Celino Fertrin e a Imprensa
Sua excelência o vereador Celino Fertrin, na tribuna, se referiu à
imprensa, escrita, televisiva, sites, como que, algo de "inflama"! Obviamente,
que inflama alguém, o meio social não, alguma coisa material, com pneus! Porque
inflamar a alguma coisa, também é real na política partidária. Há partidos, que
coincidência ou não, inflamam museus, terras privadas, pessoas nos morros, pneus nas estradas e
até inflamam fulminantemente pessoas a cometerem atos insanos. Mas Celino, não fez essa distinção. Nem teria tempo
para isso.
Portanto, o que C. disse da imprensa é perfeitamente cabível.
Infelizmente ele não deu exemplos. Deveria tê-lo feito para completar a ideia,
não obstante, isso é perdoável, porque sua intenção foi usar o termo
<<inflama> como <<figura de linguagem de exaltação consentida de
uma ação própria do jornalismo>> para o próprio trabalho de divulgação da
imprensa, o que é natural.
Dez jornalistas – livres – podem interpretar um fato de forma diferente.
Jornalistas, presos a organizações, o interpretam segundo os interesses das
organizações e assim por diante e, evidentemente, ressalta aos olhos do público
a melhor interpretação, a mais próxima
da realidade não necessariamente visível, mas que, estava lá para quem soubesse
olhar, ouvir e sentir. Os sentidos são apenas um passo à compreensão da ação da Alma. Totalmente invisível. Mas,
é essa que conta!
Na última matéria que escrevi dizia sobre um vereador, presidente de uma
câmara municipal hipotética, que havia afirmado que "na câmara, ao público,
eles discutiam e brigavam, mas, no cafezinho, se acertavam", ou que, a discussão era apenas um efeito midiático de seu trabalho,
portanto, uma inflamação de uma
situação para causar efeitos de merchandising.
Bem, precisamente esse é o nível atual
e há décadas, das câmaras e assembleias do Brasil.
E isso enseja a oportunidade
de falar sobre o contrário de
inflamar, que a imprensa também faz, e faz um ótimo trabalho, mais, para “colocar
panos quentes”, do que propriamente inflamar.
Na verdade, isso de tornar a política algo <<insosso>> é uma
característica dos <<para-parlamentares>> do Brasil das últimas
décadas, especialmente depois do Poltergeist de 2005 de Roberto Jefferson.
Uso o termo para-parlamentar, porque é evidente que o Brasil está em
<<mutação>>, não precisamente como a lagarta, mas, como a o “ser
humano de Kafka, que acorda se sentindo uma “barata estonteada de costas e
balançando as pernas”.
Lembro um escrito em uma “camiseta” que dizia: “Se o mundo não é o mesmo
porque a educação deveria ser” - assinado: Uniamérica, alunos de universidade.
Certamente, uma frase deveras envelhecida, tanto quanto a eterna, lógica
matemática. Evidentemente uma confusão
kantiana, literalmente <<dos diabos>>, que insiste no seu erro – artimanha
do Pai da Mentira –, “em crer que o homem no sentido planetário, pode ter toda
a compreensão do universo ou, que pode abarcar todo o conhecimento existente e
ser dono do próprio nariz e satisfazer todas as suas vontades”. Evidentemente,
anulando o invisível. Não obstante o que dá alguma satisfação real ao homem é
precisamente o que é invisível: o amor, a paz interior, a aliança com as obras
de Deus, o simples gorjear dos pássaros – para quais ouvidos? Como não
conseguem esta paz, radicalmente individual, impossível de ser coletiva, tentam
recria-la artificialmente, com ilusões e aparências: que seja, com esta frase
mesma que foi dita. Por exemplo, obras copiadas a outras obras, que só existem
pelas obras e não tem conteúdo universal. Logo, é artificial. Veja as
construções obtusas do Oriente Médio como Dubai, uma cidade sem sentido algum,
totalmente desumana, com grandes hotéis, para grandes homens e com uma grande
população de miseráveis em volta.
Os pássaros, religiosamente, dormem e cantam no mesmo horário. As
estações do ano continuam as estações do ano. Acontece o dia e a noite, todos
os dias e noites. O mar e o céu azul, continuam no mesmo lugar. A sua
alteração, tanto do céu, quando mar, em qualquer circunstância seria a extinção
da raça humana. Então, se alguém muda e na verdade não muda – porque cristalizou-se
– é o ser humano que continua insistindo em suas mentiras, conformando-as
segundo os seus interesses.
Se alguém perguntar, ou afirmar que isso que foi escrito não é notícia,
garanto que não é mesmo. Assim como não é opinião. Mas, garanto que se todos
tivessem o cuidado de interpretar educadamente e o melhor possível os
personagens políticos desse país, as pessoas conheceriam mais as pessoas que as
representam e saberiam ver, nas suas ações, o quão elas são justas ou não! O
quanto elas perniciosas à sociedade ou não, o que seria por exemplo, encarecer
mais o serviço público, o que evidentemente chegou no seu limite, basta ver a
crise permanente da saúde desde a destruição das Santas Casas, por estes mesmos
visionários de um hipotético “mundo melhor”!
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