga vantagem à iniciativa privada, seja no horário de trabalho, nos dias de trabalho, seja nos salários e benefícios.
Para entrar no mérito dessas questões é preciso saber com clareza absoluta o que significa <<o modo de se ganhar o dia>> [em determinada cidade], em um determinado <<modo de produção e trabalho>> [Área de Serviços, por exemplo]. Para ser público, seja o que for, e nesse sentido a eleição é o melhor momento ..., para ser público, as coisas devem ser ditas com a verdade e o resto, é a ponderação popular, o que pressupõe a construção de um acordo social, assentido pela maioria.
Normalmente, para aqueles que criam as leis e os que as divulgam e não as cumprem no cotidiano de suas vidas [Estado versus IP], o sacrifício de outrem não aparece a ele, como algo tão ruim! “Pimenta no rabo alheio é refresco”. Não obstante a sua cegueira não o deixa ver que, o que é ruim para a maioria nunca será bom para uma minoria, há preços impagáveis, por exemplo, um ambiente cultural estúpido! Mas, apropriado a esse ambiente de morgue! Então, há uma correspondência. É claro que as grandes riquezas têm as mãos sujas. Isso é um fato gerador de uma sociedade doente! E, dos mesmos candidatos de sempre, com as mesmas propostas de sempre!
“Trocando em miúdos”, é óbvio que o capitalismo, com todos os seus problemas <<de ajustes>>, que caberia a um Estado legítimo, fazer, o capitalismo só pode existir em existindo “mercado de consumo” e “circulação de capital”. O capital de circulação em um município prejudicado, por exemplo, não é difícil calcular, o que se gasta diariamente em alimentação, combustível, água e energia e a contrapartida disso, no bem-estar social. Quando isso é racionado, isoladamente ou, em conjunto, a reação social é imediata: a pobreza salta aos olhos, na precariedade das instituições populares, então, os recursos dos “dominantes” é apelo emocional nas duas formas objetivas: tragédias e circo!
Há soluções e todas elas, na atual circunstância mundial, necessitam de <<ajustes morais>> e acordos com a sociedade. O que parece impossível, com os atuais mandatários ou estamento político, mas que, quando surge uma oportunidade ela não deve ser desprezada e essa oportunidade surgiu precisamente com JB, Israel e EUA [e outros países]. Ora, como agilizar um mercado sem não mudar as atitudes que o fizeram miserável? As pessoas têm que circular nas ruas, com tempo, dinheiro e perspectivas: de cursos reais e efetivos, que direcionem a um tipo de ganho enquanto se aprende. Os empregos não podem ser miseráveis consigo mesmos, tanto o empresário quanto o empregado devem ter paz e descanso e o que determina isso é a forma doentia com que se mantém os negócios, por conta das cobranças absurdas de um Estado inimigo e, declarado.

O capitalismo está se movendo no ritmo do Estado e não o Estado fazendo o que tinha que fazer para criar os <<ajustes>>, naturais no capitalismo. Logo, o capitalismo, deixa de ter o princípio de liberdade de mercado e segue rumos estranhos, a que dão nomes como <<inflação>>, que na verdade nada significa e que restringe o capitalismo sem nunca afetar ao Estado, que o regula ano-após-ano.
Bem, o assunto é longo, mas fica a mensagem, o que você gostaria que seu candidato a prefeito e vereadores, falasse, ou divulgasse ao público? Ele teria essa competência. O leitor teria essa competência para submetê-lo à vontade dos interesses imediatos das pessoas que trabalham na iniciativa privada e por consequência uma mudança substancial no mercado de trabalho? Em uma cidade?    

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