Assessores, Assistentes, de quê?
Pela lógica simples, um assessor de dentista, é alguém
que lhe ajuda com as ferramentas, com o paciente, com a esterilização, ou
trabalha no atendimento etc. Dependendo do “tamanho do dentista” e, do poder
aquisitivo de seus clientes, o assessor terá funções muito bem determinadas. E
normalmente, são pessoas vocacionadas
a isso. Cujo objetivo é se tornar dentista, ou protético, ou administrador de
consultórios
No caso de vereadores de cidades médias, com
bibliotecas “caindo pelas beiradas”, porque não sabem o que fazer com isso ...,
com uma fundação cultural cujo objetivo de cultura é arrecadar dinheiro em “feirinhas
artificiais”, que em havendo ambiente cultural, elas, as feirinhas, acontecem espontaneamente e com a participação das
pessoas “normais”, desde fora do Estado e no entanto, esse ambiente cultural natural é negado pela miséria e desgraça da
Iniciativa Privada para alimentar um Estado parasita ..., nesses casos, as
assessorias, têm a mesma medida
mental, pode mudar o avental, mas a cueca continua a mesma.
Fato é que há influências externas de corporações desde dentro do próprio Estado
[pressionando o governo] que não sabe o que fazer [na cidade], com uma
quantidade enorme de pessoas com os diplomas de quatro anos. E que não
encontram ocupação no mercado, porque
ele foi desestimulado e o único recurso é o serviço público e se acham
merecedoras do privilégio de ter um diploma e, no entanto, não são merecedoras de privilégio algum, na contramão da realidade da vida privada que pouco uso
faz, delas.
Agora, se a Iniciativa Privada (IP), além da vocação familiar, também faz pouco uso faz do diploma, diploma no
sentido de educação social, de pessoas que
a sociedade ajudou [com impostos, isenções etc.] a se formar, para que lhe
desse uma assessoria devida; em uma
sociedade equilibrada, sadia, com ambiente cultural e concorrência cultural,
bibliotecas do tamanho de um “centro de convenções”, ou nos ambiente internos
de Itaipu, com transportes à disposição etc., empregos decentes e inteligente
na IP, até como referência não
parasitária, do Estado, quer dizer se nada disso é real, também não é real,
a própria câmara municipal e ela prova isso, quando acha ou, permite que
corporações externas, lhes compliquem um pouco mais aquilo que já é deformado
desde o sentido de indicação da assessoria.
De fato, pela lógica oportunista, a assessoria
é auto indicada por aquele, que grudou na campanha do vereador. Ou, aquele
outro, que investiu dinheiro na campanha. Isso sem contar os parentes e amigos.
Ninguém em sã consciência pode negar isso! Acontece, porém, que essas pessoas,
esses indivíduos, passam a ganhar um salário maravilhoso para cidades
miseráveis, e daí para um diploma é um pulo e até, agradável e divertido! Portanto,
para estes que estão no poder, a nova medida não os afetará em nada e inibira
os próximos assessores, quando estes sim, deverão ter o “diploma”.
A questão é, isso resolvera qual problema? Com relação
à lógica oportunista, a condição é que, aquele “que gruda”, os parentes e
aquele “que contribui”, devam ter um diploma, doravante. O que pode ser, o
apoio de um pai ao político para empregar o filho diplomado. Mas, o problema é
esse?
Ora, a assessoria de um dentista médio, ela tem
tarefas determinadas e conforme o tamanho do consultório, as tarefas se
especializam. A diferença entre você esterilizar 10 ferramentas e ensaca-las e
esterilizar 300 ferramentas, vai uma boa distância e também melhores máquinas
etc.
E, no caso da política de uma câmara? Qual é a
especialização desse serviço?
Vejamos assim, se o prefeito é <<fã ou
agente>> do comunismo, a câmara deve segui-lo nas coisas boas e
rejeita-lo nas coisas, não tão boas? Por exemplo, uma multa de 180 reais de
estacionamento seria uma coisa boa, mas, os pontos deduzidos na carteira de
motorista, não seria tão bom! Essa é uma lógica do conveniente! Agora, se cada
lei que o Estado aprova tende a fortalecer o Estado com maior ingerência na
vida social, isso pode ser bom para o Estado, mas, não é tão bom, para quem
está sujeito a pagar por isso. Ora, cada nova fundação que o Estado avaliza,
cada novo aumento de salário e redução de horário de trabalho isso é bom para
quem vive disso, mas não tão bom para quem tem que pagar por esses privilégios,
que não existem – de maneira alguma – na grande maioria da sociedade. Mas, como
o governo, hipoteticamente é um comunista, seu interesse é fortalecer o Estado
para garantir o controle do Estado sobre a sociedade e isso é bom para esse
governo e, favorece muito, o Estado e as suas instituições que lhe devem
consideração. Quando na verdade, quaisquer instituições, inclusive de ensino,
deveriam ser cuidadas, controladas e subsidiadas pela sociedade, mas, como
vimos, em sociedade decadente e cristalizada, isso é uma impossibilidade.
Mas, é uma impossibilidade porque o Estado quer mais
do que não pode ter ou, porque a IP, os indivíduos, as universidades, mudaram o
seu <<eixo de interesses>> e se apegaram ao Estado, como salvação
de suas vidas? E este Estado, de uma cidade miserável, tem folego para manter
este bom nível de vida a parcelas da sociedade que precisamente são pagas para
pressionar economicamente, a parcela maior da sociedade? De fato, vem
acontecendo assim.
Os sinais da violência, da truculência e da falsidade
política começam a despontar como aviso de “mudança”. E também começa uma
concorrência terrível, dentro do ambiente Estatal e governo, entre aqueles que
estão colocados e os que estão querendo se colocar.
Na prisão de 12 vereadores [3 foram salvos] e dos 12
vereadores, 6 foram reeleitos e não iriam assumir, mas a “luta das assessorias
com a mídia”, foi enlouquecedora e atingiu a cidade ..., que convenhamos, não
se fez de rogada, e mostrou, sem necessidade normal de mostrar, o ápice da
humilhação que passaram, como presos normais, porque essa anti-propaganda
garantiria a posse dos suplentes.
E isso me lembrava outro fenômeno, o fenômeno do big
mensalão brasileiro. Ora, desde o primeiro deputado do período de FHC, que
retirou dinheiro dos Bancos dos Estados, para campanha política e nunca mais
pagaria aos Bancos [foram fechados], até o mensalão da cuéca e de R. Jefferson
..., todos eles e, cada um deles, dos “deputados”, sabiam que estavam roubando
o País. Da mesmíssima forma como todos os partidos e sindicatos sabiam muito
previamente, da “quebra do parque industrial brasileiro”, aliás desde o início,
sabiam disso e nada fizeram e ainda, os acusaram de “imperialistas”. E isso
sim, foi a verdadeira revolução golpista e covarde, que afetou a maioria do
povo brasileiro. A contrarrevolução de 64, perto disso e na contramão dessa
covardia, construiu estradas, gerou milhões de empregos e construiu Itaipu!
Voltando ao tema principal, mas considerando esses
protótipos de argumentação e, com relação ao que aconteceu com as “assessorias
dos vereadores” na cidade de F. do I., e considerando o que não foi dito, nesse
ambiente político primário e quase ginasiano, tanto da câmara, quando do
ambiente “universitário” ..., em que medida um diploma de quatro anos, por
simples acomodação funcional no Estado, supera ou faz a diferença, com relação
àquilo que não acontece no ambiente cultural de uma cidade com um único jornal
institucional [a mando do governo]?
Como disse acima, hipoteticamente, se o governo é
comunista, a câmara deve ser simpática ao comunismo? Se o vereador é evangélico
sua assessoria deve ser da Igreja? Se o vereador é um espertalhão, a sua
assessoria deve assimilar os trejeitos do vereador? Se um vereador é inculto
sua assessoria não pode ofende-lo, tendo mais conhecimento e se o tiver deve fingir
que não? Esse é o critério! Talvez haja, porque já vi, vereadores que contratam
assessores especializados em determinadas funções e isso começa a fazer
sentido, não obstante, não responde à assessoria em geral, pois que isso,
caberia à especialização dos trabalhos na
política, segundo as perspectivas da
sociedade majoritária que necessita
da política, no sentido de fazer ajustes nas relações sociais e econômicas; na
distribuição de rende mediante trabalho, no capital circulante no município
etc.
Porém quando, acreditam que a necessidade do povo, são
as “valetas nas ruas” os “morgues” etc., e chegam a comprar máquinas de asfalto
[o que deve ser feito é claro], o mais provável é que não querem nem saber
sobre as reais necessidades que o povo tem, de ter um governo que saiba o que é
governar uma cidade <<para todos>> e não, somente o Estado e seus
aliados da hora!
Teria muito mais a dizer nessa linha, mas, contento-me
em criar perspectivas, para que comecem a entender, que ser governo não é ser
amiguinho da sociedade organizada e sim, ser íntegro na medida mesmo dos
ajustes necessários na economia da cidade, para que ela, proporcione melhores
condições de vida, o que implica em cultura e trabalho digno. E isso sim,
interessa ao povo e direciona naturalmente pessoas vocacionadas à política, onde o diploma é apenas um exibicionismo
fútil.
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