quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Celino Fertrin e a Imprensa



Celino Fertrin e a Imprensa

Sua excelência o vereador Celino Fertrin, na tribuna, se referiu à imprensa, escrita, televisiva, sites, como que, algo de "inflama"! Obviamente, que inflama alguém, o meio social não, alguma coisa material, com pneus! Porque inflamar a alguma coisa, também é real na política partidária. Há partidos, que coincidência ou não, inflamam museus, terras privadas, pessoas nos morros, pneus nas estradas e até inflamam fulminantemente pessoas a cometerem atos insanos. Mas Celino, não fez essa distinção. Nem teria tempo para isso.

Portanto, o que C. disse da imprensa é perfeitamente cabível. Infelizmente ele não deu exemplos. Deveria tê-lo feito para completar a ideia, não obstante, isso é perdoável, porque sua intenção foi usar o termo <<inflama> como <<figura de linguagem de exaltação consentida de uma ação própria do jornalismo>> para o próprio trabalho de divulgação da imprensa, o que é natural.

Dez jornalistas – livres – podem interpretar um fato de forma diferente. Jornalistas, presos a organizações, o interpretam segundo os interesses das organizações e assim por diante e, evidentemente, ressalta aos olhos do público a melhor interpretação, a mais próxima da realidade não necessariamente visível, mas que, estava lá para quem soubesse olhar, ouvir e sentir. Os sentidos são apenas um passo à compreensão da ação da Alma. Totalmente invisível. Mas, é essa que conta!

Na última matéria que escrevi dizia sobre um vereador, presidente de uma câmara municipal hipotética, que havia afirmado que "na câmara, ao público, eles discutiam e brigavam, mas, no cafezinho, se acertavam", ou que, a discussão era apenas um efeito midiático de seu trabalho, portanto, uma inflamação de uma situação para causar efeitos de merchandising. Bem, precisamente esse é o nível atual e há décadas, das câmaras e assembleias do Brasil.

E isso enseja a oportunidade de falar sobre o contrário de inflamar, que a imprensa também faz, e faz um ótimo trabalho, mais, para “colocar panos quentes”, do que propriamente inflamar.

Na verdade, isso de tornar a política algo <<insosso>> é uma característica dos <<para-parlamentares>> do Brasil das últimas décadas, especialmente depois do Poltergeist de 2005 de Roberto Jefferson.

Uso o termo para-parlamentar, porque é evidente que o Brasil está em <<mutação>>, não precisamente como a lagarta, mas, como a o “ser humano de Kafka, que acorda se sentindo uma “barata estonteada de costas e balançando as pernas”.

Lembro um escrito em uma “camiseta” que dizia: “Se o mundo não é o mesmo porque a educação deveria ser” - assinado: Uniamérica, alunos de universidade.

Certamente, uma frase deveras envelhecida, tanto quanto a eterna, lógica matemática. Evidentemente uma confusão kantiana, literalmente <<dos diabos>>, que insiste no seu erro – artimanha do Pai da Mentira –, “em crer que o homem no sentido planetário, pode ter toda a compreensão do universo ou, que pode abarcar todo o conhecimento existente e ser dono do próprio nariz e satisfazer todas as suas vontades”. Evidentemente, anulando o invisível. Não obstante o que dá alguma satisfação real ao homem é precisamente o que é invisível: o amor, a paz interior, a aliança com as obras de Deus, o simples gorjear dos pássaros – para quais ouvidos? Como não conseguem esta paz, radicalmente individual, impossível de ser coletiva, tentam recria-la artificialmente, com ilusões e aparências: que seja, com esta frase mesma que foi dita. Por exemplo, obras copiadas a outras obras, que só existem pelas obras e não tem conteúdo universal. Logo, é artificial. Veja as construções obtusas do Oriente Médio como Dubai, uma cidade sem sentido algum, totalmente desumana, com grandes hotéis, para grandes homens e com uma grande população de miseráveis em volta.

Os pássaros, religiosamente, dormem e cantam no mesmo horário. As estações do ano continuam as estações do ano. Acontece o dia e a noite, todos os dias e noites. O mar e o céu azul, continuam no mesmo lugar. A sua alteração, tanto do céu, quando mar, em qualquer circunstância seria a extinção da raça humana. Então, se alguém muda e na verdade não muda – porque cristalizou-se – é o ser humano que continua insistindo em suas mentiras, conformando-as segundo os seus interesses.


Se alguém perguntar, ou afirmar que isso que foi escrito não é notícia, garanto que não é mesmo. Assim como não é opinião. Mas, garanto que se todos tivessem o cuidado de interpretar educadamente e o melhor possível os personagens políticos desse país, as pessoas conheceriam mais as pessoas que as representam e saberiam ver, nas suas ações, o quão elas são justas ou não! O quanto elas perniciosas à sociedade ou não, o que seria por exemplo, encarecer mais o serviço público, o que evidentemente chegou no seu limite, basta ver a crise permanente da saúde desde a destruição das Santas Casas, por estes mesmos visionários de um hipotético “mundo melhor”!

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